Melancolia
garota transparente
sem cor, sem ente
criada pela aparência
de uma vida sem crença
bela és tu
criatura livre
que poder solta
sem medo de ser envolta
Não apenas um fracasso, mas sim um completo fracassado.
Tudo que ele toca se desmorona, rasga feito lona.
Ele é mais um papel amassado que se encontra na lixeira,
Ninguém liga, Ninguém quer.
Pobre fracassado abandonado, tocou em tudo em sua voltou
E ficou apenas pó.
Pobre fracassado amaldiçoado carrega consigo a certeza que tudo para si é vão,
Lá vai ele correndo na contramão.
Desejos não são necessidades, são feitos imprecisos e eivados;
É a demonstração da ganância tentando suprir a fraqueza.
"Se soubesse que viria
E a farpa apertaria
Do meu peito expelia
Na madrugada não faria
Outra vez sua alegria
Se eu tentasse e não culpasse
Não diria essas palavras, cantaria
Mas se soubesse
Que a tal ponto
Esse encontro colidia
Na estribeira de suas dores
Com as minhas
Jamais te acordaria
Na madrugada, dormiria
Não te faria sofrer
Nem ao vento sopraria
Meu amor, minha alegria
Meu pesar e melancolia"
Desfecho vago |
Presenciaram os primórdios
Enalteceram vossos ódios
Compactuaram com a veemência
Efetuaram tamanha conivência;
Perante os esforços inalterados
Pedaços foram desordenados
E caminhos certos tornam-se indeterminados.
Desfecho vago ||
Seus dogmas tornam-se cinzas
Como toda esperança extinta;
Desmoronando sob um papel elegido branco
Negando à subordinada usar o manto
Por ser a tinta que promove sua insatisfação
Seu pranto.
"A noite, neste sítio, devia ser como que um melancólico período de tréguas. Hoje, o sol excessivo que fazia estremecer a paisagem, tornava-a deprimente e inumana"
Navio Negreiro
Lá vem o navio negreiro
Lá vem ele sobre o mar
Lá vem o navio negreiro
Vamos minha gente olhar...
Lá vem o navio negreiro
Por água brasiliana
Lá vem o navio negreiro
Trazendo carga humana...
Lá vem o navio negreiro
Cheio de melancolia
Lá vem o navio negreiro
Cheinho de poesia...
Lá vem o navio negreiro
Com carga de resistência
Lá vem o navio negreiro
Cheinho de inteligência…
Ao evitar a inanição do corpo, não percebi que havia adquirido uma espécie de anorexia da alma, o vazio dos sentimentos.
deixando cair palavras...
no silêncio do entardecer
todo o cair da tarde se transforma
o céu se veste em tons de melancolia
e faz a alma sonhar d'espavento
voando ao sabor da magia
e ao sabor do tempo.
ao fim da tarde
tudo vale a pena
se não virar amor
vira poema...
-- josecerejeirafontes
Eu vivo
Por que?
Não sei
Tanta discórdia existente
Tendo um porém sobretudo.
Não há
Apenas não há nada mais sublime
Tornar seu legado digno
Sua história um filme
A trajetória merecida
Apesar de tudo
Lembranças presentes de sua vida
A salvação
O amparo
Ser o calor no dia mais frio
Custar a ser o ato mais raro.
Sendo esse o valor
O apreço
A inspiração
Até para um novo começo.
Enfeitei minha alma de margaridas...
E descobri o meu próprio jardim...
De meus sonhos...
Construí minha realidade...
Descobri que o horizonte não tem fim...
Sou aquele que chora de melancolia...
Que não aguenta se segurar por dentro...
Que descobriu em fração de horas...
Que viver é só um momento...
Sou presença de amor profundo...
Revirando caminho que traço...
Olhar arisco em olho terno...
Destino bordado no tempo...
Criança de alma pura...
Que a Deus conta em murmúrios...
Suas felicidades ...
Suas amarguras...
Sou simples assim...
Tais quais as margaridas do meu jardim...
Sandro Paschoal Nogueira
A VIAGEM AO SUB
Eu me sinto tão sozinho. Sinto-me só por não ter ninguém para que eu veja, me sinto só porque não tem ninguém que me entenda, me sinto só porque não tenha ninguém que ame, me sinto só por mudanças sobrenaturais comigo. Desde começo me sinto diferente, me sinto de um jeito que ninguém é capaz de explicar, vi vir coisas que jamais conseguirei explicar. A partir do momento que você muda o jeito todo o "JOGO" muda e as coisas mudam, o que difere o joio do trigo, não é quem você tem que enfrentar. Mais sim o que você fará para começá-lo. Quanta coisa eu fiz para não acontecer isso, quanta coisa, estava eu vivendo a vida sem saber como até que você apareceu falou que eu não teria chance que sua vida já estava comprada, E eu sem saber não acreditei, passou um tempo e você me perseguia, já agora não parava de me perseguir, não parava, conhecia uma alma gêmea que pedia socorro antes mesmo de conhecê-la-la. Ela me falava o que ela viva e eu sabia tudo o que ela viveu, ela falava o que ela sentia , e eu sabia cada sentimento que ela tinha, comecei a lutar por ela e por mim foi querer descobrir quem fez isso com os mesmos, fui querer começar a "JOGAR" e sem saber comecei. Depois disso comecei a surtar, pois não sabia o que era o que estava acontecendo e perguntei: _porque eu entrei nesse jogo? _porque eu estou nesse jogo? _o que eu ganharei com isso? _esse jogo irá acaba quando? Essas perguntas que ficavam em meu subconsciente, jamais saíram de lá, entrei em súbito moral onde o pior inimigo era eu mesmo, fui a vários lugares procurar respostas, mais só achava mais perguntas; voltei-me a encontrar com ela. Ela dizia coisas que eu já sabia a resposta porem, eu não sabia a minha resposta, eu não sabia. Quanto tempo procurando isso? E quanto tempo que não foi perdido, pois não passou nenhum segundo, não passou nenhum minuto. Tive muitos problemas até então, pois nada que pedia e fazia aos mesmos não davam certo, como é uma alusão isso que passa na minha cabeça! Como é impressionante como ando sem usar o tempo, como eu uso o tempo sem andar. Contraditório pensar que eu tenho que acabar com isso, mas não consigo; falei com muitas pessoas; todas me deram mais pergunta; então o único jeito era acabar com isso tentei-me matar, muitas vezes, sem sucesso. Tentei-me chamar quem não devia. Sem sucesso. Até que bem na minha frente estava quem tanto procurei, não era DEUS antes fosse não era o inimigo ainda bem que não era também, era eu meu subconsciente que eu nunca usei, nele estava toda a vivencia solitária, todavia passei toda minha vida procurando e perguntando. O Cerco foi se fechando e eu sem ter respostas ainda, muitas coisas me atracaram para não vencer, muitas coisas tentaram me coagir para acabar logo com isso, mais eu não desistir. Fui-me ao subsolo do mundo enquanto dormia, lá era um lugar cru, vazio, e contraditório para mim que não sabia jogar esse jogo. Mais dessa vez não fui atrás de respostas, fui para lutar seja com quem for seguir-me e comecei avistar um clarão nessa imensidão escuridão. cheguei mais próximo possível até que não conseguir ficar mais parado e voe-me até o fim inumerável. Parei-me sem saber onde estava e comecei escutar ruídos, comecei a sentir que o jogo começava ali naquele momento, mesmo sabendo que não seria fácil, não desistir e continue até o final. O Pior que demorou tempo para algo acontecer e nada acontecia, fica inquieto e tentei-me sair daquela inércia, até que aconteceu outra explosão de claridão bem em minha frente. Voltei-me a meu lugar e comecei, lá encontrei uma " Coisa" que jamais escrevendo conseguiria descrever, preparado insiguramente perguntei: _estou nesse jogo e ele começa agora? _não sei por que estou nesse jogo, mas que ele comece agora! _estou preparado para ela! Fui andando bem vagarosamente em frente até que atracaram meu subconsciente e viram tudo o que havia acontecido comigo, e após isso ter ocorrido, acordei-me fui demasiadamente para o computador onde comecei a escrever tudo isso que estou apresentando. Posterior a isso me fui ao espelho eu vir todas minhas costas cortadas, vi a marca de uma guerra que nem comecei, vi o quanto isso não vale a pena estugar; eu falo que temos que vencer essa guerra pôr ninguém me escuta, falo que quando há a possibilidade, vença-o Pois não sabemos quando haverá a segunda chance, não sabemos nem se podemos ter-la. Eu não vou desistir mesmo me sentindo tão sozinho, eu vou até o final, pode acontecer tudo de novo, pode eu me machucar e me cortar por inteiro, mais quem eu tiver o propósito de salvar eu salvarei... Venha até meus braços, venha comigo eu te imploro venha agora.
Não há música produzida pelo homem que supere o silêncio que nos permite ouvir a serena chuva que rega o dia e a noite de forma melancólica e o pensamento daquele cultiva o amor e a verdade!
Não sentia, deleitava-me no prazer do não sentir. Ainda que no silêncio das madrugadas, o não sentir entrava sem bater como um vento frio de inverno, se deitava ao meu lado, como única e solitária companhia. Em forma de escuridão densa, sentia o seu abraço. Como um frio insuportável, apertava-me com aperto da depressão e com o cheiro da melancolia
Poderia gravar em muros. Tom vermelho sangue. Usando somente as unhas das mãos, escreveria o quanto a solidão me faz companhia. Riscando e riscando até o sangue ser tinta. A dor como matéria prima. Esse seria meu tributo original. Tudo estaria em lingua antiga. Iniciaria em latin e terminaria em yorubá. Pontos e vírgulas estariam dispensados. Quando a carne nas extrimidades dos dedos
já não existissem. Quando o próprio osso fizesse ranger, alternaria com a outra mão. Verdadeiro manifesto de amantes. Daquele dia em diante, aqueles que por alipassarem não conseguirão evitar tamanha contemplação, ajoelharao. A parede fria seria beijada como se beijassem as feridas de jesus ainda cruas. Bem ali, seria constituído ponto de oferenda para os diferentes deuses. Sacro muro. Pagãos seriam bem vindos. Ratos encontrariam verdadeiros banquetes. Baratas dançariam em sincronia com outros insetos. Mariposas teriam refúgio à sombra do muro. Nada poderia ser profanado. O pé que ali pisar, untado em azeite deverá estar. A boca que ali abrir, em vinagre terá sido inundada.
Tudo terminaria assim:
para ela,
solidão
minha algoz e fiel companheira