Manoel de Barros (1916 - 2014) é um nome fundamental na literatura brasileira. O poeta integrou a época pós-modernista e criou versos bastante singulares, defendendo que "desfazer o normal há de ser uma norma".
Nascido no Mato Grosso do Sul, ele foi criado na roça e sempre manteve uma relação de grande proximidade com a natureza e os seus mais ínfimos detalhes.
1. O livro sobre nada
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
Sou muito preparado de conflitos.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
O meu amanhecer vai ser de noite.
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo.
Meu avesso é mais visível do que um poste.
Sábio é o que adivinha.
Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições.
A inércia é meu ato principal.
Não saio de dentro de mim nem pra pescar.
No trecho apresentado acima, o eu-lírico fala da sua relação com o ato de escrever poesia e também consigo mesmo e com o próprio mundo. Longe de buscar o gênio ou a perfeição, ele escreve a partir das coisas cotidianas, simples, comuns.
Muito mais do que a razão ou a lógica, o que está em jogo é a utilização dos sentidos, a beleza, a sonoridade, as imagens que são passadas através dos seus versos.
2. Biografia do orvalho
A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou — eu não
aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre
portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora,
que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
O excerto acima representa a parte 11 do poema, integrado na obra Compêndio para uso dos pássaros (1961). Nele, é defendido que é o fato de se sentir incompleto que leva o ser humano a viver em busca e aprendizagens constantes.
A vida comum, a rotina, não são suficientes para este sujeito que precisa de outras experiências e pontos de vista. Assim, ele busca inspiração e se transforma através da observação da natureza, um tema central da sua produção poética.
3. De passarinhos
Para compor um tratado de passarinhos
É preciso por primeiro que haja um rio com árvores
e palmeiras nas margens.
E dentro dos quintais das casas que haja pelo menos
goiabeiras.
E que haja por perto brejos e iguarias de brejos.
É preciso que haja insetos para os passarinhos.
Insetos de pau sobretudo que são os mais palatáveis.
A presença de libélulas seria uma boa.
O azul é muito importante na vida dos passarinhos
Porque os passarinhos precisam antes de belos ser
eternos.
Eternos que nem uma fuga de Bach.
A composição fala de uma das várias espécies que o poeta usava como inspiração na sua obra. De uma forma bastante simples, o poema explica que devemos encarar a natureza como um todo, um conjunto de elementos que estão interligados.
Assim, não podemos produzir um tratado sobre passarinhos sem conhecer aquilo que os rodeia ou o modo como vivem. Manoel de Barros sublinha a necessidade de estar perto da natureza e aprender com ela, para poder, aí sim, conhecê-la.
4. Infância
Coração preto gravado no muro amarelo.
A chuva fina pingando... pingando das árvores...
Um regador de bruços no canteiro.
Barquinhos de papel na água suja das sarjetas...
Baú de folha-de-flandres da avó no quarto de dormir.
Réstias de luz no capote preto do pai.
Maçã verde no prato.
Um peixe de azebre morrendo... morrendo, em
dezembro.
E a tarde exibindo os seus
Girassóis, aos bois.
Outro tema que também é bastante comum na poesia de Manoel de Barros é a memória, principalmente relacionada com o período da infância.
Nesta composição, como em outras, as lembranças surgem associadas a imagens naturais e à vida no campo, conferindo um cunho autobiográfico aos escritos do autor.
5. Borboletas
Borboletas me convidaram a elas.
O privilégio insetal de ser uma borboleta me atraiu.
Por certo eu iria ter uma visão diferente dos homens e das coisas.
Eu imaginava que o mundo visto de uma borboleta seria, com certeza,
um mundo livre aos poemas.
Daquele ponto de vista:
Vi que as árvores são mais competentes em auroras do que os homens.
Vi que as tardes são mais aproveitadas pelas garças do que pelos homens.
Vi que as águas têm mais qualidade para a paz do que os homens.
Vi que as andorinhas sabem mais das chuvas do que os cientistas.
Poderia narrar muitas coisas ainda que pude ver do ponto de vista de
uma borboleta.
Ali até o meu fascínio era azul.
A composição fala sobre a atração e a curiosidade do sujeito pelas borboletas: há um fascínio pela sua liberdade, leveza e capacidade de voar.
Isso o leva a pensar qual seria a perspectiva delas sobre os seres humanos, o que também vira matéria para um poema. Motivado por esse ponto de vista, o sujeito repensa o Homem através da natureza, procurando usar o seu olhar e retirar lições desse processo.
6. O apanhador de desperdícios
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
No trecho acima, chama atenção o uso de neologismos, novas palavras que o poeta inventa para se expressar da maneira que quer.
Fica clara a sua criatividade e a sua mundividência: está atento às coisas pequenas e naturais, quer reparar e elogiar os seus detalhes. Deste jeito, o sujeito pretende que as suas palavras sejam como o canto de um pássaro, algo que brota do seu interior de uma forma orgânica.
7. O menino que carregava água na peneira
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
O poema, do qual só apresentamos um trecho, está relacionado com os tempos da infância e o início da criação poética. Aqui, temos um menino que é apaixonado pelas palavras e a sua mãe que percebe que ele será poeta.
Escrever poesia seria, então, como "carregar água na peneira": uma tarefa que não tem utilidade, não é lógica nem prática, bem pelo contrário. Assim, o poeta é apresentado como um sonhador, alguém que terá o seu jeito meio estranho de viver.
8. Aprendimentos
Chegou por vezes de alcançar o sotaque das origens.
Se admirava de como um grilo sozinho, um só pequeno
grilo, podia desmontar os silêncios de uma noite!
Eu vivi antigamente com Sócrates, Platão, Aristóteles —
esse pessoal.Eles falavam nas aulas: Quem se aproxima das origens se renova.
Píndaro falava pra mim que usava todos os fósseis linguísticos que
achava para renovar sua poesia. Os mestres pregavam
que o fascínio poético vem das raízes da fala.Sócrates falava que as expressões mais eróticas
são donzelas. E que a Beleza se explica melhor
por não haver razão nenhuma nela. O que mais eu sei
sobre Sócrates é que ele viveu uma ascese de mosca.
Nesta passagem, Manoel de Barros (usando um vocabulário simples e acessível) cita os grandes pensadores e reflete sobre as mensagens que eles procuravam transmitir.
Referindo-se a Sócrates, que questionava a suposta sabedoria e afirmava que não sabia nada, ele explora as possíveis fontes do conhecimento. Na sua visão, a verdadeira sabedoria está nas origens e temos de regressar a elas para encontrarmos algum conhecimento.
9. Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
O poema, muito famoso, denota algum desconcerto entre este sujeito e o resto do mundo. Ele se sente afastado da realidade comum, que não desperta o seu interesse.
A sua sensibilidade para as coisas miúdas é algo que muita gente não entende e que pode até parecer ridícula para quem não a experimenta. O sujeito, que foi chamado de imbecil, encarou isso como um elogio, demonstrando que está confortável com ser "desregulado" num sistema que não o atrai.
10. O fazedor de amanhecer
Sou leso em tratagens com máquina.
Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.
Em toda a minha vida só engenhei
Três máquinas
Como sejam:
Uma pequena manivela para pegar no sono.
Um fazedor de amanhecer
para usamentos de poetas
E um platinado de mandioca para o
fordeco de meu irmão.
Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias
automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.
Fui aclamado de idiota pela maioria
das autoridades na entrega do prêmio.
Pelo que fiquei um tanto soberbo.
E a glória entronizou-se para sempre
em minha existência.
Aqui, o eu-lírico afirma que não quer saber de coisas práticas, úteis, e prefere voltar a sua imaginação para o impossível. Ele apenas está interessado naquilo que faz parte do sonho, da fantasia (como uma "manivela para cair no sono" ou um "fazedor de amanhecer").
Mais uma vez, temos um insulto que é tomado como um elogio e que honra o sujeito poético: "idiota" como aquele que tem ideias, que pensa "fora da caixinha".
11. Um bem-te-vi
O leve e macio
raio de sol
se põe no rio.
Faz arrebol…
Da árvore evola
amarelo, do alto
bem-te-vi-cartola
e, de um salto
pousa envergado
no bebedouro
a banhar seu louro
pelo enramado…
De arrepio, na cerca
já se abriu e seca.
A composição é inspirada num pássaro, um bem-te-vi que o sujeito observa: trata-se de um episódio da vida comum registrado pelos seus versos.
O poema começa descrevendo o cenário, com o sol se pondo no rio. Depois segue os movimentos da ave, que desce para beber água, se molha e fica secando no sol.
12. Deus disse
Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.
Escuto o perfume dos rios.
Sei que a voz das águas tem sotaque azul.
Sei botar cílio nos silêncios.
Para encontrar o azul eu uso pássaros.
Só não desejo cair em sensatez.
Não quero a boa razão das coisas.
Quero o feitiço das palavras.
Nesta composição, o sujeito poético fala do seu jeito de se relacionar com o meio ambiente como um dom que foi concedido por Deus. Por isso, essa sensibilidade é encarada com todo o seu respeito e a sua gratidão.
Misturando os cinco sentidos (por exemplo, "escutar o perfume"), afirma que não tem intenções de mudar, nem procura a dita normalidade: não aceita "cair em sensatez".
13. Bernardo é quase árvore
Bernardo é quase árvore.
Silêncio dele é tão alto que os passarinhos ouvem
de longe
E vêm pousar em seu ombro.
Seu olho renova as tardes.
Guarda num velho baú seus instrumentos de trabalho;
1 abridor de amanhecer
1 prego que farfalha
1 encolhedor de rios - e
1 esticador de horizontes.
(Bernardo consegue esticar o horizonte usando três
Fios de teias de aranha. A coisa fica bem esticada.)
Bernardo desregula a natureza:
Seu olho aumenta o poente.
(Pode um homem enriquecer a natureza com a sua
Incompletude?)
Na composição, temos um garoto que observa a natureza e percebe que o seu olhar consegue transformá-la. Deste modo, percebemos que o poder da imaginação (na infância e pela vida toda) e seus utensílios fantásticos podem alterar a realidade em volta.
Bernardo, assim como cada um de nós, pode utilizar os seus sentidos para construir uma visão nova e original sobre o mundo.
14. O fotógrafo
Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada a minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o Silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na
pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a ‘Nuvem de calça’.
Representou para mim que ela andava na aldeia de
braços com Maiakowski – seu criador.
Fotografei a ‘Nuvem de calça’ e o poeta.
Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir a sua noiva.
A foto saiu legal.
Neste poema, encontramos a ideia de fotografar, ou seja, registrar em imagens concretas alguns conceitos abstratos como o silêncio e o perdão.
Podemos alegar que o trabalho do poeta é esse mesmo: criar (através da linguagem) imagens capazes de explicar ou transmitir ideias e sentimentos para quem lê, de forma imediata.
15. Os deslimites da palavra
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.
Neste poema, encontramos um desabafo do sujeito acerca do modo como tem se sentido. Para isso, ele se serve das palavras e recorre a metáforas relacionadas com o próprio dia, a fauna e a flora. É como se, olhando para fora, ele conseguisse se explicar melhor por dentro.
16. Liberdade caça jeito
Quem anda no trilho é trem de ferro.
Sou água que corre entre pedras:
- liberdade caça jeito.
Procuro com meus rios os passarinhos
Eu falo desemendado
Os versos, muito famosos, são uma ode à liberdade e a plasticidade do ser humano, a sua capacidade de transformação e adaptação perante os vários obstáculos da vida.
Manoel defende que não precisamos ser rígidos como o ferro, mas, pelo contrário, aprender a fluir naturalmente e apesar de tudo, como fazem as águas.
17. Sobre importâncias
Um fotógrafo-artista me disse outra vez: veja que pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar. Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem com barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eifel. (Veja que só um dente de macaco!) Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building.
A composição reflete sobre o modo como tudo é relativo e depende da visão do indivíduo e do seu contexto. Ou seja, aquilo que é importante para um não é, necessariamente, para o outro.
Assim, não vale a pena buscarmos verdades universais ou tentarmos impor as nossas prioridades aos demais, já que cada um valoriza as coisas segundo a sua própria conduta e mundividência.
18. Insignificâncias
Sou livre para o silêncio das formas e das cores.
Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio.
A poesia não existe para comunicar, mas para comungar.
A palavra é o nascedouro que acaba compondo a gente.
A palavra amor anda vazia. Não tem gente dentro dela
Melhor ser as coisas do que entendê-las.
Mais uma vez, o foco está na relação do sujeito com as palavras e com a própria poesia. Ele sublinha a importância dos termos que usamos e, ainda mais, daquilo que queremos transmitir com eles.
Por exemplo, a palavra "amor" não deve ser dita só por dizer, é necessário que exista um sentimento por trás dela, para que realmente signifique alguma coisa.
19. Quando as aves falam com as pedras
Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas
- é de poesia que estão falando.
Nesta passagem muito conhecida, a atenção está, de novo, voltada para duas coisas que Manoel de Barros amava: os bichos e os versos.
Aqui, fica implícito que a poesia é, exatamente, aquilo que o sujeito admira, mas que não é inteligível para ele. Trata-se de algo que não pode propriamente compreender ou explicar, mas (talvez por isso) o encanta.
20. IX
O poema é antes de tudo um inutensílio.
Hora de iniciar algum
convém se vestir roupa de trapo.
Há quem se jogue debaixo de carro
nos primeiros instantes.
Faz bem uma janela aberta
uma veia aberta.
Para mim é uma coisa que serve de nada o poema
enquanto vida houver.
Ninguém é pai de um poema sem morrer.
Finalmente, temos a ideia de que um poema não tem que cumprir uma função ou ser útil na vida prática. Pelo contrário, na concepção do sujeito, para escrever, ele deve assumir uma postura de humildade e atenção perante o resto do mundo.
Obras famosas de Manoel de Barros
Vencedor de inúmeras premiações, entre as quais se destacam o Prêmio Jabuti de Literatura (1989 e 2002) e o Prêmio da Academia Brasileira de Letras (2000), Manoel de Barros lançou dezenas de livros que fizeram um grande sucesso junto do público.
Entre as publicações mais célebres se destacam Gramática expositiva do chão (1966), O livro das ignorãças (1993), Livro sobre nada (1996) e O fazedor de amanhecer (2001).
Em 2015, a sua produção poética foi reeditada na antologia Meu quintal é maior do que o mundo.
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