Medo da Vida
O maior castigo da vida é viver. A vida inteira é uma luta pra não morrer, tudo dói. Se não comer, dói Se não beber, dói Se não descansar, dói Se não amar, dói Trabalhar dói Ficar sem trabalhar dói A morte é o repouso do corpo doído Da alma eu não sei, mas espero que seja também.
É normal ter medo. Eu diria até que é bom. O Medo é o freio da vida. É ele que impede que nos lancemos ladeira abaixo sem proteção, sem planejamento, sem noção. É ele que nos faz pensar antes de agir. Que nos faz abrir os olhos e mirar em novos objetivos.
Que este medo do novo nos ajude a olhar para frente com cautela, mas que não tenha poder de consumir nossas mentes e paralisar nossas mãos.
A morte é a perda da fé e da esperança e a vida é o reencontro delas: Qualquer um pode reviver depois de morto, depois de perder a fé e a esperança. Nós podemos alimentar a fé ou o medo, se escolhermos a fé, o medo haverá de perecer.
Caminhamos para a nossa real beleza quando abandonamos o medo de ser quem verdadeiramente somos, e a dúvida sobre nos tornarmos tudo o que queremos ser. Porque beleza é isso: viver em plenitude.
Eu fiz besteira porque eu estava com medo. Deixar você sair da minha vida foi um dos maiores erros que cometi.
A felicidade e o sucesso acontecem quando você abandona o medo, o orgulho, e deixa a vida "fluir". O mistério da conquista se desfaz quando o que te limita simplesmente deixa de existir.
O medo pode ser usado de forma a beneficiar várias situações da vida. Saiba como usá-lo e não o deixe atrapalhar a ponto de te impedir de prosseguir em seus planos.
Sabedoria significa ver o âmago das coisas sob a superfície de nossas contradições, onde não há bom ou mau, certo ou errado. Significa ver o ser humano como o animal que é, lutando para obter segurança e ainda ser livre, ser produtivo mas também jovial, buscar prazer mas também conhecer a dor, ansiar pela transcendência e não obstante contentar-se por estar contido num corpo finito. É saber que o amor não existe sem a possibilidade do ódio. É saber que há a hora de viver e a hora de morrer. É conhecer a glória do desabrochar da vida que parece esmaecer depressa demais, mas deixa atrás de si uma semente que brotará no momento certo. É saber que existimos para celebrar a vida.
Porque quando me vi no meio do mar bravo e meu barco ameaçava afundar, consegui compreender o que eu precisava aprender com tudo isso.
Não era aplacar a fúria do mar, não foi para isso que fomos feitos, mas cuidar do barco e chegar à outra margem.
Fomos feitos para a travessia e não para controlar o mar.
Cadáver
Você (ansiedade) me cerca e dilacera minha alma
Perdão a mim mesmo
Por tantas permissões tolas
Perdão a mim mesmo
Pelas loucuras expostas
Pelos pássaros presos
Nas masmorras da ignorância
Pelos sins que deveriam ser nãos
Pela corda colocada no pescoço
E por puxar o banco
Por tantas desventuras e arrogâncias
Num barco à deriva
Eu cortei meus pulsos
O oceano encheu-se de mim
Bebeu do mais incerto sentir
Andorinhas pousaram sobre meu corpo
E dançando valsa, levaram meu espírito
Raios de sol queimam minha pele
Pálida como papel
Distante como a lua
O céu permanece azul
Tubarões se aproximam para olhar o seu rei
Uma coragem lastimável
Um impacto de forças
Eu me pergunto agora
O que faz alguém se perder
Eu me questiono nesse momento
O que faz alguém pular
Qual momento é o momento
Qual o tamanho dessa dor
Qual o tamanho do sofrimento
Os olhos lacrimejam adeus
Ainda há um círculo de sorriso no mais escuro da pupila
Um ato sem despedidas
Uma busca por respiração
Os sonhos somem como as veias
Quanto vale um corpo que sonhou?
Ou já é um cadáver que amou?
Você tem medo daquilo que não conhece
A respiração queima
Falta oxigênio
Sobra CO2
De onde exala?
Da multidão irrefreada!
As parcas diretrizes dizem
“Pare”
E você para – limitado
Na própria cegueira da escuridão
Sua paixão leva ao devaneio
e sua têmpora demonstra a gota
de sangue, de suor, de lágrima
- Nem mesmo você o sabe!
Perde-se no desatino pavoroso
da falta
da falsa
da farsa
da farta
dor do sentir...
Medo!
O órgão vital quase afunda
de tanto flutuar na caixa torácica.