Memórias

Cerca de 2413 frases e pensamentos: Memórias

Memorias de curto prazo.

Ocupam sua calçada
Sua rua, sua vida,
Escondidos pela mídia
Ignorados pelos que podem ver.

Não estão nos jornais
Em nenhum programa na tv,
Não tem dinheiro
Agua ou pão pra comer.

Mas sentem fome de tudo
Atenção, dignidade, afeto e carinho,
Excluídos por entre sombras
Vivem de sobras de um rebanho mesquinho.

Falsas ideologias postas por políticos
Abraçados por demagogias (demagogos) dilaceradas (dilacerados),
Memórias desumanas de curto prazo
Que se preocupam apenas com o futuro do umbigo.

Inserida por pablodanielli

Nenhum ser humano morre por completo, quando dentro de nós suas memórias ainda vivem!

Inserida por poetavulgomini

"Um homem é definido pelas suas ações
não por suas memórias."

Inserida por peterwilliaan

As grandes e inúteis memórias da humanidade hão-de conviver no cemitério

Inserida por Forma

Nada de porões,
mas quantas vezes me vejo,
buscando no baú das memórias,
brinquedos de criança,
sentimentos infantis,
uma infância já ida?
... Toco nas lembranças,
realinho meu sentir e
subo as escadas".

Inserida por vitalinadeassis

Fecho todas as minhas memórias, não importa onde você está, não estou sozinha. Pai, te amo sempre!

Inserida por RuttFelippe

& se um dia eu deixar de existir, espero que as pessoas nunca me apaguem da suas memorias. Assim vou ter a certeza que eu deixei algo de bom, no coração de cada uma.

Inserida por JooyceElania

Memórias desaparecem no silêncio.
Me assombrando à noite.
Com um último suspiro da esperança aproveito esse momento
Pois será o último.

Inserida por Barte6365

Me ouça aqui e agora, e agora eu estou chamando
Memórias escapam no chão e isso
Parece tão complicado
Quando tudo que eu quero é apenas a verdade

Inserida por Barte6365

Eu podia estar dormindo, mas você me tira o sono as memórias me tiram o sono, e ao invés de dormir eu fico com meu papel e caneta na madrugada escrevendo textos ridículos que ninguém vai ler.

Inserida por geisieliqueiroz

Hoje, você não passa de memórias manchadas de lágrimas, de fotos e declarações rasgadas e jogadas ao lixo. Não sinto saudades, nem dor, nem vontade de voltar. Sinto apenas que você foi um degrau para o meu amadurecimento, para o meu autoconhecimento. Minhas memórias só retratam tudo o que é passado e que faço questão de esquecer. Você é só alguém que eu pensei amar, mas agora vejo que só amei quem eu pensava que você fosse. Desculpa, mas jamais seria capaz de amar quem você realmente é.
No meu jardim, só restam as flores que você não cultivou. Mas por ser meu, não pude deixá-las murchar, graças a você aprendi a cuidar sozinha. Afinal, melhor do que esperar que alguém plante flores é saber como cultivá-las sozinha.

Inserida por hiperbolismos

Deixe suas memórias crescerem mais fortes e mais fortes
até estarem diante de seus olhos

Inserida por MeninaZumbi

"Apenas o que restou de algumas chances foram conhecimentos, experiências, memórias para conservar e imagens pra lembrar."

Inserida por SamuelsNascimento

Erros são trampolins de maturidade para gerar memórias de defesa e ataque e não buracos de derrota que levam a depressão e a tristeza.

Inserida por evandrohorstt

Amigos verdadeiros nunca te abandona, mesmo estando tão longe eles permanecem contigo em memorias e nos sentimentos.

Inserida por JohnCampari

GOSTOS SIMPLES, PALAVRAS SOLTAS

Memórias de uma vida em transformação

Eu da vida não peço nada...

Apenas dou e espero que ela me retribua...

Deixa que o teu olhar e o teu sorriso mostrem o quão puro tu és.

Começa a aventura
Tenho que eu ser
Começa lentamente
vamos a ver


O QUE É QUE PEÇO A DEUS?

Bom o que peço a deus é simples.
Amor, carinho e compeensão para todos os seres humanos.

Humanidade, simplicidade e sinceridade.

- São três coisas que acho que posso dizer sem rodeios que me definem como pessoa.
- Não porque ache que seja bonito ou isto ou aquilo. Não!
- Mas porque acho que é auqilo que me faz sentir bem, puro e realizado.
- Posso dizer sem rodeios que amo a Deus como a mim, ao próximo, aos animais, plantas, e a todos os outros seres que habitam a face do nosso planete doente.
- Fazendo sentido ou não é tudo o que me faz mover.

Quem nunca falou que atire a primeira pedra, porque eu já fumei todas as que tinha.

Setúbal, 19 de Novembro de 2012 22:10H
««««««««««««-------------»»»»»»»»»»»»»»

Inserida por ParmAmyKarmA

Enquanto não tenho um apagador de memórias, vou tentando cobrir as que existem com outras novas, vou fingir que sou um HD.

Inserida por saysaysay

"Pior que viver com memórias mortas em seu coração, é saber que você as matou para viver."

Inserida por lweb

Memorias

Na memória, guardo o que eu não falo pra ninguém
Histórias, medos, o que eu penso e esqueço
Nada nunca se vai, como o tudo, nunca se acaba

Eu guardo tudo que você pensa que não tem valor
A câmera que eu registro, não revela em papel
O Álbum pode durar até onde a memória aguentar

O tanto que se recolhe é deixado para trás
em vida, sou o ladrão das memórias de meu Pai
Que em sua pele não mais habita.

Gostaria de saber, onde as memórias
São guardadas, Enterradas e esquecidas

Inserida por gregoriodemoraes

MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO

Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:

“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.




Nisa


Setúbal, 29 de Novembro de 2012

Inserida por isacesario