Me Sinto Esquecido
Desisto das palavras. Elas não explicam o que sinto, as pessoas não entendem. Eles querem que eu diga o que sinto, mas querem ouvir o que lhes convém.
Desde que você chegou
O meu coração se abriu,
Hoje eu sinto mais calor
E não sinto nem mais frio...
Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você.
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Eu me sinto culpado quando não vos obedeço. Sou feliz na hora errada. Infeliz quando todos dançam.
Hoje eu tenho certeza do que sinto por você. E a cada dia essa minha certeza aumenta mais. Ainda não descobri como, nem por que, só sei que você consegue ganhar um pouco mais de mim a cada dia. Talvez amanhã olhemos para trás e tudo isso que vivemos hoje não serão mais do que lembranças. Você é a única certeza que tenho agora e espero não acordar um dia te tendo como dúvida. Espero que daqui algumas décadas eu possa olhar nos seus olhos e dizer com orgulho: “Eu estava certo, era amor”.
Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo.
Me sinto grata, mas responsável é demais.
O domingo está acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo. Me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga.
Escolhas erradas, planos quebrados, desejos inúteis, vontades desnecessárias. Assim que me sinto sem você, totalmente sem sentido, perdido.
Eu sinto falta de ligar o celular e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo.
Eu me sinto como uma criança, que tem medo de estender a mão machucada, para não se machucar de novo.
Me destes tanto de ti nas pequenas coisas que me sinto quase no direito de esperar tua compreensão nas grande.
É porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não me tocam, sinto – refletia.
O fato é que tenho nas minhas mãos um destino e no entanto não me sinto com o poder de livremente inventar: sigo uma oculta linha fatal.
Porque, quanto a mim, sinto de vez em quando que sou o personagem de alguém. É incômodo ser dois: eu para mim e eu para os outros.