Melancolia

Cerca de 1209 frases e pensamentos: Melancolia

Quase dois anos do início da minha depressão. Gostaria de dar depoimentos verdadeiros por aí, alegando que estou bem agora e que tudo passa com o tempo. Mas a verdade não é essa. O tempo, no meu caso, só me fez piorar. Mas agora eu conseguia fingir melhor para as outras pessoas.

*A sua ida dói em mim*

Não dá para esconder
O caminho que tive que percorrer
Para poder te amar
Amar como nunca amei
Sinto a sua presença todo dia ao acordar
Acordo com saudade do teu consolo
O consolo que me deixava sem palavras
Palavras que podiam ser sentidas
Sentidas como eu senti
Senti o amor
Mas também a dor
A dor que corroeu meu pensamento
O pensamento que servia apenas para você
Você que não faz mais parte do meu hoje
Hoje que eu percebo que fiz uma escolha difícil
Difícil como amar
Amar como sofrer
Sofrer para chorar
Chorar para limpar
Limpar aquela alma que um dia foi tua

olho os choupos do rio, sinto-me melancólica, saudosa ao ouvir das folhas o rumor, e o canto dos rouxinóis com os corações cheios d'amor,

O poeta se calou
Das palavras desistiu
Ao ver o que escrevia
Não traduzia o que sentiu

O silêncio o tomou
O desespero invadiu
Aquele coração tão nobre que agora
Não passa de um sonho que ruiu

A melancolia, sua nova morada
A solidão - sua amiga vil
Desperta desse sonho agora
Tu que nunca desistiu

Veja no amanhã uma possibilidade de sorrir
Um novo sol que se levanta
De onde nunca imaginaria que iria surgir

O amor é lindo! Vemos o mundo colorido! Por que será que eu o vejo numa escala monótona e inerte de cinza?...

Você que se dizia minha rosa, por algum motivo começou a criar cravos e a não se importar com o sangue que escorria de meus dedos, ao tentar tocar-te.

MUITOS HOSTILIZAM SUA EXCELÊNCIA - O RENATO RUSSO - POR MOSTRAR E DESMASCARAR EM SUAS MÚSICAS A REAL ESSÊNCIA DO SER HUMANO, REBAIXANDO-O AO SEU DEVIDO LUGAR NO UNIVERSO.

Sozinho. Na vitrola toca um jazz. O rítimo descompassado comeca.
Acendo um cigarro. Mallboro, eu acho. Dou uma tragada. Mallboro, com certeza. Sento na minha poltrona. Reclino o encosto. Mais uma tragada.
Acabou o Fantástico. Céus, amanha é segunda . E eu estou acordado.

Estamos acordados. Eu. O Porteiro. A Viuva do 208. Aquele pequeno meliante no aguardo do próximo transeunte. A mulher da janela do prédio da frente.
A música acabou. Só escuto o chiado da vitrola. Vou virar o LP. Ou devo trocar? Vou trocar. Billie Holiday comeca a tocar.

Todos devem ouvir ao menos uma vez essa mulher cantando. Vou pegar outro maço de cigarros. Não! Charuto é melhor, combina mais com Billie Holiday.
Ah! Charutos sao como vinhos. Sao feitos para serem apreciados. E tudo que é apreciado não deve ser usado até o final. Deixarei a bituca pro Santo . Ou pras formigas e baratas . Nunca vi formiga indo atras de Charutos. As de Cuba devem ir.

Sozinhos. Estou sozinho e começa a tocar Gloomy Sunday. Comeca a me tocar. O tempo voa, ou para, não sei ao certo. Ja é de manha e acordo com gritos na sala de casa! "morreu?". "Uma fatalidade". "Deixou alguma carta?". "Não". "A vitrola tava ligada, o vinho estava pela metade, o maço no chão e o charuto junto com a pistola".A viuva só lamentava. O Porteiro estava preocupado com toda aquela bagunça. A morte de um vizinho é algo trágico e satisfatório. A dor do fígado alheio é sempre agradável, convenhamos.
Impossivel encontrar nas pessoas a pureza de um bom vinho, charuto e Jazz.
Nao pense voce que pensei em família e amigos. Não é por mal. É que essa trindade é a base do meu ide. Do meu ego. Não existe ser que foi capaz de suprir o meu intimo . Somos apenas carne e osso. Não precisamos de mais carne e mais osso pra alcançar o Nirvana . Fui ter um encontro comigo mesmo.

Vou recolorir minha vida, vou olhar com outros olhos para os sonhos arquivados e, pouco a pouco, vou ver os que ainda posso viver e, os que se tornaram utopia, vou colocar na lixeira, pois viver de sonhos impossíveis não acrescentará nada em mim, muito pelo contrário, só me tornará melancólica e decepcionada com a vida.

Cinzeiro cheio
Cheio da poesia de cada um
Passaram por ele
Amor e jejum
O amor dilacerado
A esperança de mais um
Acumulou tantas cinzas
Que até são bem vindas
Para um poeta coração
Achando-as lindas
Escrevendo e admirando
Cor morta
Com o cigarro noutra mão
A caneta rabiscando
Um poema sem perdão
Cada palavra ali passada
Acompanhou uma emoção
Desde a profunda companhia
A mais amarga solidão
Existe ali tanta poesia
Que me traz mais gratidão
Por escrever e por sentir
Por amar o que me dão
Trago a dor de cada verso
Trago o que está na minha mão.

O papel me olho com deboche
Risquei com raiva e medo
Com esse café preto
Aqui no canto esquerdo
Ri e escrevi com zelo
Novamente
Tinta escorrendo livremente
Sem qualquer compromisso
Apenas deprimente
Melancolia novamente
Tudo novamente
Melancolia, Mario Quintana já dizia:
Sofrimento romântico
E eu discordaria?
Apenas entoo o velho cântico
Romântico.

Se considerar que os poemas mais lindos e os contos mais românticos surgiram da nostalgia melancólica de inverno, o frio pode ser um bom companheiro, pois ele endurece as águas, mas amolece o mais duro dos corações.

Se você amou demais um lugar, não volte a visitá-lo esperando encontrar as mesmas emoções. O tempo que você amou, não está mais lá. Os lugares não mudam de lugar, mas o tempo sempre muda os lugares.

Trago em minha alma
a alegria melancólica de uma festa de despedida.
Se você me der a mão,
sairemos pelas ruas, à noite, sob a luz das estrelas
e sem destino.
Vamos rir bastante, aprontar um pouco,
e viveremos doces momentos juntos.
Mas também nos despediremos,
e saberemos que não será até logo,
mas porque nossas almas se encontraram
e se fundiram,
também saberemos que não será um adeus:
eu viverei em você,
e você viverá em mim.

Quando o amor não dominar o mundo.

As rosas serão ainda mais vermelhas, e os beijos ainda mais doces, a chuva será mais intensa e o céu ainda mais belo, a lua brilhará mais e mais estrelas irão nascer. Quando o amor não dominar o mundo não haverá casais tristes, não existirá um mundo interior partido e nenhuma alma perdida. Quando o amor não dominar o mundo as palavras em cartas terão mais vida, suas músicas não trarão lágrimas, seus olhos não chorarão. Quando o amor não dominar o mundo, o seu mundo não irá mais sangrar, você não irá mais chorar, você vai sorrir, viver e ser feliz, quando o amor não dominar mais o mundo.
# Disse um coração partido, que amou, ao seu diário.

INTROSPECÇÃO

Quero poder falar a você,
Meu amigo, minha amiga,
Que a vida vou levando,
Vou vivendo, vou cantando
E de quando em quando,
Ou por tristeza ou alegria,
Sem projetar ou desejar,
Derramo lágrimas sem parar
É a vida do poeta...
Parece sábio, pensador, cordato
Não transparece rebeldia
Somos como as ondas do mar, sempre girando
Muitas vezes, somente calmaria
Mas na grande maioria das vezes
Cheios, impregnados de melancolia
E aí o mar revolto nos projeta ao ostracismo
E ao desconectar, perdemos a sintonia
Estranhos de nós mesmos
É navegar no ceticismo
Nos fechamos para o mundo,
Momentos necessários, fundamentais,
Introspecção pensada,
Para que os futuros poemas, sejam reais

Nem o cigarro, Nem a bebida, Vão estancar o sangramento que você deixou em meu coração.

NOSTALGIA.

Tarde nebulosa com previsão de chuva forte, ouço uma canção e observo as ruas vazias e chego a pensar que apenas eu sinto essa nostalgia. As horas horas passam tão rápido quanto os meus pensamentos que ao embalo da canção buscam encontrar você.
Na melancolia da minha imaginação, encontro destino para os sonhos não realizados,caminhos desencontrados,amores passados e tomo uma decisão:continuarei aqui de mãos dada com a nostalgia.

Agora, quando já era tarde demais e as lojas da vida estavam fechadas, ele lamentava não ter comprado certo livro que sempre desejara, não ter jamais passado por um terremoto, um incêndio ou um desastre de trem; não ter visto jamais o Tatsienlu no Tibet, nem ter ouvido nunca as gralhas azuis parlando em salgueiros chineses; não ter jamais falado com aquela colegial errante, de olhos impudicos, que encontrou, certo dia, numa clareira solitária; não ter rido da anedota contada por uma mulher tímida e feia, quando ninguém riu na sala; ter perdido trens, alusões e oportunidades; não ter dado a moeda que tinha no bolso para aquele velho violinista de rua, que tocava tremulamente para si mesmo, certo dia gelado, numa cidade esquecida.

‘Um dia eu também vou morrer.’ Acontece com você, não? Ódio do mundo, que muito alegremente continuará sem você. Uma sensação básica de que todas as coisas do mundo são bagatelas, fantasmagorias comparadas à sua agonia mortal, e portanto à sua vida, pois, como você mesmo diz, a vida em si é a agonia antes da morte.