Medo da Solidão
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Deitado, a música entrando e mudando,
Uma nova visão do mundo me doando,
Um sentir a cada música, um rachar,
Uma quebradura nesta apatia constante,
As cores voltam a minha alma manchar,
Parando o Vazio que volta a cada instante;
Logo, deixe-me sozinho e deixe-me sentir,
Neste meu quarto há vários sentimentos,
As músicas me independem de mentir,
Elas tornaram-se meus complementos,
Com elas, sinto-me humano, sinto vida,
Eu vejo alegria no negrume da minha vida.
Eu vou dar o melhor de mim, no meu pior momento, na minha fase mais difícil. Nem que isso me custe noites mal dormidas e travesseiros encharcados.
Eu nunca tive muitos medos, e conforme eu fui crescendo, fui perdendo os poucos que eu tinha. Nunca tive medo do escuro, já tive um pouco de medo de insetos, e já tive muito medo da morte. Com o passar do tempo, eu passei a amar o escuro, aprendi a não me incomodar com insetos, e comecei a cortejar a morte, porém, um novo e único medo surgiu, um que não me aterroriza ou causa calafrios, mas um que faz a vida deixar de ter sentido. Muitas pessoas encontram diversos parceiros românticos durante a vida, poucas pessoas encontram alguém que se encaixe perfeitamente com elas, e vivem algo feliz e duradouro, algumas outras pessoas nunca terão a oportunidade de saber o que é isso. Isso me faz pensar, e se eu estiver destinado a ser um dos que nunca vai encontrar alguém para ficar ao lado? E se eu for um dos destinados a ficar sozinho até o fim? Creio que esse seja meu único medo atual, estar fadado a continuar sozinho pelo resto da vida.
A insônia é um caminho com pedras imaginárias, sabidamente maiores do que são, que se movem sob o peito, sufocando em desalento, mas inspirando na mesma proporção.
Oi "Apenas Eu"!
Como pode ter se tornado algo tão distante do irreal o qual sempre sonhamos nos apegar?!
Será que seus sonhos viraram os pesadelos que outrora queria parar de querer sonhar?
Talvez você não tenha apenas mudado "Apenas Eu", talvez você tenha morrido no turbilhão de felicidade que tanto odeio. Suas mãos não são tão aconchegantes no meu peito, seus dedos já podem enforcar minha garganta.
Então mais uma vez ó meu "Eu", um "oi" para você e quem sabe um dia, talvez, um suave tchau para mim.
Tive medo de escrever.
Medo de não o saber;
Medo de não querer;
Medo do poeta não nascer;
Medo de que ele viesse a morrer.
Mas agora eu entendo, e ele não precisou nascer. Sempre esteve aqui, sempre a escrever.
"Vem! Se queres viver, ousa. Apressa-te!
Sem piedade, sem medo...
Ouve apenas o teu coração
não o aprisiones, solitário"
Ficamos surdos para ouvir nossa própria dor.
E seguimos barulhentos e vazios do silêncio da paz que deveríamos apreciar.
Não deixe o coronavírus coroar a sua história. Pense em suas ações hoje, pois ainda existe um amanhã e você será o principal protagonista de uma nova história.
Uma noite de pensamentos
Me deleito em minha cama em quanto ouço o som das almas em meu quarto,
gritando por ajuda em um amor não acabado
Ao som dessas vozes vou me entorpecendo em agonia.
Agonia, Agonia, uma bela vista
Vejo o sol desaparecendo, e a escuridão aparecendo infligindo no meu coração
as maldades que vem por dentro, temo não esquecer, esquecer, esquecer, pois quando esquecer,
corre o risco de ocorrer.
ocorrer ocorrer
Olho para os lados e não consigo esquecer, a tua face em meu ser
sinto que estou cada vez mais sozinho, mais sozinho, mais sozinho...
Chamo-te em meus pensamentos, e a maldade que vem de dentro, não me faz esquecer
esquecer esquecer
Me sinto sozinho como ao som de um piano que está tocando uma melodia triste,
tento levar minha vida ao som de uma melodia que no final acaba desaviar pelas
loucuras e amores da vida em que rodeiam o mundo.
loucura a loucura
Essas luzes me deixam mais violento, ao som do vento, vejo oque não é real
vejo o inexistente que acaba existente em minha mente. A loucura de um amor
que me traz pavor, alegria e paixão que no desvaira da emoção me compõe em chuva
trazendo assim uma grande solidão.
Todos os dias esperando o sol,
Todos os dias espero o sol,
Todos os dias espero brilhar,
Todos os dias espero voltar a sonhar...
Sonhar me dá vontade de viver,
Mesmo sabendo que essa dor me invade antes mesmo do sol nascer, me rasga por dentro, me joga no chão, me deixando a mercê desse frio que parece nunca ter fim. Pisando em tudo que eu esperava ser para quem saber poder finalmente reviver, viver...
Viver... É esperar incansavelmente essa dor cessar,
É poder apreciar os pássaros cantarem todas as manhãs no fundo da minha pequena janela...
É poder chamar minha mente um pouco louca a minha casa de lar.
Viver é querer ser, estar, ficar. renascer todos os dias de uma forma diferente e com uma força inabalável,
Mas, toda via, minha mente quer voar...
pois embora queira viver, para viver e preciso suportar.
Suportar?
Todos os dias quero viver...
Todos os dias quero morrer.
Fazia muito tempo que não chovia,
Fazia dias que não estava tão frio, tão nublado.
Fazia semanas que não era tão vazio quando agora está,
Lá estava tão ensolarado que novas flores nasceram no meu triste jardim.
Em poucos instantes tudo se escureceu, o céu se fechou e choveu mais do que o necessário.
As flores morreram afogadas por conta da terrível inundação, me lembraram até as outras da primavera do ano passado...
O sol também se escondeu, não aguentou tanta tristeza, e assim ficou impossível de ajudá-las a se manterem firmes.
Talvez o problema seja o meu jardim,
Belas flores não vivem muito em terras mortas.
" É uma benção ter o entendimento que devemos ficar bem, que é preciso seguir a vida, independente do lado que estivermos"