Memórias
As memórias eram como o sol. Elas te esquentavam e deixavam um brilho agradável, mas você não conseguia contê-las.
Quanto mais o tempo passa, mais distantes ficamos um do outro...
Nossas memórias se desfazem a cada novo amanhecer. E pessoas vem e vão, mais nenhuma preenche o vazio que há em nós. Nenhuma desvenda o mistério que nos une e separa ao mesmo tempo, mais ainda sim sem nenhuma palavra dita o sentimento é o mesmo.
Memórias
Me apeguei nas lembranças,
algumas até de quando era ainda criança.
Me prendi, de tal modo, nas memórias,
que hoje minhas semanas são monótonas.
Eu não vivo, eu revivo.
Repenso e releio.
Volto e me revolto ainda mais,
parece que não consigo sair do cais.
Dou a volta no mundo,
e sinto que nem dei um "pulo".
Vivo remoendo minhas angústias,
vivo lembrando de minhas lamúrias.
Os dias passam, mas o tempo parou,
o relógio não mais andou, ele apenas voltou.
De meu futuro enxergo apenas páginas velhas,
de um livro que já li e vivi, um livro de linhas megeras.
Passado? Ah meu velho amigo,
amigo esse que se tornou meu único abrigo.
Abrigo também que caiu,
que desmoronou, que me afligiu..
Amigo esse que me confortou,
mas também me julgou.
Amigo que me cuidou,
mas que também me maltratou.
Passado, vivo nele enfim,
mas ele não vive em mim...
28/05/19
Lapsos de uma memória repentina
Ontem deixou de existir no hoje,
memórias de nós já não habitam mais o meu tênue coração,
e agora concluo que tudo vivenciado foi sim em mero vão,
perdoe-me pela veracidade e dimensão das minhas sórdidas palavras,
mas no hoje no qual me encontro, me deparo com a confusão de não saber o que um dia eu pude amar em ti, e sinceramente a resposta se torna cada vez tão vaga, um simples vazio, talvez eu tenha te amado por mero comodismo, mas assim a vida me ensinou, tudo passa e sempre existirão novos amores que serão capazes de fazer você voar...
Escrito por C M G C em 20/08/2014 ás 10:41 na cidade de Santos....
'Pê.'
A vida tem q ser vivida de uma maneira plena q tda sua trajetória tenham boas memórias
A vida ñ precisa ser lembrada somente numa lápede
A vida tem q ter histórias lembranças sorrisos e gargalhadas
A vida passageira onde o passeio é vc
Quando chegar o dia, aquele dia. Dia de memórias e fazeres insossos, estarei repleta. Não sentirei fadiga nem tédio. Olharei com a compassividade de uma anciã honesta. Serei uma sibila calma e cônscia. Não quererei mais nada, e estarei sem fardos que me curvem. Não mais observarei regras tolas. Saberei o quinhão de minha alegria. Não colherei palavras nem falarei excessos. Apenas serei quando chegar.
As memórias que me assombravam voltaram à tona. Seria uma lembrança do meu passado? Ou a história estaria se repetindo?
“Não sei por que você me visita todas as noites em meus sonhos, não sei se são memorias mortas que talvez meu subconsciente não queira matar ou se é um sentimento que ainda vive .”
A tua falta era acúmulo e eu ainda não aprendi a me desfazer das coisas antigas. Persigo memórias. Relato perdas no diário. Desenho numa folha rabiscada. Nada disso me trás tua lembrança.
Corro, rio, comemoro o desalento. Me apego novamente e me lembro. Paro e recordo. Relembro a saudade. Recordo o sorriso. Recordo a tua despedida. Ando pra longe da imagem que agora persiste no pensamento e paro novamente, só então recorto a tua presença de minha lembrança.
Queria ser eu, a poeira da biblioteca da suas memórias, pois somente assim, saberia a verdadeira história por de traz de sua ternura.
MEMÓRIAS
Os dias vejo fugir ,
voar as horas
Sem achar risos
de tua ternura
Resta a esperança
tu sentires minha ausência
Doer tanto quanto dói em mim
Penso menos nos bons tempos
Parece que estão se apagando
Aproximo rápido do esquecimento
por completo de tua existência
Aliada a minha vida.
Antes Ânsias terríveis,
Lembranças de nossos
íntimos momentos
Vagas imagens de teu semblante
Tantas lembranças...
Será esse nosso final?
Lembranças?
______________ Maria Izabel Sá Ribeiro
SUSTÂNCIA
para memórias fracas
que vivem anêmicas
ruminando o outrora
a melhor vitamina
para se tomar
é o agora
tanto momentos que se passaram,
em minhas memorias sua face...
me lembra a morte me beijando,
envolta em sangue deixei tudo para te amar,
sois a vida que levei um templo
do qual ouvi notas tão baixas,
que senti seu coração...
cantar meu nome...
por décadas chamei todos....
para contemplar seu amor,
em chamas que abranda a solidão
de eras que me apaixonei...
Eu não queria ser esse museu de memórias aberto o tempo inteiro esperando sempre que algum dia alguém resolva aparecer pra verificar se os vestígios continuam existindo. Eu queria não precisar sempre eternizar as coisas por medo de que elas se percam no tempo, e com o tempo.
Entre a consciência de tudo que eu queria não lembrar, e o orgulho tudo que eu não admito esquecer, concluo; nada é permanente, mas tudo permanece.