Medo da Mulher Letrada
Da música, fiz meu abrigo,
hoje, olho-me no espelho
e consigo reconhecer-me,
o meu canto é um reflexo
do que sinto
após ter enfrentado alguns medos
e dizer-me finalmente
"seja muito vindo meu eu verdadeiro".
Em meio ao terror a sociedade se une
Unidos pelo medo ou unidos pela ambição?
Agarrados à midia a sociedade se confunde
Tentam disfarçar o preconceito vestindo-o de precaução
Embreagados com visualização os vilões se reúnem
E banhados com ouro eles recebem diversão
Junto com o desespero nossos heróis se fundem
inconsoláveis e sofrendo por aqueles que se vão
Se eu ficasse, estragaria tudo
Era a única chance de revertermos isso
Eu vim, mas a cada passo do caminho, pensava em você
É frustrante ver tudo que construímos
deslizando pelos nossos dedos
Sem ao menos poder segurar
Estou sem esperanças
E somos o motivo
Desejaria não estar naquela tarde
Se eu pudesse, faria o relógio voltar
Para não me sentir como agora
Noites sem sentido
Mente cansada, corpo doendo
Estou perdido
Porque estamos nos perdendo
O que queremos?
Há desencontros entre necessidades reais
Desacordo de vontades
Prendendo ambos em suas verdades
Mas a única verdade
É ter você como surpresa dos meus dias
Eu amo te assistir
enquanto não me observa
Esquentando as noites frias
Sem precisar de qualquer coberta
Sentindo seu corpo sobre o meu
Vendo o tempo passar
enquanto a janela está aberta
Sabendo que gosta de mim
Sem medo de tudo estar no fim.
O Medo
O medo é um dos sentimentos mais antigos experienciados
Pelo ser humano e também pelos animais
Ele ativa em nós o sistema de cautela
Diante de situações desconhecidas
O sistema de alerta
Diante de riscos já conhecidos
Nos protege dos perigos
O medo é um sentimento muito útil, porém..
Não deve habitar em nós o tempo todo...
Tolher a liberdade de ir e vir
Interferir na lei natural de progresso individual
Impedir-nos de sermos ousados, de seguir adiante,
De darmos um passo em nova direção
Banir em nós a capacidade de se arriscar,
De perdermos o rumo e de nos reencontrarmos
Em uma nova estação.
"Não me beijou por puro medo
de se ver sumindo do seu aconchego
e se deslocar para um novo lar,
lábios.."
APRENDA
Você só conseguirá ser feliz quando eliminar duas coisas de sua vida:
O medo de um futuro incerto.
E a recordação de um passado ruim.
Re Pinheiro
Criaturas das sombras, entidades sobrenaturais que insistem em permanecer em meus pesadelos.
Criaturas malignas, talvez.
Mas obviamente assustadoras que me amedrontam.
Com aparência indescritível, que fica por imaginar, a decorar, a esperar.
A aparência é um problema, pois o fato dela ser furtiva, oculta te faz pensar e querer imaginar como é esse ser temido.
E quanto mais você pensar, mais ela vai te atormentar. Até que chegue ao ponto de você delirar, e ao poucos você vai surtar e dessa forma da realidade você vai se distanciar.
E não há mais como voltar pois a criatura ao seu lado deve estar.
Voo Azul Subitamente, sem mais... Escolhi o silêncio, por um instante. Ali permaneci, quieta, na minha inquietude, diante de mim.
O dia estava azul, pincelado de amarelo pelo sol da manhã de todos os meus dias azuis. Perambulava entre todas as telas da fase Azul de Picasso até me encontrar, encontrei.
Dias azuis é sempre o vento que nos traz. Primeiro vem o vento, depois o céu fica todo azul, e o dia também. Deve haver um modo de matar o que não faz mais sentido.
Espero os dias com vento, quando ele sopra forte, e canta, voo.
Voo azul. E naquele dia ventoso, azul, amarelo, quase verde, eu, azul, subi montanhas... Descalça do medo.
"Enquanto houver vida,
Haverá esperança,
Haverá fé,
Haverá um sinal de amor,
Haverá um sinal de Deus,
Acredite, tudo isso vai ter fim
Voltaremos a sorrir
O sorriso real
O sorriso natural
Sem medo
Sem máscara
Logo, logo..."
sempre que houve desejo
haverá esperança
sempre que houver esperança
haverá desespero
sempre que houver desespero
haverá medo
sempre que houver medo
haverá fraqueza
sempre que houver fraqueza
haverá inépcia
sempre que houver inépcia
haverá angústia
enquanto houver angústia
faltará amor
e enquanto faltar amor
haverá sempre outros desejos
Vestida de vermelho e preto
Eu sou a morte sofrida e sangrenta
Eu sou a praga da morte rubra
Que leva reinos a calamidade
Eu sou um pouco de Edgar Allan Poe
Com uma pitada de Shakespeare
O amor e a loucura
O desejo e a tão temida destruição
A vida e a morte
O azar e a sorte
Sou a dama escarlate
Montada no cavalo da morte
Cavalgando pela escuridão
Procurando a quem devorar
Sou o brilhante luar
Que clareia e mostra a direção
Sou paz e segurança
Sou luz, pra quem me procura
E escuridão para os que me temem
Talvez eu seja o eclipse
Luz e escuridão
Medo e salvação
Verdade e ilusão
Eu sou miríades de sentimentos
Com estradas cheias de novas direções.
Eu sou a bondade e a maldade,
E a necessidade de viver
Eu sou mundos e fundos
Eu sou tudo e ao mesmo tempo nada
E não a ninguém igual a mim...
Estamos criando pontes para nos encontrar ou barreiras para nos apartar?
Estamos criando motivos para nos conectar ou incautos para nos afastar?
Estamos nos aproximando para contribuir ou nos deflagrando pra ruir?
Estamos sendo reflexo do aprendizado ou espelhos do que nos foi afetado?
Somos a resposta ou ainda a pergunta? Somos nós mesmos ou consequência dos outros? Somos ou fomos?
Uma coisa que tenho medo
São vastos os caminhos que machucam.
É torto a característica do homem.
Mas achamos que nunca.
Nos afetará o que propagamos a que nos consome.
Eu tenho medo enorme.
Incrivelmente.
Não é bala perdida.
Não é a mulher atrevida.
Não é a polícia ignorante.
Nem tão pouco a sociedade intolerante.
Tenho medo de um reflexo.
Que contém meus pecados complexos.
Poderia sim.
Um Deus exigente.
O temor de um crente.
A milícia cheia de gente.
Uau, sacana esse mundo.
Que produz um desprezo profundo.
Confunde as mentes.
Um pode mais.
Um pode menos.
Mas o teor da indiferença.
É uma cova.
Porém, cada atitude é uma prova.
E o que condena.
Ferozmente vou dizer.
Pra quem não mente ao retrato.
Pra quem não engana cada fato.
O mundo colorido.
As vezes um véu claro e redundante.
Aleluia irmão a clareza da sua exatidão.
Um caráter elegante.
Mas de repente um preto, um negro, um breu.
Quando o mar sufoca, machuca a alma, talvez seja este ateu.
Mas também vem uma violenta fase.
Um escaldante vermelho.
Isso que estou falando.
Meu medo.
Me olhar no espelho.
Ou não.
Hoje em dia.
Não tenho a agonia.
Genuína percepção de outrora ausente.
Sou sim.
Um observador.
Não tenho medo do espelho.
A sociedade é mais sanguinária.
Um ódio vermelho.
Ainda que negue.
Assim é o regue.
Meu conforto ainda me aflige.
Batendo na porta.
Abrindo o coração.
Mais uma poesia.
Letras da minha vida.
Amém
Giovane Silva Santos
De onde vem esse medo
Medo, medonho.
Medo do desprezo que tive.
Medo da prisão que vivo.
Medo do erro que cometi.
Medo das ruas por onde vivi.
Talvez nem percebi.
Uma criança chorona.
Esse jeito que nasci.
Debaixo das asas do medo.
Perder o pai, que perdi.
Andei sozinho e não percebi.
Andei com medo que habita em mim.
Fui tanto medo que ele fugiu de mim.
Foi quando não mais liguei pra prisão.
Atender o sonho de libertação.
Vencer o medo sim.
Ainda com medo.
Que falo com medo.
Porque tenho medo assim.
O medo me conhece e coloca medo em mim.
No fundo uma coragem de ainda viver com esse medo.
Que oprime e atrapalha.
O inferno canalha.
Contribuiu assim.
O medo é morte.
Quem ceifou minha sorte.
O medo é uma zona de maldade.
É uma infelicidade.
É tristeza.
Impotência.
O medo.
É segredo.
Se fui azedo.
Foi o medo.
Crucificou me.
Giovane Silva Santos
Desafio imprevisto lançado,
O Medo Excessivo
pode Atrapalhar teu Agir,
Se não estiver concentrado,
Poderá ser Condenado
Por ser difícil de fugir.
Constelações
Sacia a sede,
E toda a sua necessidade,
De sobrevivência,
Necessitar de aprender
Por entre a vida,
A água que você
Bebe é sabedoria.
Não temas!
Incognitamente
Toda a inspiração,
Por entre todas as fontes
Da cisterna,
Lá distante toda a escuridão,
Perto de você a saudade,
Não ande assim com tanto medo,
Deixa de lado o seu ser solitário,
Suspira no ar todo este vapor,
Mata toda a sua necessidade,
Jorra pra fora toda
Está lágrima.
Deixa, deixa transbordar,
Não temas,
Que tudo necessita de calma.
Bebe todas as pequenas
Linfas que se encontram no pote.
O amor, nascerá tudo de novo,
Pra que seja vivenciado,
o mundo transborda,
Precisamos de luz,
Necessitamos de paz.
Eu posso gritar
Fazer barulho
Me entregar nos versos
Criar canções
Te mostrar o meu melhor sorriso
Mas é o meu silêncio
Que mostra quem sou
Quem afina a dança
Quem diz tudo sobre mim
Quando na realidade
Eu não sei nada ..."
Beijo de maçã verde
Estranhos cabelos de fogo
Estranho fogo ardente
Estranho um para o outro
Estranha ausência entre a gente
Estranho não te ver
Estranho me sentir em paz
Estranho não te ter
Mas o estranho mesmo é perceber que você não volta mais.
Slá, só mais um café.