Memória
Há frutos que não colhi
Na polpa doce do tempo
Há pingos de néctar
Nos fios de minha memória
Há um eclodir de cores e sabores
Nas ramagens dos meus outonos
E fico a sorver...
A aragem açucarada dos ventos
Presente nos bagos maduros
Dos frutos que não colhi.
SonhaDor
Hoje mais um sonho aconteceu e minha memória conspira contra meus sentimentos. Agora viajo por desejos que sempre tive em pensamento, mas agora é real. Desta vez o passado emergiu como um clarão do alvorecer. Das dores que eu conheci, todos foram levadas e o sonho foi perfeito. Aquele é o homem que faz gosto o desejo, seu sorriso irradiante, o calor dos seus beijos, eu senti toda sua força, o toque de seu braço mistificaram um prazer incomum. Não sonhei com o dia perfeito ou com o homem maravilhoso, meus sonhos traduziram a dura realidade que tenho de não mais querer acordar… Sonhar é lindo!
Será?
Algumas imagens de certas pessoas reunidas me veem logo a memória uma pergunta: Qual o coletivo de cobra mesmo?
No silencio de uma noite de domingo
A memória volta aos poucos.
Pouco a pouco transforma perguntas em respostas simples
Que nos tempos de hoje evidenciam certa satisfação.
Dores que antes eram cores, coloridas de ilusão,
Onde só meus olhos viam na alteração da mente
Hoje, em cores concretas, de realidade e verdade,
No amanhecer de cada dia, onde o sol, luz, irradia.
Numa atitude diferente, consciente,
Quem sabe até madura, a mente antes doente, hoje cura.
Num presente de alegria.
O ingrato não tem memória, esquece de todos os benefícios recebidos. Dos abraços, das promessas, das alegrias repartidas e vividas em conjunto. E ele é o tipo de homem, embora humano, muito necessita crescer para se considerar como verdadeiro participante da Humanidade.
Tenho um bom motivo para você ter admiração, medo, respeito e cuidado...
• Minha memória... Ela é sobrenatural!
Tenho guardado de cada pessoa o que recebi das mesmas...
Mas sò devolvo o que não me faz perder meu precioso tempo!
As demais coisas deixo por conta do tempo e da vida, a nossa melhor escola e o nosso melhor professor!
Bom minha balança interior é incrivel tipo do futuro, mais funciona perfeitamente...
“A memória é uma artista estranha, refaz as cores da vida, apaga o medíocre, guarda só os traços mais bonitos, as linhas mais tocantes.”
A noite chegou
e tudo que vivi hoje de bom
quero guardar pra sempre na memória
porque amanhã ... é outra história.
Bom mesmo é quando sua amiga pergunta “e o seu ex?” e você com o lapso de memória mais sincero e delicioso responde: “que ex?”
Os bichos dentro de mim
Renato Lima
Em memoria Hamilton Vieira
Saindo daquele estado deplorável de magoas e feridas doloridas, percebi que dentro de mim também saia larvas de expiações e emoções continuas, deixando me levar por uma luz azulada
E também continua que rodeava meu ser, entrei em um estado também de leveza.
Havia crimes e perguntas indecifráveis que refazia meu interior, eu monologava comigo no ato de desperdiçar as ultimas gotas de perguntas contidas em meu passado.
Já ali naquela zona de medo e desespero irracional avistei todos os amores que um a um me abraçaram ouvir versos de – Te amo, meu amor, percebi que sou amado absurdamente amado.
Avistei águas mansas sobre meus pés, e uma brisa que soava sobre meus ouvidos como a voz doce de Alanis... E a cortina suave das mãos de dona Maria, e aquele sol brilhante lembrava-me o sorriso de um velho e preto amigo que me acompanhara em minha caminhada envergadura.
Os bichos que havia dentro de mim saiam desolado, porem rindo de alegria como quem estavam também se libertando de outrora sofrimento por me corroer.
Eles os bichos também já não aguentavam mais aquela carne podre que era eu, uma dieta um tanto insatisfatória pra eles.
Seguindo rumo ao conhecido lago de luz, vi uma linda mulher vestida de luz, uma luz que permitia meus olhos ainda sôfregos a se acostumarem com tanta veemência.
Outra aba de luminosidade abriu se dilacerando como que um laço de nó branco estendia-se sobre um pátio também luminoso.
Meu Deus onde eu estou como uma unção se multiplicasse e um anjo guiasse meus pés a um lugar sagrado.
Eu vi o senhor, alegrias e alegrias puderam levitar com mais outros seres iguais a mim.
Pra onde eu fui naquela noite de quarta feira, Quando percebi a luz do sol a entrar pela janela do meu quarto? Não sei, sei que minha visão foi restaurada e os bichos que viviam dentro de mim foram libertos.
Não sei quem fazia mala quem, só sei que eles correm soltos por ai, e eu brilho.
O silêncio tornou-se guia nas veredas de meu andar, lá aonde os monstros de minha memória regozijam o prazer de trazer as lembranças à tona, lembranças essas de um passado que só me acarreta a dor de saber que sou um ser limitado, aonde só tu a de conhecer e apenas tu sentira tal drama do encontro e da perda, da lagrima ou da beleza da Dama da noite, que se mostra na escuridão e no breu, para assim dizer que a uma esperança, que a bondade nos corações dos que se corrompem durante essa vida!
Minha querida, se você tem amnesia, eu não tenho nada com isso. A proposito, tenho "memoria de elefante", conviva com isso, quanto mais longe, menos sentirá o meu desprezo.
Você fica bem, mas ouve a música e ela te deixa preso naquela memória, no dia em que o relógio travou em uma certa hora, o céu deixou um certo tempo, o beijo foi curto e as palavras não emitiram som.
Ainda que eu perdesse a memória, tenho quase certeza que no fundo eu iria sentir um vazio e uma saudade que deixaria meu coração apertado. Uma sensação que faltasse um alguém, um sussurro talvez. Uma palavra, Pai.
1 ano e 5 meses, sem meu Pai.
homenageie sua mãe! Faço aqui essa postagem em memória da minha mãe e avó Nahir Maria da Cunha.Lembranças e saudades no coração,onde cada palavra que foi dita,fica pra sempre!