Melodia
O Cântico Silencioso
Cântico silencioso.
Onde minha voz se faz a melodia do olhar.
Sentimentos em meu Pesar.
Alimentando a Solitária esperança de um Amanha perdido.
Resposta a uma Alma que se faz vazia.
Onde as palavras não se desejam serem ditas...
Figura desfigurada pelas ações.
Onde nada sentimos,
Apenas pela inércia existimos.
Guie-se pelas catacumbas perdidas dos corações solitários.
Aqui jaz minha rara Companhia.
Pois fora perdida,
Pelas palavras orgulhosas não ditas.
Impiedosa piedade
As suas sombras és minha Realidade.
Só a tragédia de sua vida pode impor minha morte.
Juntos dos pecados esquecidos.
E das Lágrimas de sangue derramadas...
Se cale para sempre se assim desejas falar.
Se emudeça de seu Ego,
Assim poderás me Atacar.
O ódio que destilas te matará junto a minha Sepultura.
Onde nunca Repousei.
Pois o cadáver que conheces não és pertencente a esta Alma.
A felicidade vive.
No Exato momento onde você se perde.
Compreendas minha incompreensão por ti.
E enxergarás a Luz que se priva com tanto custo.
Toque-me sem pudor e sinta a melodia que de mim ecoa...
Faça de mim o seu instrumento no qual te dê tamanhos orgulhos...
Não se prenda, mas sim se permita e se renda para que eu possa encantar o seu coração;
Minha melodia toca com clareza, vendo a lua tão brilhante, é intocável os átomos indecifráveis que brilham mais que mil diamantes…
É uma renovação sem fim minha lua ofuscante…
E a passos lentos prossigo, na luz que me ilumina
Há uma atmosfera de encanto, sentido, com “brisa”
redescobertas de sonhos
renascimento de vida …
Ao ouvir a melancólica melodia de Chopin,
O cheiro da camomila no ar
E o meu corpo totalmente inerte em meio a essa sensação:
um alívio, uma dor, ansiedade, caos...
Sentimentos sem explicação
Que alimentam o meu 'auto-desamor',
Vida, eterna caminhada
Nunca explicada,
Mas aberta para ser explorada.
Encanto
Hoje quem canta
como ama, encanta,
na suave melodia,
ou no arfar do cansaço, da íngreme
subida da escadaria,
não importa! É poesia.
Acalanto para um coração
que se afasta da solidão,
e, traz a emoção, na beleza da canção.
Leva as mágoas para o relento,
aquelas que partiram
em pedaços, estilhaços,
tornando-o dividido e ferido,
ressentimentos de quem partiu
em um momento, e
sem se dar conta, encontrou-se,
com seu próprio sentimento.
Versinhos
Fazer da vida uma arte
Uma melodia intensa e suave
Atentendo a necessidade espiritual
E sentar-se para refletir num amor eternal, Sim
Fazer do momento Especial
Dele, Uma temporada sem final
E da percepção a atitude existencial
Desses versinhos um guião
Fazer dos teus, os que te são mais queridos
Dos céus, os olhares derretidos
Das mágoas o fim, e dos entristecidos
Fazer do amor uma canção
Fazer do conselho, um plano de ação
E continuar a fazer com bastante dedicação
”Os pássaros cantam sua melodia, porque é de sua natureza cantar. Fazem o seu melhor, todo dia, não se importando se há alguém para ouvir, aplaudir, prestigiar...
Na vida, no trabalho, seja como os pássaros!”
A música possui encantos que doma até mesmo o coração mais selvagem, e sua melodia é tão agradável que acabou por serenizar minha vida. Foi na música que encontrei meu vício e era ela a única que me entendia sem nem mesmo eu falar. Ela me deu sensações perdidas.
Angustiado coração
Ainda sinto o cheiro
O toque, o beijo
Embriagado de paixão
Latente desejo
Melodia de arpejo
Dependente compulsão
Lascivo e imoderado
Anseia o ser amado
Sestrosa condição
Noite fria
Cama vazia
Enfim sós, melancolia.
Enlaço o amor em letra e melodia.
Nascendo em mim a composição
Como notas que caem do céu
Transforma dor em alegria
Somos verso e poesia
Outono e ventania
Praia e carioca
Somos pão e padaria
Piano e melodia
Filme e pipoca
De dois corações um só se fez
Um que vale mais que dois ou três
A música é o vínculo que une o espírito à vida dos sentidos. A melodia é a sensibilidade da poesia que consegue atingir a nossa centelha da vida.
Talvez eu não seja um bom amigo, mas sei que sincero eu sou
Sou uma melodia, invejado
Talvez um amigo sociável
Também sei que sou um balanço cadenciado
Não importa o momento sei que tenho o meu valor na dor do relento...
No seu rosto as marcas do tempo não tinham idade,
na leveza da sua alma, a melodia do amor edificava,
mas eram no seu olhar e em cada gesto que a felicidade fazia morada!
(Alice Barros)