Memórias
"Você pareceu bem surpreso quando descobriu que lancei todas nossas memórias pra trás e segui em frente. Você disse que abandonei o “nós” muito rápido, mas vou ter que te lembrar que eu tentei, eu chorei, eu lutei, mas em se tratando de amor, os dois lutam e você nada fez, ficou apenas observando a tempestade naufragar nossa história. Eu pensei que não suportaria te perder, mas existe sim uma história depois do adeus, e ela se chama “recomeço”. Nossa separação foi inevitável, você me perdeu antes mesmo que eu cruzasse a porta, nunca fui do tipo que implora atenção, mas sempre esperei que você notasse que mudei o cabelo, nunca pedi que você fosse atrás de mim, mas falei varias vezes pra não me deixar partir. Não fique surpreso, você sempre teve as respostas embora nunca compreendesse quais as perguntas, mas agora é tarde demais, longe estamos bem melhor."
Um aroma
De saudade adentrou nas minhas narinas
Foi direto nas memórias
Percorreu todo meu ser, visitou meu coração lentamente
E por fim...
Deixou lágrimas escorrendo
No florescer das recordações tuas em mim.
MEMÓRIAS
"Foi em um simples papel que comecei a colocar fragmentos de memórias de minha alma...
Talvez uma resposta de minha alma ao emaranhado de pensamentos que invadiam a minha mente.
As palavras vêem à tona quando fico em silêncio, parecem lembranças perdidas em algum lugar dentro de mim...
Então tentar expressar em simples folhas de papéis o que sinto, e isso tornou complicado a minha mente e o coração grita constantemente palavras perdidas ao vento, pois nem tudo que vem a minha mente posso escrever, pois tem sentimentos que jamais poderiam ser traduzidos em palavras.
As palavras denunciam apenas partes de meus desabafos, uma incógnita dentro de mim, porque não sei o motivo que atiça minha alma a tentar se expressar.
Tento aprisionar esse desejo quase incontrolável de se expressar através das palavras escritas, mas a força que emana de mim é maior então é preciso dar vazão a tantos pensamentos perdidos, pois alguma coisa me conduz a escrever...Escrever sempre, um ciclo constante, uma vontade louca de tentar explorar a minha mente, de voltar em outros tempos...Tempos que tenho a nítida sensação de ter vivido, flashes de lugares e pessoas que vêem à memória.
Se tudo que imagino fosse tão irreal, então como poderia eu recordar o que não vivi, já que a mente guarda apenas fatos reais? Talvez loucuras? Nunca saberei!
Jamais obtive resposta a tantas lembranças, então amenizo a minha dor em meus registros em simples palavras escritas que saem do baú dá minha memória.
Dentro de mim vive alguém que grita por uma liberdade de se expressar, alguém destinada a sempre buscar por perguntas sem respostas, e isso perturba minha mente e machuca minha alma, pois muitos tentaram me calar, outros levantaram calúnias, alguns criticaram, e a maioria não estão prontos a conviver com pessoas diferentes que talvez fogem as regras tão impostas por alguns.
Não ambicionei nunca ser igual à maioria, apenas desejo ser simplesmente Eu, e disso não abro mão, pois sei os que meus ouvidos já ouviram, sei as lágrimas que já derramei, e sei quantas vezes meu coração pensou em desistir mas a minha alma sempre lutou e travou grandes batalhas para continuar a falar através das palavras...E essa é a maior vitória que a vida me proporcionou... Obrigado VIDA!"
(Roseane Rodrigues)
A historia marca a pele com cortes profundos
que coração sangra em memorias
mortas de tais sentimentos...
ninguém compreende essa minha vida...
com este espirito que vaga pelas ruas vazia da alma,
dilacerada pela noite que consome o coração em chamas...
Aproveite seus dias e não leve
consigo mágoas. Que suas
memórias sejam para te nutrir
e não para te prender.
O amor, quase sempre
Quase sempre presente em memórias e lembranças.
…arranca sorriso bobo.
…dá saudade.
…faz ciúmes.
Quase sempre nos faz bem.
…nos faz tolos.
…nos faz mal.
…nos faz pensar.
O amor...
Quase sempre, sempre acaba.
MEMORIAS DE UM FANTASMA
Foi como desligar uma televisão, apagar uma lâmpada,desconectar algum aparelho. Então quando eu abri os olhos, ainda ecoavam as palavras, alguém sussurrava alguma coisa, muitos falavam ao mesmo tempo; todos penalizados. No entanto, então diante de mim uma paisagem esplêndida de um rio caudaloso, uma brisa silenciosa numa tarde tranquila. Depois vieram as lembranças daquele sorriso que embalou toda a minha existência; a minha infância, a adolescência, a igreja enfeitada, todos os parentes e entes queridos; todos os votos de felicidade até o capotamento na estrada: foi a desconexão. Porém diante de mim todo aquele relevo, o rio, toda aquela luz silenciosa e tranquila quebrada apenas pelos passos e os risos de Bem-te-vi que corria ao encalço de uma linda borboleta azul; ele me contou que Denise nada sofrera, Catarina nasceria saudável; foi só um susto. No crepúsculo seguinte fui ao outro lado do rio, era um lugar sombrio e havia um elo com o material; alguém acompanhava sempre alguém como se não entendesse o que se passara. Denise estivera no médico e pude entender que em alguns dias nasceria Catarina; eu podia ver, era uma imagem embaçada, mas eu percebia tudo, tentei me comunicar, mas não era ouvido nem percebido por ninguém. Fiquei por algum tempo ali, até que Bem-te-vi surgiu na minha frente e me conduziu de volta ao relevo. Os dias que se seguiram foram de uma ansiedade impar pelo possível nascimento de Catarina; dia 27 de setembro era o aniversário de Denise e provavelmente fosse programado para que nesse dia acontecesse o nascimento, o que aconteceria no próximo sábado . Bem-te-vi com sua roupa amarela fazia umas piruetas numa brincadeira ingênua com os insetos e os pássaros, entre as árvores do vale, sua imagem me faz lembrar de mim mesmo na minha adolescência, com a diferença que ele pode flutuar. Além de bem-te-vi, tinha outros, todos com aparência de adolescentes e roupas, provavelmente de cetim, de tonalidades claras e que também atendiam pelo nome de pássaros: campina, pintassilgo, curió, cardeal; cada um desses guardava alguém. O rio representava a vida; os seus dois lados; Bem-te-vi já tinha me dito isso, mas não me respondeu onde desembocava aquele rio.
Era o aniversário de Denise e Deus lhe presenteou com uma menininha que mamava com a volúpia de quem tinha muitos anos pela frente, tinha os cabelos negríssimos como os do pai e recebera o nome de Roberta, e não mais catarina, em homenagem a mim. Denise tinha os olhos brilhantes de felicidade e por alguns momentos acho que ela percebeu a minha presença; alguém lhe deu as flores que eu lhe daria, era um amigo do cartório onde trabalhavam; acho que Denise merecia ser feliz, afinal, a Vida continua.
Nunca mais me foi permitido atravessar o rio, mas sei que Denise frequenta uma igreja e Roberta já é uma mocinha; Bem-te-vi soube através de um tal de Serafim. Estamos agora numa parte bem alta da montanha; dia desses Bem-te-vi me empurrou lá de cima, foi maravilhoso... eu ainda não sabia, mas assim descobri que podia flutuar...
Se não fossem as minhas malas cheias de memórias ou aquela história que faz mais de um ano, não fossem os danos, não seria eu.
Memórias
... ainda desconhecida razão
mas, por alguma questão
ainda teimam e eu insisto guardá-las.
Reporto-me ao passado
numa viagem nostálgica,
momentâneos lampejos
acordam fragmentadas memórias,
vagarosas saudades que
de repente, ficam atormentadas
... nesta correnteza de lembranças
navego até compreender a razão
de estarem presentes.
Recordo com doçura
percorrendo silenciosamente a
imperceptível fronteira do meu eu
na busca de nossos doces momentos
vividos e guardados no coração.
... uma viagem ao passado com retorno
no presente, toca suavemente a alma,
eis a razão de estarem guardadas doces memórias
que o tempo não consegue apagar.
Jamais queira apagar suas memórias. Elas fazem parte de você! Aceite, entregue e confie. Somos o resultado de tudo. As dores, as mágoas, as tristezas são parte de nós. Tentemos nos perdoar e perdoar o outro. Sejamos gratos. Aquela relação ruim em algum momento foi boa, então valeu a pena. Aquela dor te trouxe outras pessoas para perto. Aquela quase morte te mostrou o valor da vida. O abuso, o distrato a agressão podem hoje, ser a forma de ajudar o outro. Não sejamos igual aquele (a) que nos feriu. Sejamos nós mesmos! Sejamos este Ser detentor de luz, de amor e de fé!
Memórias ruins e memórias boas não podem ser apagadas, mas uma pode ser esquecida e a outra recordada.
Busco a simplicidade de palavras
que falem de sentimentos singelos
de memórias de um tempo longínquo
onde não havia maldade;
onde se podia brincar livremente no campo,
onde a maior diversão era o banho de riacho,
onde o pouco que tínhamos era tanto
e onde éramos felizes com as coisas mais simples.
É essa singeleza que tento preservar viva na alma
e escrevê-la é uma forma de lembrar de onde vim
e de não esquecer minhas raízes.
Cika Parolin