Melhores Poemas

Nos mortos sempre li alguma coisa nova e nos vivos ouvia repetir mil vezes mil coisas velhas.

O indivíduo que pensa contra a sociedade que dorme, eis a eterna história, e a primavera terá sempre o mesmo inverno a vencer.

Em todos os países vi sempre homens de três espécies: os poucos que comandam, a universalidade que serve e os muitos que armam intrigas.

Ri sempre de maneira que alguém fique, sem saberes, a chorar dentro de ti. Porque se o riso permanece, o que encontra dentro de ti é o idiota que lá estava à sua espera.

A companhia dos néscios, como com um inimigo, é sempre penosa; a companhia dos sábios é como o encontro com parentes queridos.

Só se pode conversar duas horas com uma mulher quando se lhe diz sempre a mesma coisa.

O homem está sempre mais descontente com os outros quando se acha menos contente consigo próprio.

A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.

A obra que trazemos em nós parece-nos sempre mais bela do que aquela que fizemos.

O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.

Aqueles cuja conduta mais dá para troçar são sempre dos outros os primeiros a falar.

A quietude... É o bem daqueles que escolheram para sempre uma parte do seu destino e que enjeitaram a outra.

A gula é um vício que nunca acaba, e é aquele vício que cresce sempre, quanto mais o homem envelhece.

Sempre há uma saída para qualquer problema, por mais complexo e difícil que nos pareça.

O que faz com que os amantes nunca se entediem de estar juntos é o falar sempre de si próprios.

A obstinação nas disputas é quase sempre efeito do nosso amor-próprio: julgamo-nos humilhados se nos confessamos convencidos.

Quem se mata corre atrás de uma imagem que forjou de si próprio: as pessoas matam-se sempre para existir.

Existe sempre uma grande demanda por novas mediocridades. Em todas as gerações, o gosto menos desenvolvido tem o maior apetite.

Já escrevi e estou sempre disposto a voltar a escrever o seguinte, que se me afigura de uma evidente verdade: "É com os bons sentimentos que se faz a má literatura." Nunca disse, nem pensei, que só se fazia boa literatura com maus sentimentos.