Memórias
as razões da solitude é dor coração,
dilacerado em memorias, por que viver,
entre a dor e preludio do amanhecer,
o sentimento pura escuridão,
entro no abismo de meus pensamentos,
olho para que foi uma vida e ainda sinto,
a dor de estar vivo entre os mortos,
não é mesmo sentimento que paira...
no coração, com ardi-o de amar,
num tempo que passou,
a vida perde o sentido,mas,
estou vivo esperando um no amanhecer,
no destino sem infinito,
o amanhecer é uma gota desejo,
imposta por momentos passados,
no frio do teu coração.
por celso roberto nadilo
MEMÓRIAS DA MINHA DOCE INFÂNCIA
Eu vivi no paraíso onde tudo tinha cor
Mata verde, céu azul, nuvem branca e sol laranja
Formava um lindo arco-íris, belo emaranhado de cores
Que se enlaçavam no brilho do dia.
Eu vi os sorrisos mais sinceros e repletos de felicidade
Nasci no interior, no leito do rio Gurupí
Cercada por águas doces e cachoeiras que se debruçavam
Nas correntes nervosas do rio.
Tinha sonhos inocentes que não se realizavam,
Mas vivia tão feliz que nunca me importava,
Continuava dormindo sem me preocupar,
Sem me magoar, sonhando num suspirando sonante
Esperando ansiosamente o desejável dia do amanhã
Pois sabia que acordaria para uma nova aventura começar.
Ah, como eu brincava! Corria como em um desespero
Mas ao contrário de buscar socorro, procurava diversão
Na areia ou na terra preta do quintal, descalça deslizava
Sobre a maciez da lama, tudo, tudo com a mais pura emoção.
Sob as sombras dos cafezais eu pulava, subia em mangueiras
Apanhava frutas, não tinha temor à altura, embalava-me no
Balanço fechando os olhos sentido o vento suavizando minha pele
Nos dia de verão. Quando o suor escorria sobre meu rosto
Descia para beira do rio Gurupí, me jogava, mergulhava
Ficava alguns segundos submersa, como quem tivera saído do
Deserto e encontrado uma fonte, maná de sensações,
Ah, como era bom o barulhinho da água que me molhava,
Aquele arrepio frio que percorria meu corpo!
As tardes no sítio dos meus avós eram deliciosas
Amava aquela simplicidade, o silêncio que nos
Permitia ouvir o canto dos pássaros, o som que
Ecoava dos troncos e galhos das árvores
O toque leve e sedoso dos dedos da minha avó
Passando óleo de coco babaçu que exalava um
Cheirinho de carinho, enquanto ela penteava e
Massageava com todo cuidado os fios do meu cabelo.
À noite, permutava-se a soluta da escuridão pela luminosidade da
Alegria presente nas rodas de amizade. Ouvia- se versos, histórias
De assombrações, mais principalmente, contos da gente que despertava
curiosidade. Quem não se lembra das brincadeiras de rodas, ciranda-cirandinha
e das cantigas? Que acalantava o sono dos pequeninos, dos anjinhos!
Tinha liberdade de aprender, de errar, de brincar,
Liberdade de ter medo, medo dos olhos ofuscante da coruja que
Assustava-me por noite, deixando-me com sono por dias.
Pura superstição dos velhos sábios da aurora de minha vida
Nossa! Quantos valores e saberes me transmitiram!
Vejo-me agora como uma boba em companhia de lembranças dos
Anos maravilhosos que vivi, mas sinto-me livre para reinventar os
caminhos de hoje para alcançar, talvez, novas e esplendorosas
aventuras amanhã, sem esquecer-me da minha doce infância vivida.
São memorias do passado,são memorias ficadas ao acaso empoeiradas pelas intrigas da vida.E por um túnel escuro tateio o meu caminho um ilusionista e cria ilusões só pra si e agora se vê perdido em suas fantasias que no entanto é melhor que esse mundo tão frio um esboço de realidade matematicamente idealizado ausente de criatividade a beira da desumanidade,aqui procuro uma fuga escrevo meus fascículos ignorando esses clones ridículos.
Memórias...
É um chão,
com alma de paixão
que abraça,
envolve e devolve
ao coração, memórias
que vão sendo resgatadas
e de tão bem guardadas
que foram neste silêncio cúmplice,
pareciam nunca mais saber
quem eram.
"Memorias de dias bons e ruins estarão sempre com a gente...
A vida é como salas velhas e tão familiares, como crianças brincamos nela até que um dia, restará apenas um triste vazio, sem ter porque rir, brincar, para ouvir apenas o silêncio, nesse dia, não haverá nada a dizer, e as lágrimas rolarão como única fonte de prazer."
Memórias de um cara comum
E quando a dor vier, afaga ela em pensamentos bons... As memórias são a permissão de um minuto a mais com quem se ama, acalma teu coração criança e cresça com a armadura de quem ama.
Para sórte do adulto, a criança é um outro tipo de ser humano que guarda apenas memorias de felicidade, sem magoas das tristezas.
A experiência não passa de memórias. Ter conhecimento não tem nada a ver com sabedoria e sim esta nos faz experienciar de modo que a mente tenha agora a capacidade de ir ao encontro de cada problema de alguma forma diferente de encarar, como algo novo. Experiências todos temos, mas se não temos sabedoria para lidar com essas mesmas experiências, elas apenas ficarão gravadas no recôndito da alma e não servirão de grande coisa, quando realmente - quem não tem? - precisar de usar a sabedoria. Ter a mente aberta é mais considerável do que aprender, muito embora o aprendizado vivido possa servir à sabedoria, depende de cada um. Os néscios, muitas vezes, são mais sábios que os letrados, pois viveram a cada segundo a experiência e dali retiraram a sabedoria. O contrário também é verdade.
Me vejo como um criador de memórias. Muitas das coisas loucas que eu faço é simplesmente para me recordar no futuro.
Então delete pessoas, ilusões, amores, sonhos que não vingaram, memórias, saudades, lembranças, momentos. Delete o dia de ontem, quem sempre te fez mal, quem nunca vai sentir a sua essência, sua profundidade, o calor além do frio vazio de sentimentos.
O que vivemos não acaba, não morre, não se desfaz como poeira no ar, se transformam em memórias lindas, poemas e poesias.
O tempo leva tudo embora, só não consegue levar as memórias, a saudade e os momentos sublimes que guardamos no coração.
Calabouço das memórias
De longe lhe observo calado,
minhas palavras não lhe seguem,
minha dor me persegue,
junto do desbotar da primavera,
carregado pelo inverno demasiarão,
d'este dia perturbado,
vou sem rumo, me deságuo,
nesse riacho magoado,
nessas neblinas, me embaço,
demasiado, terno, brado,
sou ligeiramente os tristonhos sonhos,
de tal perdurar perfume das rosas, por árduo.
É amor. É história. Ponto final. Lembrança,
Memórias que se perdem,
Vida que se renova.
Apesar do pesares. Apesar das dores,
Que as paixões se multipliquem,
Que se repitam os amores,
Não as pessoas.
Que chegue e entre. Se for ilusão, que seja breve.
Que passe e trespasse. Que se vá.
Que seja eterno o amor.
Que o tempo apague tudo que for efêmero.
Que preserve o bonito, o belo, o que
Vale a pena levar junto ao coração,
Dessa obra prima chamada vida!
Sem cordas que os amarrem
a descoberta de novos campos
Sem memórias , livres correm
velozes ou a passo, por dias soltos