Mel
Já que o mundo anda apagado, sem palavras vaga-lumes. Vamos encantá-lo através dos escritos, rabiscos de nós mesmos, devaneios.
Natal nos deu de presente um dia de céu e mar azuis em comunhão. Nos escondemos nas falésias, nas areias e no calor do sol. A brisa abrindo os nossos sorrisos, a paz embalando os nossos sonhos.
Eu não sei o que acontece comigo quando eu vejo teu sorriso. Talvez sejam as borboletas no estômago, ou o brilho no olhar ao e ver, ou pensar em você quando eu vejo algo que eu amo. talvez eu tenha percebido que eu te amava quando seu sorriso fazia meu dia melhor, ou quando a primeira coisa que eu pensava quando falavam em amar alguém era em você. A verdade é que enquanto eu te amar, e não souber a razão, eu o amo verdadeiramente, não possui explicação lógica e eu aceitei, que apenas, te amo.
Eu penso que fazer palavras namorarem é mais nobre que ter títulos e posses. É que as palavras só namoram quando amam de verdade!
Ai você olha fotos.. lê antigos email's... olha.. olha.. olha e vê... Vê que você se iludiu por que quis, já que tudo estava tão claro.. Mas o amor tem essa mania de deixar tudo mais colorido... como se usassemos uns óculos com lente de arco-íris... quando o retiramos, notamos que nem tudo era tão vibrante e tão bonito...
Parto. Pois deixo metade minha de onde fui. A gente vai se dividindo em pedaços e levando novos para compor a vida.
O melhor amor, a melhor confiança, é aquela que temos em nós mesmos. De nada adianta não amar o que somos.
As saudades são aqueles pedaços de vida que não vivemos. E que ficam fazendo companhia na vida dos que amam à distância.
Vou me despedir aos versos. Porque a poesia é um jeito de amar através de palavras apaixonadas. Elas se gostam e se rimam pra não esquecermos como é.
A ignorância se alimenta de aplausos. A inteligência bebe na fonte do silêncio. A melhor risada é a de dentro. Aquela que os invisíveis não ouvem. A brisa abrindo os nossos sorrisos, a paz embalando os nossos sonhos.
Do silêncio e do tato
Meus olhos olham os teus olhos
Não vejo boca, nem resto
Vejo o profundo de uma pupila acastanhada
Vejo medos e delicadeza em sofreguidão fulminante
Vejo amor.
E depois dessa visão infinita
Me perco vendo-me dentro de ti
Agora não sou eu nem tu
Somos nós que misturados refletimos a imensidão minúscula de um silencio observado.