Mato
Saudades de sair por aí, pelo desconhecido.
Andar pelo mato sentindo o ar puro as brisas e os ventos.
Vontade de descobrir algo, e ver coisas diferentes,
vontade de escalar pedras e de conhecer
novos horizontes, de esquecer
do tempo e apreciar o momento,
sem medo. os riscos sempre terão, afinal
me prezo ao desafio. pois o medo só me impediria,
e viver, é uma dádiva que as vezes me esqueço
quando me dou mais a uma coisa
e menos as outras.
O primeiro cantar do galo
chama o vaqueiro que vem
varando o mato a cavalo
pelas arestas que tem
valorizar cada calo
é ter nordeste no talo
sem arregar pra ninguém.
Cordel minha terra.
Eu sou filho do mato
Da terra da cultura
E quem não a entende
Sem ter desenvoltura
E fala do nordeste
Nem sabe da fartura
Lembra de pouca chuva
Poeira, chão rachado,
Mandacaru e palma
(Coroa de frade) espinhado
Caatinga, capoeira
(Unha de gato) estirado
Se chove o ano todo
Estrada é agonia
Buraco em buraco
E todo carro chia
Vamos falar do tempo
Tudo logo esfria
Mas assim é que é bom
Neblina no distrito
Nem dá pra ver escola
Fica logo aflito
As crianças na chuva
De bota faz bonito
Já vi frio de quatorze
Sensação térmica 8
Tem quem acha, é quente
Vigi, povo afoito
Tem aquele que treme
Só levanta no açoito.
De touca na cabeça
Cachecol no pescoço
Doze meses tem o ano
E vale o esforço
Um quarto é de sol
Chuva no resto moço
Já consegue decifrar
Com quê foi revelado
Nada é melindroso
Não está disfarçado
Pra não ficar nervoso
Já volto arretado.
Quando uma pessoa me magoa simplesmente a mato dentro mim. Pois na vida não há segunda chance. Ou você faz certo uma vez ou nunca mais
Pecado é como mato, cresce de noite para o dia, sem você perceber e ter tempo de se precaver. A tendência fatal é você se perder, por sua negligência e falta de vigilância, entre suas farpas cortantes e debilitantes.
Em teus braços encontro meu paraíso
Em tua boca mato a minha cede
Teus sussurros ao meu ouvido enebriam-me
Cada gesto cada toque são únicos
Impossível não querer mais
Mais paz, amor ardente, prazer
Quero em teu braços assim padecer
Me complete sempre
Eu te amo!
Não pedi para te amar
Simplesmente aconteceu
E agora como mato este amor
Se quem na verdade morreu fui eu?
Ela vem do Amazonas
India branca...
energia pura...
viva...
dos rios,
dos ventos,
do mato cheiroso,
do sol escaldante,
da pele envolvente,
ao longe
avante...
no mundo das águas...
subindo e descendo...
nesse rio de encantos...
Meu paraíso!
me encontro...
te encontro...
sonhamos juntos...
na canoa...
nos igapós...
na floresta encantada...
no ar puro da Amazônia...
alentos para a alma...
inspiração para o coração...
meu sim..
meu não...
turbilhão de emoções...
banzeiros...
cores...
cocares...
Flor da Amazônia...
lendas vivas...
beleza incansável...
sublime...
notável!
Irlen Benchimol
sou gato velho criado na telha, caço no mato, durmo verdejando o cintilar para alimentar o meu palpitar.
dá-me flor
da caminhada matinal
arrancada do mato
dispenso a janta
naquele restaurante caro
dá-me beijo
na mão
no meu aniversário
dispenso as chaves
do hotel ou do carro
faz-me uma trança
lhe devo uma dança
lhe pago com gosto
no luau em agosto
ao redor da extravagante fogueira
qualquer noite é festa
todo lugar é lindo
se simples for
dá-me teu sorriso ao acordar
dou o meu sempre que possível
ao ir deitar.
não tenho limites
não me importo com o preço
preocupo-me mesmo com o real valor
Aqui todo pouco vale muito
Sou flor.
Sou folha seca.
Sou mato.
Sou flor do campo.
Sou flor bela.
Sou a flor de luz.
Sou flor de esperança.
Sou flor do amor
Sou flor dos seus olhos
e de seus pensamentos.
Sou flor da paxao
e do seu coraçao.
Sou flor de outono
e nao te abandono.
Sou flor de enfeite,
contigo para sempre.
Sou flor do senhor
para você meu amor!
Sergio Fornasari
A cada dia eu me mato um pouco, e que seja assim até o fim desde que eu possa dizer "Valeu a pena".
E a dor que fere a alma,
eu faço o que???
Atropelo, arranco, mato, o que fazer???
( criado em 18/12/13 )