Me Castiga
O castigo tem a finalidade de melhorar aquele que castiga — este é o último recurso dos defensores do castigo.
O calor intenso toma conta do ar,
A baixa umidade resseca a pele e a flora,
E a seca castiga a natureza sem parar,
Enquanto o fogo se alastra pela aurora.
Em meio a esse cenário tão desolador,
A saudade de um amor toma conta do peito,
Como um vazio que não tem curador,
E deixa a alma em um estado imperfeito.
Mas mesmo diante de tanta aridez,
Há ainda um brilho de esperança no olhar,
Uma chama que pode acender a vez,
E fazer a saudade do amor se dissipar.
A natureza pode se recuperar da seca,
Com a ajuda da chuva e do tempo a passar,
E o amor pode renascer como uma ave preta,
Voando livremente no céu a pairar.
O fogo pode ser contido e controlado,
E a saudade do amor pode ser amenizada,
Com o tempo e o coração bem cuidado,
E a certeza de que a vida sempre será renovada.
Findar a Humanidade
o trabalho fatiga
o trabalho castiga
na visão de um vagabundo não o digo
os sentimentos são reprimidos a cada suspiro
e a cada sorriso de bom dia a alma se desvai
a tristeza e a solidão não se dão por ausentes
As vezes você se castiga por fazer ou deixar de fazer algo pra poder ir se divertir mas, pensa um pouco: foi bom pra caralho neh!?
Será que estou nos seus sonhos, como desejo que esteja nos meus?
Madrugada me castiga e meus pensamentos ficam em você.
A dor do tempo me castiga, será por ela que aprenderei o significado da paciência, enquanto não estivermos juntos...
Eu não acredito em castigos, acredito em reações a ações cometidas e em abusos.
O que castiga não são deuses, são nossas próprias atitudes.
Olhar de menino
O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:
- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.
O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.
- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.
Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.
A saudade com medo dela mesma criou a lembrança
Mal ela sabe que me castiga ainda mais
Agora sinto saudades de novas lembranças que você me traz
A vida de Janaina
Minha vil, pérfida, inimiga
Cospe nos justos e castiga
Na audiência da minha vida,
Foi testemunha da mentira
Pensa apenas em si mesma
Usa máscaras de caridade
Conte as amizades verdadeiras
Elas nunca serão numerosas
suas vontades enganosas
São peneiradas
Separam trigo do joio
Das suas ações nebulosas
A vida de Janaina
Minha vil, pérfida, inimiga
Cospe nos justos e castiga
Na audiência da minha vida,
Foi testemunha da mentira
Pensa apenas em si mesma
Usa máscaras de caridade
Senhor,
Me castiga no meu pecado,
Me ajuda ser aquilo que não sou ainda,
Não quero tristeza ao meu redor,
As lágrimas que brotam dos meus olhos
Afogam minha a alma.
Meu corpo tem enfermidades e dores,
Minha língua muitas vezes maliciosa
Palavras imundas nascem
Meu Espírito impuro manifesta
Tantas aflições renascem
Adormeceu a minha alegria em um sono profundo
Minha fome atormentada e ingrata
Enfraquecendo as minhas vestes carnais.
Depressa vem me acudir,
Envia anjos aqui para eu não desistir,
Nesse mundo de desterro de ilusões
Não quero mais existir se não for pra ti.
RUDNEY VENTURA
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