Memória
Vou te guardar na memória com carinho... e... bom... durante algum tempo eu vou me permitir pensar que você vai voltar pra gente retomar de onde parou... mas só por alguns dias... depois disso... só memória...
Paixões ficam pra sempre na memória, guardadas como lembranças ruins ou boas, o que importa é os dias de felicidade, as noites perdidas, as unhas roídas, o medo, a insegurança, o coraçao acelerado, os sonhos e as mil vezes em que se perde o chão.
Penso em ti como um desejo interrompido
que se teceu na minha memória.
E sonho-te mais do que te recordo.
Seleciono. Invento-te um nome, um rosto.
Reconstruo. Reconstruo-te.
Peça a peça.
Minuciosamente – real ou irreal,
– Assim te lembro.
Se ao menos houvesse uma invenção que engarrafasse uma memória, como aroma. E que nunca esmaecesse, nunca azedasse. E que, se a pessoa quisesse, poderia desarrolhar a garrafa e seria como viver aquele momento todo outra vez.
Momentos guardados na memoria ,no coraçao que jamais serao
esquecidos apagados ou ate vividos novamente .
Pois passou e agora tudo mudou .
E restao as lembraças para recodar e lagrimas para derramar.
so isso e o que agora me satifaz.
Tento mudar , me renovar ser outra
Esquecer tudo pra nunca mais me decpecionar
Mas e como houvesse algo me prendendo a tudo isso
Ja foram tantas lagrimas minhas derramadas nessa historia
As vezes acho que nada que vivi valeu a pena
Voltar átras e apagar tudo .
Que o 1º olhar fosse interrompido
1º bejo nao houvesse acontecido
1º lagrima nao tivesse sido derramada
Mas nao foi assim , nao e assim
vivi tudo ao seu lado mas menos a saudade que nasce ao longe,
Para a minha sorte e para o azar de muitos, tenho uma memória de ouro que me impede de confiar novamente em quem não merece.
CIDADE SORRISO
Em minha memória, uma saudade
Dos tempos de outrora, um aviso
Daqui fui, aqui voltarei, realidade
Uma mineira cidade, cidade sorriso
Onde sempre fui, territorialidade
De minha alma, aqui sou indiviso...
Neste um universo, versa a beleza
Gente de minha história, de contos
Em um recital duma incrível pureza
Poesia nas velhas cadeiras, pontos
Seresteiros cheios de doce certeza
Nada ali é pequeno. São confrontos!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Das lembranças mais gostosas
Eu quero sempre ter
Seu sorriso na memoria
E o jeito moleque de ser
Brincadeiras a parte
Com você eu encontrei
A menina escondida
Em meu jeito de ser
Passe dias,passem as horas
No peito tenho guardado
Não dá para esquecer
Em meus dias tenho presente
Momentos para se manter
Sorrisos,alegrias, travessuras de um ser
E na responsabilidade da vida
Fez questão de se fazer
Homem feito
Menino no peito.
Você me apagou da memória porque achava que estava me impedindo de ter uma vida plena e feliz. Mas cometeu um erro.
Meu maior prazer é fazer com que as palavras se tornem sentimentos e se eternizem na memória daqueles que sabem interpretar com o coração.
Celebre sua derrota
Você vai ficar na memória
Aqui jaz um indivíduo incapaz de fazer a sua história.
Quando Matam Um Sem Terra
Quem contar tráz à memória,
sabendo que dor existe,
quando a morte ainda insiste
em calar quem faz a História.
Pois quem morre não tem glória,
nem tampouco desespera.
È um valente na guerra,
tomba em nome da vida.
Da intenção ninguém duvida,
quando matam um Sem Terra.
Foi assim nesta jornada,
quando mataram mais um,
o companheiro Elton Brum,
não teve tempo prá nada.
Numa arma disparada,
o Estado é quem enterra
e uma vida se encerra
em nome da covardia.
Toda a nossa rebeldia,
quando matam um Sem Terra.
È o desatino fardado,
armado até os dentes,
até esquecem que são gente,
quando estão do outro lado.
E vestidos de soldado,
todo o sonho dilacera,
violência prolifera,
tiro certeiro, fatal.
Beiram o irracional,
quando matam um Sem Terra.
Quem és tu torturador,
que tanta dor desatas,
desanimas e maltratas
o humilde plantador?
Negas a classe, traidor,
do povo tudo se gera,
te esqueces deveras,
debaixo de um capacete.
Dá a ordem o Gabinete,
quando matam um Sem Terra.
Em algum lugar da pampa,
Elton deve de estar,
tranquilo no caminhar,
jeito humilde na estampa.
E algum céu se descampa,
coragem se retempera,
outras batalhas se espera,
dois projetos em disputa.
Não se desiste da luta,
quando matam um Sem Terra.
(Para Elton Brum MST/RS, assassinado covardemente pelas costas, em 24.08.09)
Não sei sobre você, mas eu invento, me esforço, faço apelos e guardo tudo na memória, faço promessas para que nunca morra a pulsação no corpo que me leva a sonhar. Não sei você, mas eu encontro dentro de mim, um repertório novinho de coisas para viver.
com cerejas enfeitava as orelhas
...sentia-me uma princesa
...tranco o portão da memória,
para não esquecer.
já nada invento, minha memória exausta é seara de medo onde as palavras são punhais, duras e hábeis como pedras...
Eu vou pausar o frame
Do teu sorriso em minha memória,
Pois ele será o oásis de todos os sorrisos.
Ainda vou te fazer mergulhar
De alma em meu mar.
Te fazer querer viver
Todas as suas sete vidas comigo,
Como se uma só
Não fosse o suficiente
Para tanta história.
Um momento bom passa em um instante, mas é eternizado na doce lembrança da memória, onde perenemente é vivificado na alma.