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Cerca de 1293 textos Melhores

ENTRE PEDRAS

Já não sou flor de jardim
Aprendi a crescer entre pedras
Hoje nasço em frestas de muro
Cresço em rachaduras de asfalto
Sem o regar do jardineiro
Sobrevivo das gotas de orvalho

Já não sou flor de jardim
Cresço até em terreno baldio
Se arrancarem minha raiz
Brotarei novamente

Minhas sementes dei para os passarinhos.

Inserida por elis_barroso

CONSTRUÇÃO

Quero ser assim
Tal qual passarinho que constrói seu ninho
Um graveto por vez
Cada qual com seu tamanho
Uns fortes
Outros delicados
Pedacinhos de galhos que pareciam perdidos
Juntos viram ninho

Quero ser assim
Tal qual colcha de retalhos
Com tantos pedaços
Remendos
Que cresce aos pouquinhos

E sua beleza é trazer em si
Pedaços que não eram seus.

Inserida por elis_barroso

E o relógio soou mais uma vez
E quando você olha para trás
E não tem mais ninguém
Você sabe que cair seria mais fácil
Mas o fácil quase nunca é a melhor escolha
Então você tem que se reerguer
E lutar sozinho
Porque o relógio não para
E enquanto seu coração pulsar
Sempre haverá uma oportunidade
De acreditar que dias melhores virão...

Inserida por TheArcanjo

"Metade do meu ser, sou eu.
A outra metade é o que eu gostaria que um dia eu fosse, ou melhor, é o que eu vejo em outros de bom, que de certo modo quero ter, possuir, ser. Não é inveja, apenas vontade. E, diga-se de passagem, é até um elogio às outras pessoas, pois há alguém que as admira.
Metade do que eu sou, é meu.
A outra metade é controlada, não por minha sanidade, conceitos, e princípios , mas por desejos, aqueles da carne. Desejos esses que me fazem errar, cair, sofrer, mas em contrapartida, me fazem ter em minha mente e coração as mais lisonjeiras, sublimes, e satisfatórias sensações e experiências.
Metade do meu ser, é errôneo.
A outra metade, esta tentando acertar.
Metade do meu ser, é o que querem que eu seja.
A outra metade, eu não posso contar, ou melhor, não saberia.
Metade do meu ser se preocupa com o próximo e se importa realmente de como estão, o que pensam e sentem.
A outra metade, fica cala e não segue ,muito menos se preocupa se está seguindo o politicamente correto.
Metade do meu ser, não sabe do que estou falando agora.
A outra metade, sabe e entende.
Metade do meu ser, se nega a aceitar a escrita deste texto.
A outra metade, anseia por isso.
Eu vivo em constante dúvida, presente divisão. Ou quero e não consigo, ou consigo, mas não quero.
Quero ser eu, mas faço o que esperam de mim. Não quero sofrer, mas escolho amar. E, infelizmente, essas são coisas que, em alguns casos, não podem estar juntas.”

Inserida por lrmonteiro

"Estamos juntos, porém vivemos separados. Cada um em sua rotina, no seu mundinho fútil regado a escolhas banais. Compartilhamos a mesma morada, tendo sempre o mesmo lar de dormida, entretanto, cada um na sua individualidade, em seus ares alaridos, seus arroubos bauburdiosos. O grande problema do homem como um todo é dilapidar as coisas que jamais deveriam ser colocadas em segundo plano, engodando a quem merece as mais sutis e amorosas palavras, fugaz ilusão! Esses dândis são em grande maioria por natureza os piores fleumáticos, verdadeiros ignóbeis insensíveis ao sentimento alheio, à dor do outro, outro esse que cultivou por décadas a estabilidade de uma casa projetada pelo melhor arquiteto, dedicando sempre o melhor, mesmo que este fosse o pior de alguém.
A vida é um mar de surpresas, onde a desconhecemos a cada dia, mediante tantas mudanças repentinas; onde em um momento há a estabilidade de um rio, depois a irrupção de um oceano em fúria, vida essa que nos coloca nas mais cômicas situações e nos mais hilariantes pesares, permanecendo incólume e iludindo-os a ponto de confortar-se em sua inocente ignorância.
O colorido perde a cor, o divertido perde a graça, o adorável incomoda, e o belo dessa vez encalha!”

Inserida por lrmonteiro

"O que pode um ser, senão, ser?
Que outra missão de vida pode alguém, fadado a ser quem é, cumprir?
Como pode um ser, que não escolhe um dos elementos mais singulares da vida, que é a existência, lutar durante toda sua vida em busca de definir o que pode ou não ser concebido? Não deveria ele aceitar sua essência? Aceitar o que foi definido por uma ‘força’ maior, vindo dos cosmos em busca de estabelecer o que deve ou não vigorar?
Ou melhor, pensar que somos ínfimos, limitados ou restritos demais para sermos inclusos ou expulsos, de algo pélago demais para permitir que uma pequenez ( como nós) participe?
Dentre tantas contradições, diante de indagações com suas respostas negadas, o que pode um ser, ser além de si mesmo?
Somos uma acaso meramente sortudo de termos sido engendrados em um planeta como qualquer outro que nos possibilitaria a subsistência?
Ou, fazemos parte de um plano transcendente, milimetricamente redigido por um ser súpero afim de nos instruir uma missão a ser efetivada em nossa efêmera vida?
Somos seres redigidamente destinados ou fruto do mero acaso?
A resposta?
Ou nossa sina nos responde ou Deus nos mostra.”

Inserida por lrmonteiro

o que seria de mim sem ter te conhecido
É como árvores plantadas ao ribeiro onde não
produz seus frutos em época oportuna;
É como se os pássaros não cantassem pela
manhã e ao crepúsculo;
É como se a lei fosse algo meramente escrito
sem ter a sua fiel intenção punitiva.
E tudo isso seria possível acontecer se eu não
estivesse te conhecido.
Termino aqui esses versos que singelos formam
esse ilustre poema inspirado e criado apenas a você *...*
De todo coração By: Moisés Victor

Inserida por MoisesVictor1

Vou falar de amigas !
NÃO ENSAIEI NADA MAIS VAMOS LÁ ; )

Amigas sao como flores,as melhores coisas que pode se presentear !
Amiga nao quer dizer ''CONHECIDA'' muito pelo ao contrário quer dizer muita coisa tipo;

AUTENTICA
MARAVILHOSA
INTELIGENTE
GATOSAAAA
AMÁVEL

E isso é 5 de muitos significados,amo muito minhas mehores amigas e se elas estiverem lendo isso....

ISSO É PRA VCS !! <3333

''AGALEVIKAHA" <33

Inserida por AgathaLopes

Não quero sofrer de amor
Eu quero sintir ele sem ter quer sofrer.
Sem a sensação de se envolver mas
somente senti-lo !!!

Senti-lo como chamas à queimar no frio do inverno.
Esquenta meu corpo.
Posso sentir esse prazer
Que é amar.

Sem se envolver mas somente sentir.
E até que ponto chegar, mas que fosse o primeiro.
E Como se fosse o último ! !!

Inserida por WagnerFranco

Dias melhores

Só quero me deitar...
E deixar minhas mágoas irem embora.
Sem guardar rancores, ou tristezas.

Quero levantar e me sentir mais leve.
Cansei de ouvir mentiras...
De um povo que nem sabe como é enganado.

Cansei dos políticos corrompidos,
Que deixam seu povo passar fome.
Mais que isso, estou morta.

Morta de fome, faminta pela luta.
Chega de ódio e rancor no coração,
Me traga a paz, vamos até a paz.

Brigar pela paz, e bondade.
Precisamos ser fiéis uns aos outros,
Quem quer viver de esperanças?

E a realidade, não podemos fugir dela.
Lutemos por dias melhores.
Sejamos fortes, competentes.

Inserida por amandathome

Seus dedos grandes são,
Pois também é vê-la minha emoção,
Não sabes como mexe com coração.

Este tem único só objetivo,
Sempre ao seu lado vivo,
Fazendo de nos melhores
momentos vivido.

Mas, nunca diga não,
Pois sentimentos controla
sob o coração,
Faz da gente , pessoas felizes de montão.

E ai então?
Affs affs

Inserida por beneditobasilio1962

Todos juntos um
As vezes temos que ter a coragem dos leões
A sabedoria do burro
A paz do bicho preguiça
A altivez da garça
Prepotência da águia
A elegância do cavalo
A voz do pássaro livre.
A obediência dos cães
O olhar desconfiado da galinha
A esperança dos peixes
A diplomacia do macaco
A beleza da girafa
A valentia da zebra.
A rapidez do antílope
E a fé Jô.

Inserida por BeneditaFranciscaVB

Uma dica pra você,

Todos os dias faz suco verde,
Pra estar feliz contente,
Se isto lhe deixa maravilhosa Eu fico quente.

Uma dica pra você,

Quero a de quaisquer jeito,
Com suco ou sem suco,
Viver nossos melhores momentos junto.

Uma dica pra você !

Sua amizade faz feliz ser,
Podemos muito não se entreter,
São coisas de seu querer,
Ou pequeno Eu pra ti ser.

Inserida por beneditobasilio1962

Ah!...como quero entrar o novo ano...
Numa expectativa de novos rumos.
De mudanças claras.
De brisas mais...bem mais leves!
Sem espinhos.
Não quero mais passar por caminhos de pedras e espinhos.
Já aprendi escolher caminhos melhores.
Mesmo que eu dê voltas.
Não preciso ir por caminhos retos.
Nesse ano par, quero encontrar o meu amor.
Aquele amor, que me envolverá em seus braços.
Que irá me dar o aconchego que preciso.
Que irá dá-me motivos maiores para sonhar e viver.
Eu quero sim...realizar meus melhores sonhos em 2014.
Ele é do amor.
Ele é casal.
Ele é par.
E se nada disso eu encontrar...
Devo entender...
Que não estou só...
Estou de braços dados com Jesus.
Ele me guiará em meus dias.
Pois independe do que venha acontecer-me.
Que eu agradeça muito intensamente.
Pois tenho olhos e vejo!
Tenho boca e me alimento.
Tenho braços...
Para dar a quem quiser um abraço gostoso.
Tenho meu nariz que aguçará o meu olfato para sentir o cheiro da vida.
E tenho pernas, pés...para me levar onde eu desejar.
Isso já vale muito estar viva!

Inserida por daysesene

ninguém sabe o que é passar fome ate passar de verdade,
ninguém sabe o a dor de viver só ate amar a solidão,
ninguém sabe o que é ter frio não ter um lugar para dormir,
ninguém sabe a dor de perder um amor...
e mesmo assim continuar viver da migalhas que são jogadas,
ninguém sabe como é viver numa fila espera de um coração...
ainda sabe que muito que nem tem isso para viver,
ninguém sabe a dor que carrega dentro de si mesmo ate...
provar o sabor da vida e sentir aquilo na pele,
seja qual for a realidade ninguém sabe como é de verdade.
por celso roberto nadilo
dias melhores

Inserida por celsonadilo

Se aparentemente fores superior esconda essa qualidade. Porém, se fores inferior admita-o porque assim estarás a adicionar humildade na tua personalidade.

E lembra-te, as pessoas cegam-te dizendo sempre que és bom mas não passam de meras ilusões. Ao lado dos melhores nada és quando percebes as tuas limitações

Inserida por franciscoslour

Portas do passado.

Para compreender a vida muitas vezes é preciso olhar para trás, ter compaixão para com as pessoas que fizeram parte desta história e assim fechar esta porta, não mais abri-la e seguir a diante, em frente escrevendo uma nova história, afinal de contas o caminho mostrado por estas portas não podem mais te levar a lugar algum.
Kelly Luz

Inserida por kelly_luz

Helen Palmer - uma Sombra de Clarice Lispector (PREFÁCIO)

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela.

Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) – constituído por diversos documentos pessoais da escritora – doados por um de seus filhos. E diante de correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e algumas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer.

Decerto aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora dos seus oblíquos olhos melancólicos.

Dizem, inclusive, que em agosto de 1975, ela somente aceitou participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de um poder supremo ao seu domínio e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião, sob o pretexto de súbito um mal-estar ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o verdadeiro texto sobre magia que havia preparado cuidadosamente para o instante da sua apresentação.

Em deferência aos costumes judaicos quanto ao Shabat, Clarice só pode ser sepultada no dia 11, domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como quase todos os extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Certamente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras não seriam confidenciadas. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe inspirou a adotar um daqueles pseudônimos (...)

Inserida por marcusdeminco

Barroqueira do Agreste – Bahia
(Fevereiro de 1934)

A grande distância da realidade dos centros urbanos, longe de qualquer vestígio de progresso e imensamente afastada de tudo aquilo que poderia ser compreendido como civilização, Lea Leopoldina era mais uma pobre cambembe emprenhada, prestes a parir mais um predestinado sertanejo azarento. À sua volta, pouquíssima história para ser contada e nenhum tipo de adornos para enfeitar o seu xexelento pardieiro de barro batido: três cuias de água salobra, brotos de palmas estorricadas e um saco de farinha de mandioca dividiam o apertado espaço na mesa de madeira crua com sabão de sapomina, folhas de macambira e um desusado pilão emborcado numa arredondada bacineta de pedra, guardando ainda as raspas das rapaduras trazidas pelos mascates dos canaviais das circunvizinhanças.

Acima dos caibros e das varas que faziam a parede engradada de taipa, o maljeitoso telhado de ripas, com uma tira grossa de embira amarrada ao centro da cumeeira, segurava num só laço de nó um leocádio apagado bem na direção do velho fogão de lenha. E presa na memória dos seus parcos pertences espalhados naqueles quatro cantos de extrema vileza, a triste lembrança de seu companheiro: Nestor a tivera abandonado, inexplicavelmente, após tomar conhecimento da sua inesperada gravidez.

Do lado de fora, onde fumaça manava em vez de flores e onde nada germinava pelas estreitas fendas cravadas na superfície do chão estéril, pouca coisa sobrevivia da crueldade de uma duradoura estiagem. Rodeados por xiquexiques, quipás, seixos, pederneiras, juazeiros e mandacarus, formigas, besouros, calangos e lagartos escondiam-se num devastado matagal pálido e amortecido. Ao redor deles, pedregosas areias de rios secos, cisternas vazias, lavouras abolidas e ossos de animais mortos eram sobrevoados por outros tantos insetos invictos e descorados.

Caia mais um fim de tarde e o céu avermelhava-se por inteiro, levando consigo as minguadas sombras dos resistentes pés de umbu, jataí e jericó. Parecia mais um entardecer inexpressivo – como todos os outros marasmados e silentes daquele lugarejo fosco – não fossem aquelas repentinas vozes cantarolando mais alto que os cadenciados apitos das cigarras entocadas nos calhaus dos roçados e trauteando mais modestas que os finos gorjeios dos cinzentos pássaros que voavam rumo ao infindo horizonte de mato desbotado: "Nós somos as parteiras tradicionais que em grupo vamos trabalhar! Todas juntas sempre unidas, muitas vidas vamos salvar..." (Helen Palmer - Uma Sombra de Clarice Lispector (Capítulo 3).

Inserida por marcusdeminco

Seu Vulto!

Esse
vulto é
inesquecível...
Ainda o guardo
em minhas
lembranças...
Pelos feitos.
Carinhos.
Entregas.
E os melhores sonhos
que de você
a mim chegaram.
Sua partida...
Não justifica
que eu precise
te esquecer...
Você em mim plantou ,
divinos momentos.
Por isso,
eles ainda
vivem em mim!

Inserida por daysesene