Medo de Chorar
Deus sempre foi e será meu descanso, é onde posso me ajoelhar e chorar, sem medo, sem vergonha de demonstrar o que estou sentindo. Como um bom pai, sempre está de braços abertos, sem julgamentos, sem rancores.
Dos Medos
Meus medos me dão medo
Me dão vontade de chorar
Remetem medo no enredo
Põe temor no meu olhar
Os medos me apontam o dedo
Me acusam sem se explicar
Os medos do medo fazem arremedo
Deixando a ousadia se calar
Os medos criam muros, segredos
Engaiolando a valentia no lugar
Os medos nos põem em degredos
E nós acovardam na hora de amar
Tenho medo dos meus medos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/1/2015, 16'10"
Cerrado goiano
Passos para o amor
Passos cautelosos
Medo de chorar
Insegurança que aflige
O coração que quer amar
Uma entrega mais ou menos
Um abraço que distrai
Amor de qualquer jeito
E a vida se desfaz
Passos dados
Passos lentos
E os dias vão passando
Quando menos se espera
A turbulência emociona
Destroçado o amigo
Já não tem como lutar
Não adianta camuflar
O que faz questão de não calar
Não adianta ergueirar-se
Coração quer amar
Deixe a duvida de lado
Já não há por que zarpar
Entrega o que não é mais seu
Pare de se blindar
Deixe a couraça de lado
Permitá-se viver
É momento de sorrir
Não pense em chorar
Viva o amor que hoje é seu
Não pare para pensar
Agradeça , vedes eis um sortudo,
Que fale o coração
Não temas o por vir
Abrace , ame , a vida está aí
Desarme-se
Permita seu coração ser contente
A vida acontece agora.
Poesia de
Islene Souza
Enviado por Islene Souza em 08/08/2016
Reeditado em 08/08/2016
Código do texto: T5722139
Classificação de conteúdo: seguro
Ainda bem, meu anjo, que você me deixa chorar. Eu sou forte, mas tenho tanto medo do dia em que eu não me aguentar em meus próprios pés. Eu sou rápida em questão de fugir deste destino rígido e tenebroso. Ainda bem, meu querido, que você não fecha os olhos para minhas feridas, porque quer queira ou não, elas estão aqui - pulsando, flamejando, martelando em minha carne fina que se desmancha aos poucos. Todas as vozes acham bobagem, que tolice, que tolice, menina, pensar assim em tristezas profundas, pensar assim em finais tão bruscos. Eu me sustento. Ah, amor, queria ficar eterna em seu abraço. Se a morte fosse assim, quente, aconchegante, jovem com alma idosa, eu seria feliz. Se sua promessa fosse possível, eu seria borboleta e não teria medo de mostrar voo em apenas um dia, depois cairia com as asas flácidas. Mas o escuto, meu bem, presto atenção em cada palavra que sai dessa boca bonita e confiante, e você está certo. Eu sou dançarina, mesmo em duas faces, em dois cubículos tão opostos - dançarina gótica e dançarina rosa. Seus olhos que pousam tão penosos em meu choro me reconfortam, são uma chamada de compreensão a qual eu nunca tive. Não houve falhas, só reconhecimentos. Também não haverá futuros, só hojes. O agora se repetindo dia após dia, porque tem uma letra de música que eu não lembro, mas que dizia que o amanhã não existe mesmo. Então, anjo, eu durmo, você me aperta em seu peito, sinto seu coração tão vivo, e tão leve, e tão inteiro, e tão amado, descanso sorrindo. Assim, com aquele sorriso que você mais gosta, puro, essência.