Medo
Onde Vivo
Onde vivo é escuro
Tenho medos, pesadelos
Encolhido, perseguido
Nada tenho
Tudo devo
Minha amiga é a fome
ó amiga verdadeira
Não me esquece
Não se mata
Nunca passa
Não me deixa
Minha casa é a rua
Ó casa amada
Me esconde rua escura
Em avenidas e calçadas
Minha família são as estrelas
Ó família adorada
São tudo o que veria
Tudo o que queria ser
Aparecem toda noite
Toda noite vem me ver
Meus sonhos são as palavras
Ó sonhos inalcançados
Não os leio
Não escrevo
Não entendo, complicados
Minha vontade meus direitos
Nunca tiveram importância
Quem me vê pelas ruas
Senti medo
Quer distância
Nunca lhes disse nada
Mas insistem em me julgar
Nunca lhes fiz nada
Mas não querem me ajudar
Estou fraco
Estou sozinho
Não tenho malas
Nem destino
E se hoje eu morrer
Não tente me encontrar
Pois já não tenho nome
Nem conhecido algum
Nunca fui ninguém
Serei apenas só mais um.
Eu tenho muitos medos presos aqui nessas linhas, muitos deles eu nunca mencionei em nossas conversas, talvez eu tenha deixado transparecer, mas juro que deve ter sido num momento de pura carência. Agora estou assim, contendo palavras, imaginando cenas, criando diálogos e tenho medo. Medo que isso um dia nunca passe de mera imaginação.
Sou falho, tenho muitos medos, tenho tantos defeitos, mas já aceitei que sou assim.
Então passarei dia após dia tentando melhorar, tentar ser a minha melhor versão a cada manhã! Talvez assim um dia eu seja o motivo de uma pessoa se sentir sortuda.
Sou cheia de medos. Tenho minhas armaduras, que hoje são mais maleáveis. Para mim, arriscar, ainda que seja para correr atrás dos próprios sonhos é apavorante.
O que de fato me impulsiona a prosseguir, é a minha fé no universo e a certeza de que existe algum sentimento depois do medo. Quando me deparo com alguma situação desconfortável, primeiro eu sinto medo, e depois?
Acredito que essa força que impulsiona para desvendar o que existe após o "depois" e superar o medo do desconhecido, é a fé. Que surge de maneira sobrenatural, ou extremamente natural.
Apesar do medo, tenho me sentido mais segura. Sou curiosa. E sigo usando essa fé para me impulsionar e explorar o desconhecido. Sem certezas, o que torna tudo apavorantemente divertido.
conheço todas as línguas
tenho todos os medos
morro todo dia
na paisagem
mistura terra e guerra
disritmia
minha pimenteira
quase secou, viveu
natureza nasce todo dia
ganho tempo pra amor
perco tempo pra vicer
sorrio dia sim todo dia
Tenho o universo em meus olhos,
Onde habita mistérios e medos.
Sou a desordem procurando à sincronia
Uma escuridão em busca de luz
A minha vida é uma estrela que queima de forma intensa
E do céu noturno essas são às que colapsam primeiro.
E o que resta são só fantasmas, a luz que viaja durante anos,
iluminando, ou assombrando outras estrelas perdidas.
Minha existência de nada vale, mas à Tudo pertence.
Meus pensamentos são uma sinfonia triste
em uma tarde chuvosa de domingo
Sou uma eterna dança, em meu próprio ritmo.
E mesmo que meu corpo definhe-se durante a juventude,
estarei reunido por todo infinito no amontoado cósmico.
Tenho a idade de minha 'razão' e a certeza de meus medos.
Tenho uma 'vasta cartela' de desejos a realizar e sonhos a sonhar.
Tenho 'potes' de sorrisos ainda por distribuir, e abraços a ofertar.
Tenho hoje, o que me basta para ser feliz... e um coração repleto de gratidão!
LuAndrade*
Bilhete do Dia!
Tenha coragem, enfrente os seus medos.
Tenha fé, busque paz para o coração.
Tenha sabedoria, escolha o que te faz feliz.
Tenha gratidão, a vida te devolve amor.
Medos, tenho sim.
Só quem se machucou profundamente sabe a intensidade da dor e o receio em vivenciar tudo de novo.
Ricardo Baeta.
Sabe porquê tenho medo de amar novamente? Porque tenho medo de tudo se repetir, e ter que sentir nojo de mais uma pessoa.
Tenho medo de ter medo do medo que me da medo é medonho esse sentir e me dou sem medo de ser medroso.
Tenho tanto medo de entender que tenho que parar de sonhar, como ficara minha vida sem ter você nos meus sonhos, mas este medo parece cada dia mais próximo e cada vez mais forte.
ÁGUAS VÍVIDAS
Tenho profundo medo de nadar.
Por ter afogado em águas fundas,
Duvidosas, que até as areias mais escuras
Se tornam mais claras ao comparar.
Tenho medo de me afogar.
Por debater-me em águas tempestuosas
Que até em dias de ondas harmoniosas
Duvidoso era de se banhar.
Me abstenho de desfrutar a sensação
Enquanto não dessalga as águas do equador.
É a melhor forma de afastar-me daquela dor,
Mesmo onde nunca houve salinização.
É lindo poder conhecer novas águas e seus vários estados.
Melhor é poder conhecer seus corais,
Peixes, algas e outras coisas mais,
Mesmo tendo a certeza que todo oceano aloja navios afogados.
Tenho medo de sempre ser o Titanic,
Pesado e rápido de mais para o que parece ser uma pequena barreira.
Mesmo que, no fundo, tinha total certeza
Que qualquer movimento seria insuficiente.