Memórias
"Sementes que Florescem com o Tempo: Reflexões de uma Trajetória Conectada"
"O tempo nos ensina que, enquanto vivemos e convivemos, plantamos sementes que só florescem com o passar dos anos. Algumas flores desabrocham rápido, outras precisam de mais tempo, mas todas carregam o legado das mãos que as plantaram.
Hoje, ao relembrar minha trajetória, percebo que a vida é como um mosaico: cada encontro, cada troca e cada história vivida deixam uma peça que compõe quem somos agora. Espero que, assim como essas memórias do passado criaram laços profundos, possamos, no presente, plantar novas sementes para um futuro ainda mais conectado e significativo."
Fernando Kabral Assistente de mídia
Como é singelo o meu ser.
Diferente de tudo e tão presente.
Rindo ou chorando eu vou vivendo.
Em qualquer dia, o Sol nasce e se põe no horizonte.
E a vida segue assim...
Somente memórias, sorrisos e lágrimas fazem parte e me acompanham.
Isto é o que acontece em meus dias.
Eles estão passando tão rápido que, mal abri os olhos, já vejo o sol se pondo, a espera de um novo dia...
E assim eu sigo, sempre pronto para viver cada segundo, com tudo que a vida tem a me oferecer."
E se as borboletas realmente fossem pessoas queridas que já morreram, elas suportariam serem pegas as mãos, cegariam mais um?
E se as que estão no meu estômago fossem parte das que foram, não vitalmente, e sim das memórias, e se fossem aquelas que um dia me amaram e deixaram partes dentro de mim, e agora todas elas se alegram quando me veem amando de novo.
Pilares
Plumas caiam do céu e criavam uma manta branca sob a paineira onde ela estava deitada com o avô. Homem e menina deitados no gramado. Dois corpos sujeitos a temperatura e a umidade que subia do solo. Ambos à sombra. Protegidos. Em silêncio. Dois seres repousando sobre as ondulações de raízes teimosas que, ao invés de entregarem-se a total submersão na terra, escolhem uma existência entre os dois mundos.
Cabeças viradas uma na direção da outra. Os sorrisos abrem. Acendem os olhos. Em cumplicidade. Cílios de abano em olhos apertados.
Joelhos dobrados apontando para o céu. Visão caleidoscópica. Poeira iluminada por raios dourados.
A mão pequena toca a mão grande. Ergue-a. Levanta-a em um gesto de vitória. A mão grande envolve a mão pequena. Entrelaça dedos e afetos.
A menina dá uma gargalhada. Inesperadamente salta e corre levando essa memória para sempre.
***
Josie Conti- texto autoral sobre memórias de infância
"Perante um ciclo de vida que se encerra,
Estremece o chão seguro,
Pelas cinzas do Fogo que eleva alma,
Parte um pouco da nossa história,
Ausente no momento presente, mas viva na memória."
Guardo lembranças por dois motivos: Para sentir algo quando olho para elas, ou pra olhar pra elas até ter certeza que não sinto mais nada.
Eu me pergunto do por que tudo que tenho é medo. Talvez a minha vida é cheia de escolhas, E umas da minhas escolhas podem machucar as pessoas que amo, É como o vento que sopra todas minhas memórias me fazendo lembrar das minhas escolhas erradas.
Muitas coisas efêmeras perduram mais que as materiais. A fugacidade gruda na memória dessa e de todas as vidas...
Ah pesadelo, maldito pesadelo.
Não eis o primeiro, nem o último de minha vida.
Cada vez mais amedrontador, com fragmentos de memórias que me torturam e me lembram do passado.
Porque insiste em me lembrar?
Fragmentos de memórias que despertam sentimentos em mim, que já não quero mais sentir, que não deveria sentir. Sentimentos que não me representam mais.
Uma versão minha incompleta e ultrapassada, que não serve mais para nada.
Onde sou apresentado como uma pessoa que um dia seria capaz de se sacrificar por alguém.
Hahaha, eu? capaz de me sacrificar por alguém?
Jamais, estou propenso a sacrificar, assassinar e massacrar.
Esses humanos fragéis e impotentes que vivem cegos pela fé em uma divindade que os deixam viver na miséria.
Saiba aproveitar o momento e contemplar o que te faz bem.
Umas das coisas que me intrigam nos shows são as pessoas procurando o melhor ângulo para tirar fotos e filmar. E acabei por várias vezes deixando de aproveitar o show “contemplar” para ficar buscando o melhor ângulo para filmar o tirar fotos. Fotos e filmes que dificilmente iremos ver e ficará apenas ocupando um espaço no nosso celular ou na nuvem. Claro que queremos guardar momentos bons e eternizar esses através de fotos e filmes. E isso não ocorre apenas em shows mas também em viagens. A pergunta é: Quanto estou contemplando isso com meus olhos? Guardando esses momentos através das lentes dos nossos olhos em minha mente?
Faz bem refletir como eu estou aproveitando os momentos com as pessoas que amo e que muitas vezes está próxima e não estou valorizando por não contemplar diariamente. Por não demonstrar através de palavras o quanto as amo e quanto elas são importantes para mim.
Vivemos numa época de perdas significantes, onde todos os dias quando abrimos nossas redes sociais confrontamos com notícias de perdas.
Portanto não deixe de contemplar o que está ao seu lado e expressar o que está sentindo. Isso por dois motivos:
1° - Você não sabe se amanhã essa pessoa, lugar ou evento estará lá para você poder contemplar novamente.
2° - Você não sabe se VOCÊ estará aqui amanhã para contemplar e expressar seus sentimentos.
O tempo pede para o Senhor do tempo dar um tempo. O aviso vem pelo vento que faz história a cada momento, libertando memórias aprisionadas em seu próprio confinamento.
Não semeie por momentos passageiros, como fogos que duram uns segundos ou minutos, explodem e se vão;
Semeie por momentos duradouros, intensos que te façam viver e reviver boas memórias e dias inesquecíveis!
Insta: @elidajeronimo
A maior desilusão na vida é voltar depois de muito tempo onde você viveu a sua infância e foi feliz.
Rever tudo muitas vezes despedaça as suas memórias, por que nada será exatamente como sua mente gravou.
Meus tempos de Infância
PARTE 01
Toda hora estou pensando
E agora vim me expressar
Através da rima eu escrevo
O que o coração quer falar
Memórias da minha infância
Que a mente tenta acessar.
Um tempo bom por demais
Pomares, rios e currais
Brincadeiras, festa e alegria
Naquele lugar reunia
Famílias com alegria...
Brincadeiras e diversão
Simplicidade e muita união
Podia ter só o feijão
Que ainda sim chamava atenção...
Todo mundo queria ficar
Naquele lindo lugar
Visitante se admirava
Pra um e outro falava
E assim a fama espalhava
Por toda região, daquele barracão
De paredes de pau a pique
Das prateleiras mais chiques
Era os alumínios da minha vó
Que de longe encadeava
Do brilho que ela dava
Com areia, bucha e sabão.
Com amor e dedicação
Em tudo que ela fazia.
Trabalho disfarçado de lazer
Para as crianças aprender
Como tudo se fazia
Não era como hoje em dia
Que não pode fazer nada
As Brincadeiras boas estão paradas
Pois os pais não deixam brincar
Agora só tem celular acabando com a diversão
E cada um mais molão
Diferente de outro hora
Que Meninada Jogando bola,
Lá no meio do terreiro
Podia fazer lameiro
Que os pais não se importava
Tinha mais fé que era Deus que cuidava
E tudo ficava bem!
São muitas memórias que surgem
Quando eu paro para pensar
Naquele incrível lugar
Que passei a minha infância
Tempo bom de criança que pude aproveitar.
Eu lembro dos meus avós
Na flor da juventude
Força, fé e atitude
Trabalhando com paixão
Naquele fecundo baixão
Minha vó na mão de pilão
Debulhava aquele arroz
E já preparava depois
Tudo fresco ali da hora
Essas são as memórias
Que me pego a pensar.
Meus tios com par de espora
Aprendiam a caminhar
Trabalho, sustento pra o lar
Era o que os pais ensinavam
Respeito e consideração
Passava para a geração
Como enfrentar a vida
Com sabedoria e proeza
Não tinham muita riqueza
Mais tinha muita alegria
Era seu jeito de amar
Ensinando uma profissão
Cada filho um leão
Era assim que preparava
Uma forte geração.
Com garra, fé e união.
Autor: Fernando G Saldanha
13/01/2025
Eu, que sempre achei ser tão forte, às vezes me lembro de um instante simples, e isso é o suficiente para desmoronar tudo o que eu achava que tinha superado.