Memórias
A felicidade vem dos momentos e memórias , o amor vem dos pensamentos e demonstrações e a paz vem disso tudo junto ...
MEMÓRIAS
Tiro estas memórias de uma gaveta
memórias estas que me atormentam.
Posso limpar a gaveta?
Mudar a ordem do que me atormenta?
Encontrar nova ordem para as arrumar?
Deitá-las ao lixo, uma opção
rasgá-las, uma boa razão
Mas será que vão para sempre?
Nunca terei a certeza.
Talvez o melhor seja,
olhar de novo para elas,
tentar dar-lhes outra solução.
Vou limpar a gaveta,
dar-lhe alguma beleza.
Tirar o pó que a contamina,
dar-lhe uma certa leveza.
O que fazer às memórias?
Não tenho previsão,
mas vou confiar na vida,
e tratá-las com o coração.
Tanto mal, talvez não me fizeram
pois se aqui escrevo, sobrevivi.
Por mais que isso me custe,
(vou ter que admitir),
fazem parte da minha vida,
com elas, também cresci.
Aceito a nova decisão,
sobre a forma como as vou tratar.
Entranho-as nestas páginas,
agora com uma nova visão,
de que, para crescermos na vida,
é também preciso, sentir a desilusão.
Bem arrumadas na gaveta,
já sem o pó que as contamina,
fico mais leve,consciente.
São apenas alguns momentos,
alguns instantes da minha vida.
O melhor momento do mundo é o agora. No final,
só restará as marcas do sorriso, as memórias da alma e o aprendizado do tempo.
E é nesse inconsciente que se trabalha, onde abriga e esconde grandes afetos adoecidos, memórias de uma aurora que brilhou, nunca brilhou ou não brilha mais… onde mora as fantasias… a escassez, a loucura e um sentimento que não cura!
Hoje quando acordei coloquei todas as memórias fora, guardei umas poucas que me fazem feliz. Mas depois pensando, não entendi porque se não queria lembrar, enrolei cada uma em papel e coloquei bem encaixadinho entre uma saudade e outra para não quebrar.
Lembro-me de memórias
Tornando-me andarilho
Vagando pelo mundo, e olhando o universo
Buscando apenas novos caminhos
Para nos fazer vasculhar o desconhecido.
Fico com medo de entrar,
Sofro com a possível loucura,
Rotulando-me de alienado.
Somente para justificar a minha pseudo-sanidade
Observo essa passagem,
analiso, desisto e resisto a tentação
Não será hoje que voltarei a ser andarilho.
Nós dois temos lembranças, é claro, mas aprendi que as memórias podem ter uma presença física, quase viva, e nisso ela e eu também somos diferentes.
As memórias que eu tenho de você já não estão mais tão intactas, os detalhes estão fugindo, eu estou me esquecendo de você, de tudo, do seu lindo sorriso, da sua espontaneidade. Isso doí tanto, e se um dia eu não me lembrar mais de você? Se isso acontecer, eu vou ter esquecido uma parte da minha vida, uma parte de quem eu sou.
AMO minha memórias, gosto de viajar por elas mas elas tem um jeito teimoso de me controlar as vezes. É difícil pensar em algumas coisas que acontecem comigo. Quanto mais eu me afasto, mais permaneço. Parece que muitas delas continuam tentando me provar alguma coisa, como se eu ainda não tivesse terminado por ali. Mas como dizia um cara ai: ''Só os mortos sabem o fim de uma guerra''.
Lições de vida
Se as lições que a vida nos dá,
Fossem para se apagar das nossas memórias,
Existiriam certamente borrachas específicas para o efeito.
Não tendo esse propósito em nós,
Todas deverão ser memoráveis e
Merecer-nos alguma reflexão!
O segredo é focar o presente
É isso que sustenta a nossa gente,
Do passado restam as boas memórias
No futuro só aceito grandes glórias.