Me Sinto Esquecido
As vezes fico parada lembrando de muitas coisas que vivi,sinto saudades quando sinto cheiros,fotografias,lugares,brincadeiras,tenho muitas saudades dos entes queridos que se foram...tem lembranças que valem a pena a gente voltar no tempo com a nossa memória pra reviver um pouquinho do que se foi.
Em outra circunstância eu diria que sinto saudades; outrora a casa vivia repleta de crianças; filhos, netos, sobrinhos... éramos uma família unida e feliz. Foi um tempo de abundância quando o algodão era um sinal de luz, as árvores frutíferas atraiam os pássaros, as flores ornamentavam a casa grande, como promessa de muita felicidade e tudo isso começou na igrejinha de santa Rita de Cássia pequena e acanhada de piso morto. Frei Jerônimo celebrou nosso casamento depois de seis anos de namoro, discussões ríspidas entre nossas famílias que tinham suas rixas e eram contra a nossa união; mas o amor se sobrepôs ao ódio e derrubou a cerca de arame farpado que ia da estrada até as proximidades do rio, o que compreendia nossas propriedades e não deixava de ser um bom pedaço de terra, algumas cabeças de gado, porcos e outras criações, além do algodão e do milho. A partir de então houve entre nossas famílias uma total harmonia, eu diria que nos tornamos uma, porque os problemas que surgiam eram nossos e resolvíamos em conjunto e nossas alegrias eram compartilhadas; então veio, em homenagem a avó paterna Ana Luzia, nossa primeira filha: Analu. Juaquim meu marido queria que ela se chamasse Elenice o meu nome mas eu tinha uma grande admiração por dona Ana, minha sogra, que mesmo nas nossas rixas durante o nosso namoro nos apoiou. foram anos de uma felicidade completa; vieram outros filhos e isso só consolidou o nosso amor. ninguém teve tanto a certeza de ser amada como eu; mas mesmo nos melhores momentos, as vicissitudes da vida acontecem e ninguém está imune às paixões.
Analu corre ainda entre a varanda, o pomar e as roseiras que adornam a frente branca e azul de nossa casa, nas brincadeiras ingênuas de sua adolescência com os irmãos, primos e vizinhos, Juaquim cuida dos bichos ou das plantações e provavelmente cantarola uma canção romântica; assim as coisas ficaram na minha lembrança. Numa parte ou outra, dunas ameaçavam bairros e as chuvas tornavam-se mais escassas. ouvia-se histórias de famílias que migravam por essas dificuldades; resistimos a todas as adversidades.
Era uma tarde nublada de agosto, Juaquim tinha ido pescar no rio quando o carro entrou pelo nosso portão e chegou bem próximo aos degraus que conduziam a nossa porta; era Eriberto, o advogado, que trazia uma pasta; ele cuidava do inventário do sr Benedito, meu sogro, falecido há poucos meses, vitimado por falência múltipla dos orgãos. Ninguém diagnostica o tempo como causa mortis; meu sogro já contava 99 anos. "Quem é esse anjo?" Questionou Analu, que já contava 18 anos. Heriberto era assim, dava sempre essa impressão, e se sorrisse e nos olhasse nos olhos passava-nos a sensação de uma fragilidade que também nos contagiava. Eu já conhecera aquele sentimento e vivia numa dúvida cruel, convivendo com aquele remorso, imaginando se Samuel, meu filho mais novo, não seria filho de Eriberto. desde então Analu parecia mais calada, vez ou outra estava sempre no telefone sussurrando; Samuel certa vez ao chegar da escola mencionou ter visto Analu na pracinha conversando animadamente com Heriberto parecia uma tragédia anunciada, meses depois notava-se a barriga de Analu crescida; Juaquim chegou a ir atrás de Heriberto, mas ficou sabendo que ele era casado e havia se transferido pra outra capital; meses depois nascera Cecília, mas Analu perdera todo o brilho do olhar, juaquim também ficara meio rançoso; certa noite me questionou por que eu não lhe falara sobre a origem de Samuel. Juaquim era um anjo, de um amor puro e imaculado. Quantas vezes olhamos o por do sol sobre as dunas que guardavam a nossa história; e dali vimos o brilho de um nascente renascer nos olhos de Analu, que na igrejinha de santa Rita de Cássia, agora com piso de mármore e torres iluminadas, casara-se com um dos filhos de um primo distante de Juaquim.
De vez em quando penso que todo esse tempo não passou, quando contemplo Gustavo, marido de Analu, tirando leite das vacas, colhendo o milho, obsevando a plantação de algodão; ele também cantarola algumas canções que mencionam amor e paixão, de vez em quando caminhamos à beira do rio; de vez em quando são subdivisões de uma eternidade que se divide em partículas para serem bem guardadas ou esquecidas pelo tempo e o perdão.
Necessito amar
Sinto falta
De emocionar
Quem sou eu
Sem amor?
O sol sem
Sua luz
As estrelas
Sem brilho
As linhas
De um caderno
Sem palavras escritas
Quem sou eu
Sem amor?
Como vivo
Sem amor?
Minha alma sofre
Sem afeto
Meu coração
Jorra sangue
Em lágrimas
Mas não é
Qualquer amor
Pelo qual necessito
Apreciar
Só posso dizer que lágrimas são o que descrevem o que sinto, só posso dizer que chorar é a forma mais doce que vejo de lhe recitar uma serenata ou talvez uma poesia, sei que para muitos não tem importância mas para mim é o canto, é o cantar da alma!
Me sinto refém de sentimentos contrários ao que sempre fui. Por muito tempo deixei de lado a intimidade do meu coração e agora me sinto refém do viver um amor platônico... Dizer eu te amo para algumas pessoas significa levar um tempo, para se encontrar, para se conhecer, para se tocar, para sentir o outro em toda sua essência e nas verdades. Mas eu acredito no amor platônico. No amor que simplesmente desperta sem avisar. E se o objeto de seu amor está longe e você nem conhece pessoalmente então não deixa de ser amor a primeira vista, a primeira frase, a primeira conversa, a troca de gentilezas e palavras gentis...
Isso é intoxicante para mim, apaixonada pelo amor. Como fugir? Então não consigo escapar dessa rede envolvendo minha alma.
E por mais que eu saiba que talvez, e talvez não haja futuro nisso, vou viver esse amor platônico até meu coração não aguentar mais tamanho veneno do amor... Ou quem sabe isso perdure até podermos nos encontrar, as tais possibilidades...
A autoquíria
Sinto meu corpo na água.
Mas minha alma está elevada.
Na beira do rio deixei minhas vestes.
Onde beijei o reflexo da dor.
Mas a ilusão pegou-me, em meu andar.
Correr não pude, então em cada gota de água, meu corpo se afundava, porém, minha alma não.
Meu corpo oco ouvia o rio correr e deixava-me correr e afogar-me na parte mais densa do espírito.
No nome do amor, a dor gritava, mas tudo que minha alma dizia era o mais importante.
Afogar-me no infinito era tudo que restava.
Ela não se parece com ninguém. Ah eu a quero bem e sinto que ela me quer bem também. Ela é linda linda linda linda, tanto tanto que eu ainda, como um São Tomé que já crê, quero pagar pra ver.
Não quero só dizer
o que por ti eu sinto.
Vou fazê-lo, para haver
sentido em sua vida.
Porque o que tenho
é mais que o vento.
Igual ao Sol, não de melodia.
Mas de uma frequência radiante.
eu não me sinto presente aqui neste lugar, as coisas são tão vazias quanto essas noites frias, e que não me importa o tal porque de tanta melancolia.
Sinto que a idade vem chegando meus cabelos negros vem pintando minha mocidade se acabou. Olho no espelho o meu rosto vejo as rugas e o desgosto "e a velhice que chegou. Eu tinha tantas jovens ao meu lado hoje elas se afastaram e os amigos me deixaram nao quero mais a boemia ja sinto alegria o meu tempo ja passou. Sinto que estou mesmo me acabando ja nao tenho mais vaidade e animaçao. Aproveita o seu tempo mocidade que meus cabelos brancos sao restos de saudade.
Saudade.....
Saudade do meu tempo de criança, na pureza da infância que sinto alegria em recordar.
Recordações da casinha em que morava, toda de barro amarrada com terra batida no chão. Cerca de de bambu com cipó bem apertada, portão de madeira na entrada, Ah que saudade em meu coração.
Ainda me lembro do quintal de minha casa, uma roseira bem galhada vermelha como um coração.
Minha avó que aquela roseira almejava, todos os dias ela cuidava com muito carinho em suas mãos.
Mas hoje em dia casinha não existe mais, parede de barro é só cimento tudo ficou no tempo la atrás.
Só as lembranças vivem no meu coração, pois nem vózinha e nem roseira vive mais naquele chão.
E a saudade fica no peito a apertar, pois esse tempo tão lindo nunca mais irá voltar....
Dedicado a minha Vó Virgilna que Deus a tenha no paraíso.
Te amo
A sensibilidade se faz presente
sinto-me embalado por essa paixão
que me pegou covardemente, de repente
acendeu-se uma chama em meu peito
se chama amor.
Sinto a tristeza de não poder te ver,
Este é apenas o preço pelo caminho
que tomei;
O que era certo desprezei, e a vida por
mais generosa que pode ser comigo;
Nela, outra pessoa igual a ti, não encontrei!
"Eu sinto a necessidade de alcançar o máximo de intensidade com o mínimo de meios. É isso que me levou a dar a minha vida um caráter de nudez ainda maior"
(Luckman)