Medo de Fracassar
E se der errado?
Você já deve ter duvidado ou conhecido alguém que duvidou, que por medo não arriscou. Ou até tentou com pouco empenho, pois não acreditou.
Seja no esporte, no trabalho ou no vestibular. O medo de fracassar, de ser incompetente ou incapaz, sempre participa quando tudo depende apenas de você.
Então fica a dica, não alimente sua crítica, não fortaleça seus medos, eles existem mas não são maiores que você.
Fracasso não é uma tentativa sem êxito, fracasso é a ideologia que te guia, quando você não se vê capaz de acreditar em você.
Insucesso é quem deixa a vida passar pela janela, sem ousadia de buscar, de sonhar, de tentar e errar.
Incapaz é quem só tenta o que pode dar certo, optando pelos menores riscos e as menores jogadas, pois este não desenvolveu a capacidade de amar.
Amar (se) é se arriscar a dar errado, é investir no que te motiva, no que te afeta, é buscar razão para estruturar uma paixão, é assumir os riscos e tentar se preparar para eles, é ter consciência do desafio e não recuar, ainda sim e somente assim, valer a pena!
ASAS
Em um rompante de loucura abismal ou excepcional clareza
Lançou-se sem medo ou arrependimento movido por alguma inominável certeza
O abismo certamente se estendia a frente tão sombrio e faminto quanto podia ser
Torcendo por uma falha, um deslize, qualquer leve hesitação no seu querer
Contra todas as chances, vaticinações ou sortilégios elas se abriram com gentil entonação
Asas, como velas, bandeiras da vitória, faróis de exaltação
Ascendeu sobre as garras do abismo e sentiu o gosto do céu
Na pele o frio de um mundo esquecido enquanto rasgava daquela realidade o véu
Viu-se a longas distâncias aquele ápice de milagre
Ouviu-se o grito de êxtase movido por aquela doce insanidade
Desafiando a ira dos deuses ele arrogantemente voou
Tal como em sublime sonho foi mais alto do que qualquer mortal jamais ousou
A glória que ele sentia era impossível de descrever
E sua expressão de contentamento estava além do humano ser
Tomado por aquela sensação que lhe preenchia foi mais alto naquele momento
E ainda além se elevou almejando tocar o firmamento
Em meio aquele doce caleidoscópio de beleza etérea acabou perdido
Enquanto sublimava rumo ao infinito de seu limite esquecido
O brilho era magnânimo, maravilhosamente impossível de resistir
Mas suas penas coladas com delicada cera começaram pouco a pouco a cair
Não podia parar, não quando fora tão longe naquele devaneio desvairado
Em graça e quietude as asas se foram ante o brilho do sol, deixando apenas o mito para ser contado.