Memória

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BRAVA GENTE BRASILEIRA
Quero falar de gente,
Gente bonita e forte,
Que acredita na sorte
E batalha o dia-a-dia,
Gente que acredita no futuro,
Apesar da travessia nesse túnel escuro,
Gente que tem esperança,
Apesar de viciadas crianças
Nas drogas e prostituição,
Gente que lota ônibus,
Trens, vans e caminhão,
Gente que vai de jumento,
Gente que batalha sem medo,
Gente de bons sentimentos,
Gente enganada e roubada
Por corruptos e propineiros,
Gente que sorri e que chora
Com o ocaso e a aurora,
Gente que sonha com leis
Justas e inflexíveis,
Independendo de níveis,
Raça, cor, religião...
Gente que perdoa e vota,
Que acredita em lorota,
Mas não esquece deslizes...
Gente formada por bantos,
Europeus e amarelos,
Que com os índios, fez um elo
E fez miscigenação...
Gente que foi escravizada,
Na colônia e no império,
Gente que foi humilhada,
Abusada, vendida como animal...
Brava gente brasileira,
Suplantaremos corruptos,
Com ideais devolutos,
Parasitas engravatados...

Desonestos é minoria...
Educaremos crianças,
Não percam suas esperanças,
Acreditem nessa terra.
Nossa terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá...
É terra de Gonçalves Dias,
De Drummond e de Cecília,
Gente sensível e terna,
Removeremos as pedras,
Correremos entre canteiros,
Pra esconder as tristezas
E enfrentar a labuta
Sem jamais fugir à luta,
Brava gente brasileira!!!
TADEU GOMES MEMÓRIA

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introspecção
O que é mais triste que uma noite fria e chuvosa? Mendigos nessa noite...
O que é mais triste que despedidas? A solidão
O que é mais triste que uma criança faminta? A sua mãe

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Quem tem boca vai a Piripiri, quem tem dinheiro vai a Roma ou a Paris...

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Menina do Rio
Autor: Tadeu G. Memória


Você tem as paisagens das colinas,
O Cristo, Copa, a Quinta...
Maracá, flamengo e a Rua Venus,
Trombas d’água e neblinas,
Garotos que sussurram galanteios,
De corpos perfeitos, meninas...

Você tem o Rio e o Rio corre em Você,
Eu tenho uma folha de caderno e uma Caneta,
Eu faço o poema e o poema me Envolve
Com metamorfoses, vicissitudes e cataclismas
Mágoas e marcas indeléveis de trezentos anos.
Os meus cabelos já ficaram brancos...
Antes eu não era nada, agora eu não sou ninguém,

E você tem o Rio e o Rio te tem...
Eu já conheci essa paixão avassaladoura
de fim-de-semana...

Sexta a gente se apaixona...
Casa-se sábado...
Domingo é lua de mel
E segunda? E segunda?
Aonde eu vou me esconder?
Eu não tenho colinas...

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DEMÊNCIA

Eu vou te beijar, quando você ficar triste...
E quando você ficar alegre, eu vou chorar...
E quando chegar a noite nostálgica e solitária
eu vou me esconder...

Entenda esta demência quando eu não sorrir...
Entenda esta ternura quando eu te agredir...
Quando eu chegar com algumas flores
Eu vou te possuir...

Posso te falar de tudo, menos o que você quer ouvir...
Posso ir a qualquer lugar, menos onde você quer ir,
Posso beijar a naja e caçar javali
Poderemos se esconder em Parati...

Pra te agradar, quando tiver vontade de chorar,
eu vou sorrir,
Vou morrer quando você quiser partir,
Vou odiar quando sentir vontade de te possuir...
Assim vou descobrir a realidade
Amar-te não depende da minha vontade

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PASSAGEM

O que olha, o olhar do morto fixo no teto,
Pensa no aborto no feto,
No filho que seria o prodígio,
Porque os que vingaram,
Envolveram-se com drogas,
O que pensa o defunto?
Pensa no gerúndio do verbo morrer
Pensa nas coisas que deixou de dizer,
Pensa nos abraços que deixou de dar,
Pensa na esposa que deixou de amar,
Pensa no particípio do verbo finar
O que pensa o finado
No féretro fechado
No pranto caindo de alguém preterido
No pretérito imperfeito
E no mais que perfeito
Do verbo acabar
Acabara bem antes do lapso, do colapso

O que olha o olhar do morto,
Num ponto indeterminado,
Pensa no pigarro, na cirrose,
Pensa no enfisema,
Na cachaça que não mais beberia,
No cigarro, que não fumaria ...
O que olha o olhar do defunto,
Germes, vermes em festa,
Por um novo presunto,
A passagem? Alguma paisagem?
Trevas ou luz?
Ou A singular possibilidade de renascer?

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Sonhar não é fácil, é preciso mentir pra si mesmo e acreditar na mentira...

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A tua felicidade, voce põe onde você quiser...
tem gente que a põe no pico do everest...

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SÉ OR NOT SÉ

Com quantos tijolos se edifica a fé?
Com quantas torres se faz uma Sé ?
Quantos degraus nos levarão ao céu???

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A paixão te amarra com cabos de aço,
te pendura pelo saco,
te tranca numa caixa,
a paixão te amordaça...

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A insegurança é o que me sustenta, é o meu pilar...
a incerteza é a minha grande esperança.

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Querer eu quis...
Amar não fiz...
Sonhar não diz...
Paixão é viver por um triz...

Inserida por tadeumemoria

JOOAKINA E SERAFIM

O sol já brilha à pino
Porque ainda dormes Serafim?
Lembro-me de ti, madrugador,
Falavas em pegar o sol com a mão,
Hipérbole ou não, mas tinhas tudo sob controle...
Era bom ouvir teus passos e o som da tua voz
Entre as plantações de café...
Cantarolavas canções que embalavam nossos sonhos...
Vieram crises, mas eras incansável, forte,
voluntarioso...
Foram tempos de lutas, mas eras um guerreiro.
Agora o teu olhar longínquo, alem do que, não podemos ir,
Alem dos nossos limites,
Será a pressão, a labirintite?
Letícia telefonou, mas não mencionei a queda,
Pra que preocupá-la? Tiras de letra...
Esquece os meninos, nem meninos são mais...
Cresceram... se foram... também tenho saudades
Suas risadas, suas brincadeiras ao redor da casa
Enchia tudo de vida...
Foram tempos inesquecíveis.
Agora temos o rex, o golias, as galinhas...
Temos um ao outro, me prometeste seria pra sempre...
Queria te confessar algo que nunca te disse:
Sempre te amei
Sempre amei esse teu jeito ousado
Tinhas o olhar insistente, a mão quente...
Agora o teu olhar parado... atua mão... fria...
Acorda Serafim! Serafim!
Serafim! Serafim! Serafiiiiiimmm!!!

Inserida por tadeumemoria

Eu tenho um pé no horizonte
e outro no paraiso
eu tenho uma fonte infinita de riso
e um sol se pondo atrás do monte...

Inserida por tadeumemoria

O arco-iris é meu tobogã...

Inserida por tadeumemoria

TUDO O QUE SEI...


O que sei de estrelas?
Na minha mente eclipsada de confusões
Só há chuva no jeito de ver e de sentir...

O que sei de calor?
Há um constante ocaso no despertar
Das minhas emoções

As flores que conheço são luzes urbanas
São olhos de máquinas dinâmicas,
Que gritam a dor do não sentir...
O que sei de universo
É tudo que se sintetiza na tua retina
E nessa silhueta de anjo
E é isso que me faz ver constelações
Sobre a tua cabeça
E nuvens sob os teus pés...

Nada entendo de sonhos
Mas a noite me conduz
Entre divagações e tons celestiais
A tua voz é uma promessa de um paraíso
E eu penso no beijo...
Isso é tudo o que sei de amor.



Tadeu G. Memória

Inserida por tadeumemoria

Faço amor, mas não amo o que faço
ou amo o que faço, mas não faço com amor...

Inserida por tadeumemoria

LASANHAS
Encontraram-se de uma forma meio estranha
numa encruzilhada
meio madrugada
quase manhã...
e se olharam de uma forma que acanha
e sentiram um calor esquisito
um fogo nas entranhas
e gelava uma brisa no corpo
um frio que assanha
e se sentiram presos numa armadilha que apanha
de surpresa e desprevenida uma vontade tamanha
de sentir no corpo a unha que arranha
do prazer, esse jogo onde não se perde nem se ganha
mas satisfaz toda a fantasia de quem sonha
e quando amar se torna uma façanha
pois se encontraram na praça
e perderam a vergonha
e se despiram de graça
sem preconceito dessa artemanha
e rolaram na grama e se enpernearam feito aranhas
e se lamberam na cama com gemidos de prazer e de manha
e se deliciaram como se fossem lasanhas...

Inserida por tadeumemoria

O temor da morte assusta, mas a morte em vida dilacera a alma e traz sofrimento sem fim.

Inserida por PalavrasAtrativas

⁠O passado é apenas uma série de momentos. Cada um perfeito. Absoluto. Uma pérola no colar do tempo.

Inserida por pensador