Melancolia
"Como uma dança delicada entre as notas da melancolia, sua alma desvela uma beleza transcendente, onde a tristeza e a introspecção se entrelaçam em um abraço poético."
Num abismo sombrio de desespero,
O transtorno de Borderline se abriga,
Um mar de melancolia, vazio e austero,
O amor e a intensidade numa dança intriga.
Na alma, um vendaval de emoções devastadoras,
Amor intenso, mas fugaz como a madrugada,
A valorização se esvai como sombras fugidias,
Enquanto a desvalorização inflama a ferida.
A autoestima se esvai em fragmentos dispersos,
Como um espelho partido, cacos em agonia,
A busca incessante por uma identidade.
Mas na melancolia, há um chamado de esperança,
Na aceitação e compreensão do sofrimento,
A luz tênue brilha na busca da bonança.
As músicas clássicas acalmam, são confortantes, ao mesmo tempo que trazem a melancolia que preciso, parece que elas desabafam por mim.
Está chegando o Carnaval... Alegria...
Passou o carnaval... Melancolia...
Escutando esta linda página de nosso cancioneiro, veio a
inspiração para este texto...
E é quarta-feira de cinzas...
A TAL DA QUARTA FEIRA DE CINZAS(*)
Marcial Salaverry
Quarta Feira de cinzas...
Para os verdadeiros carnavalescos,
é aquele período compreendido entre a
meia noite da terça de Carnaval,
até o próximo sábado de Carnaval...
E agora, já é quarta feira,
e foi feita muita besteira...
Um lindo e gostoso carnaval pra você...
Com tal desejo, embarca-se na folia...
Curte-se o carnaval,
e por vezes acaba mal...
Como o curtir mais,
pode ser demais,
seja na folia,
seja só na alegria
de estar na sua companhia predileta,
que pode ser o seu amor,
ou então o computador...
Pra tudo acabar na quarta-feira...
Um carnaval bem curtido,
não foi nada sofrido...
bem aproveitado,
de um jeito bem largado...
E agora, José?
Vamos recomeçar a viver...
Tudo acabou na quarta-feira...
Que é de cinzas...
Cinzas do carnaval que passou...
(*)Inspirado na Marcha da Quarta Feira de Cinzas, de Vinicius de Morais e Carlos Lyra
Marcha De Quarta-Feira De Cinzas
( Vinicius de Moraes & Carlos Lyra)
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz
Seu canto de paz
Eu perdi tanto tempo afundando na melancolia que agora busco exaustão para me sentir necessário, feridas para fortalecer meu espírito, uma sensação de morte para reviver minha alma e um estado de descontentamento para finalmente encontrar paz.
Chuva: Serenata da Melancolia
Chuva, tua melancolia se mistura ao meu pranto,
Gotas suaves, como lágrimas que caem do céu.
Em tua tempestade, encontro meu abrigo,
O som das gotas acalma minha alma, que se debate ao relento.
Trovoes ecoam como pensamentos tumultuados,
O vento sussurra segredos que só eu posso entender.
Teu toque frio é como um abraço, me envolve e acalma,
Na dança das águas, encontro paz no caos que se instala.
Chuva, és minha favorita, minha confidente nas horas de dor,
Teu rugido é a música que embala meu coração aflito.
E quando o sol brilhar novamente, lembrarei de tua canção,
Chuva, és minha companheira, meu consolo na escuridão.
Elaine N Silva
A morte de minha mãe me encheu a vida inteira de uma melancolia desesperada. Por que teria sido com ela tão injusto o destino, injusto com uma criatura em que tudo era tão puro?
Percebi nos girassóis de Vincent um ciclo de vida, ali havia florescer, mas tinha melancolia e sofrer. Vincent, aprendi com você.
Sombrio
Plenitude nas sombras
Eu vivo sóbrio e sombrio
Me encho de melancolia
E fico ainda mais vazio
A melancolia do sentir, perante a incapacidade em meio ao caos; E a forma mais rápida e cruel de pesar.
Não aguento mais essa melancolia na minha mente, às vezes me pego acelerando o ponteiro para frente.
Um dia, experimentei pela primeira vez a intensidade e a melancolia do amor. Tão forte e carrancudo era o amor!
Mas em toda minha vida sem graça, descobri que o amor não vem e vai; ele simplesmente existe.
Porque o amor, não é algo que se dar ou se toma de alguém. O amor simplesmente acontece, apenas uma única vez!
E quando acontece é tudo de bom! Nos faz fazer coisas malucas e as vezes até perder o senso de razão e agir por emoção!
Como resultado da incompressão do amor, pergunto-me: porque as pessoas que se amam loucamente, não tem final feliz como nos filmes de romances?
Porém, eu não tenho a resposta, não consigo encontrar a solução, para que o amor não seja tão doce quanto antes!
Talvez seja por essa frustração, ou por medo de perder o senso de razão, que não amarei como já amei antes.
Os meus melhores poemas... Nascem em minha mente em momentos de melancolia. Incrível mas è a mais pura verdade que a dor è a maior inspiração de um poeta.