Memória

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Sou apegada ao que é meu, ao que lembro, ao que minha memória guarda lava e passa com tanto carinho e esmero. Gosto de manter o que é vivo perto. E lembranças são vivas.

E, quando o presente é feio e o futuro incerto, o passado vem-nos sempre a memória como o tempo em que fomos felizes.

A sua memória é um monstro; você esquece, ela não. Ela é invocada pela sua própria vontade. Você acha que tem uma memória, mas é ela que te tem.

Sou um homem comum
de carne e de memória
de osso e esquecimento.
(...)

Sou como você
feito de coisas lembradas
e esquecidas...

⁠“Quem discute alegando autoridade não usa a inteligência, mas a memória. Não se pode amar ou odiar quem não se conhece ainda. Quem pouco pensa, engana-se muito.”

Parte de mim gostaria de apagá-los da minha memória, para que eu nunca precisasse sofrer por eles. Mas outra parte teme o que eu me tornaria sem eles.

(Tris Prior - Insurgente)

Veronica Roth
Insurgente

A UM SUICIDA

À memória de Tomás Cabreira Júnior

Tu crias em ti mesmo e eras corajoso,
Tu tinhas ideais e tinhas confiança,
Oh! quantas vezes desesp'rançoso,
Não invejei a tua esp'rança!

Dizia para mim: — Aquele há-de vencer
Aquele há-de colar a boca sequiosa
Nuns lábios cor-de-rosa
Que eu nunca beijarei, que me farão morrer

A nossa amante era a Glória
Que para ti — era a vitória,
E para mim — asas partidas.
Tinhas esp'ranças, ambições...
As minhas pobres ilusões,
Essas estavam já perdidas...

Imersa no azul dos campos siderais
Sorria para ti a grande encantadora,
A grande caprichosa, a grande amante loura
Em que tínhamos posto os nossos ideais.

Robusto caminheiro e forte lutador
Havias de chegar ao fim da longa estrada
De corpo avigorado e de alma avigorada
Pelo triunfo e pelo amor

Amor! Quem tem vinte anos
Há-de por força amar.
Na idade dos enganos
Quem se não há-de enganar?

Enquanto tu vencerias
Na luta heroica da vida
E, sereno, esperarias
Aquela segunda vida
Dos bem-fadados da Glória
Dos eternos vencedores
Que revivem na memória —
Sem triunfos, sem amores,
Eu teria adormecido
Espojado no caminho,
Preguiçoso, entorpecido,
Cheio de raiva, daninho...

Recordo com saudade as horas que passava
Quando ia a tua casa e tu, muito animado,
Me lias um trabalho há pouco terminado,
Na salazinha verde em que tão bem se estava.

Dizíamos ali sinceramente
As nossas ambições, os nossos ideais:
Um livro impresso, um drama em cena, o nome nos jornais...
Dizíamos tudo isso, amigo, seriamente...

Ao pé de ti, voltava-me a coragem:
Queria a Glória... Ia partir!
Ia lançar-me na voragem!
Ia vencer ou sucumbir!...

Ai! mas um dia, tu, o grande corajoso,
Também desfaleceste.
Não te espojaste, não. Tu eras mais brioso:
Tu, morreste.

Foste vencido? Não sei.
Morrer não é ser vencido,
Nem é tão pouco vencer.

Eu por mim, continuei
Espojado, adormecido,
A existir sem viver

Foi triste, muito triste, amigo, a tua sorte —
Mais triste do que a minha e malaventurada.
... Mas tu inda alcançaste alguma coisa: a morte,
E há tantos como eu que não alcançam nada...


Lisboa, 1° de outubro de 1911
(aos 21 anos)

Ama-se por memória.

Eu não quero ser prisioneira da eterna lembrança de que estarei para sempre em sua memória...

Sabe aquela tarde deliciosa? Pra ficar guardada na memória?
Então, é essa tarde que eu vim te desejar:
Que a sua tarde seja tranquila, que tenha sorrisos e risos, carinho e amor, com toques
de magia e requintes de felicidade!

Jamais se apagaram da minha memoria os momentos em que estivemos juntos... não se apagaram do coração a sensação de estar ao seu lado...

E mesmo o tempo e a vida continou e os caminhos novamente se juntaram...
O coração dessa vez gritou no nosso silencio, e já não existe independente de mim ou de VC!E agora somos NÓS!!!

E por varios momentos somos felizes, mesmo com pedras, ainda fomos nós... E a cada dia mais ainda... Aprendendo o que é o amor... aprendendo a amar...
E em cada momento te amei mais ainda!!!

Algumas pedras me tiram do nosso caminho... trazendo um silencio entre nós... Mas não é silencio o suficiente para o coração, pois ele grita... aprendeu a te amar...

E hoje ele aprende que te ama muito e que amar vai além de estar junto e que ainda somos Nós!!! Juntos ou separados...

Sentimento não separa!!!Não se apaga!!!

E esta em mim como estou em você!!!

Como VC esta?
Do mesmo jeito que VC!!!


TE AMO!

Não deixe que o solo de sua memória se transforme numa terra de pesadelos,mas num jardim de sonhos

Navego pela memória sem margens.

Cecília Meireles
MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Nota: Trecho do poema "Explicação": Link

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Por favor
Um café expresso
Para uma noite insone
Porque sua memória maldita
Da minha cabeça não some

A memória é uma velha louca que joga comida fora e guarda trapos coloridos.

Grava a minha essência como um selo sobre o teu coraçao. Que minha memória ressoe através do cerne do teu ser. Deixa-me brilhar e erguer-me através do centro da tua paixão, através das margens da tua ação, através de cada parte de ti que se torna viajante e deixa o lar. Grava-me como um monograma que alerte todo mundo: Eis o sinal da integridade, eis o sinal do amor. A força dos cosmos se oculta sob sua superficie.

Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.

São várias fita na memória, só recordo as história.

Minha memória me sacaneia o dia inteiro com pedaços soltos de você.
Sua imagem passa num borrão, mas meus olhos não conseguem fixar.
O gosto do seu beijo brota na minha língua e eu fico sem saber o que fazer.
Não sei dizer de onde vem, mas sinto o rastro do seu cheiro no meu ar.

Todas as vezes que sinto falta dele, eu busco na memória os motivos do nosso afastamento e à luz da realidade dissipo sem nenhuma culpa a sombra enganosa da saudade.