Melancólicas
Em certo momento ás coisas esfriam.
O coração aperta.
O sentimento de angústia aumenta e se enrola no pescoço e sufoca a respiração.
A solidão é só questão de tempo, mas por fim sofremos em silêncio.
Nossas almas anseiam pelo menos um dia de silêncio em nossas cabeças que estão cheias de tempestades.
Podemos ignorar e tentar fugir, mas logo que não há mais nada para fazer, ao anoitecer estás lembranças vem a tona.
Quando se desperta a perspectiva,
Começa a se questionar e procurar.
No fim de tanto pensar, sabe-se que ter consciência entristece qualquer alma.
Estou me quebrando lentamente até que eu veja a escuridão surgindo em meus olhos.
uma escuridão que consome;
Apenas sinto dor,
Daquilo que se esperava amor.
A noite a lua me olhava
Carregada de melancolia
Que sangrava o peito
Um líquido quente
Que ardia a alma
Um suspirar agonizante
De um socorro distante
Ecoando a noite
@zeni.poeta
Lamúrias
Deste amor que dilacera minh’alma
Pouco vivido, que de tão vívido, não traz calma.
Tanto fez sofrer e que nem o tempo o deixa morrer.
Quantos, porquês!
Que chega a sangrar e doer, sem convalescer.
Da lamúria intermitente, que inquieta a alma vivente.
Mesmo assim, como uma sobrevivente, deste sofrimento persistente, que deixa a alma doente e insuficiente.
Que nunca a permitirá em paz viver.
E que ainda assim, o viveria, de tudo e todo. Pois prisioneira sou, e sem nenhum esforço, me afogo nesse poço. Onde me perco pouco a pouco.
Por Léla Dias
O ser que não suporta a solidão está condenado a viver entre a tristeza e a dor da própria existência.
De repente,
Meus sentimentos por você,
se tornaram muito mais do que só simples sentimentos de amizade.
Quem diria?
Que um dia eu poderia sentir tantas sensações diferentes.
Apenas por ouvir seu nome,
Apenas por estar com você
E apenas por reprimir sentimentos tão intensos.
Sentimentos bons,
Mas que as vezes machucam,
Já que é difícil conviver com você sabendo que nunca poderei ser sua.
Não dá maneira que eu gostaria.
Quando eu vejo o seu sorriso,
O mundo inteiro a nossa volta para.
Como se nada mais importasse,
Como se nada mais tivesse um valor.
Seu sorriso é fascinante,
Foi por ele que meu coração se apaixonou.
Toda a vez que você sorri,
É como se todas as pessoas ao nosso redor de repente desaparecessem.
E então só resta nós dois,
Mas as vezes sua magnitude,
Me faz esquecer até mesmo da minha própria existência.
Me faz perder meu sentido, meu controle e meu valor.
só em você
Só vejo em você
No meu reflexo em seu olhar
Algo que me assusta
Essa figura absurda
O meu verdadeiro eu
Só em você posso ver
A verdade do meu ser
Quem eu realmente sou
E não gosto nada disso
Eu que sou o vazio de um abismo , profundidade do precipício
Vejo um garoto frágil e assustado
Logo eu que não tenho medo nem da morte
Vejo um menino com medo de te perder
A verdade sobre mim, a beleza da vida ,a tristeza de todas as despedidas
Tudo isso só encontro em você...
Vc jogou sal
Onde no solo do meu peito plantei saudade
De alguma forma você diminui a tristeza que meu peito constantemente invade
Como o calmo azul do céu
Como cortes de papel
Me lembra que estou vivo
Me recorda que eu existo
Me perco em recorrentes pensamentos
Talvez por ser humano ou só porque eu realmente tente
Mas eu que costumava só enxergar todo esse caos passei a enxergar você dentre esses cantos
Eu não sei como você me mudou tanto
Me mudou para uma versão melhor de mim uma versão mais verídica e fiel a quem sou tão eu que nem eu lembrava que eu poderia ser assim
Você me faz não desejar tanto o fim
Aonde pertenço
Aonde pertenço , eu nem sei mais dizer
Costumava pensar que pertencia a você
Você era o meu lugar
a origem do meu ser
Mas aonde eu pertenço
Eu já nem procuro saber
Busquei incansavelmente
Um lugar a pertencer
Um sonho a sonhar
Um caminho a percorrer
Mas notei que esse destino
Só a Deus é quem pertence
E que a beleza do caminho
Não se pode ver a frente
Vazio
Eu simplesmente desisti,
Tentei entende-lo
Mas não consegui
Tentei enche-lo
Mas não consegui
Tentei esquece-lo
Mas não consegui
Tentei de tudo
Mas de novo estou no limite,
Eu simplesmente desisti.
E naquela vasta noite fria dominada pelo azul semblante da lua, o espelho prateado que reflete o espírito taciturno dos melancólicos; ao céu estrelado, pintei-o de vermelho — a cor de minha alma, dita maculada pelos vermes impositores: os parasitas de uma inata frenesi da alma rasa. Pois agora, a vastidão do infinito forja um roxo resiliente aos céus; mas um vazio roxo para mim, que me guia em um vasto mar até a borda do universo, onde aceito a solidão da resignação lúdica da vida.