Mato
Sou assim...
Do mato, cerrado, da mata, do brejo.
Gosto do cheiro, do pé descalço,
Do vento na cara
Até do sol queimando a pele.
Gosto de olhar, de sentir...
Assim me conecto com o criador
É na natureza que Deus está
Na beleza de tudo que Ele me permite admirar!
Não sou poeta, nem sei escrever direito.
Mas com o coração puro tudo se torna perfeito.
Obrigado Senhor por eu ser desse jeito!
E por ela eu mato !
Se preciso for eu morro.
A dor dela é minha dor em dobro.
E se as lagrimas caírem do seus olhos,meu coração vai sangrar.
Mas quando sorri, meu mundo ela sabe iluminar.
O amor que sinto por ela,é tão grande ; coração lateja que sinto seu pulsar.
Ah, esse tal de "Amor Incondicional"
Só quem é "mãe de verdade"
Sabe...Sente!
Adriana de Paula
Os senhores do engenho beneficiam os "capitães do mato" com gratificações e os mesmos ficam de chicotes sobre os escravos da fazenda pública.
A escravidão não foi abolida, mas sim ampliada.
Óbito barato.
Em quantos cigarros te trago?
Enquanto eu trago, me mato.
Se apago, propago o acaso
e caso com o descaso.
A brasa atrapalha o olfato,
e em casa o anonimato
permite o ato insensato
de parcelar e pagar a prazo
o assassinato abstrato,
impulsionado pelo medo de perder o contrato
com o sentimento.
O contato é imediato, olhos fechados,
assim como o pulmão, cansado.
Inevitável.
Há muito não via as flores que plantei. O portão do jardim estava quebrado, o mato estava alto, a lâmpada queimada.
Estava encantada com os bûques, enfeitavam minha sala e ... a perfumava.
Mas hoje... Acordei precisando organizar meu jardim. Mexer na terra, ver minhas raízes, remover as pragas e cultivar minhas flores.
Ele é tatuado
Meio humano
Todo gato
Sonho verde
Cheiro de mato
Abraço apertado
Tem direito
Tem amor no peito
Um homem de respeito
Tomara que chova
Tomara que venha
Eu e vc aconteça
"Sou como um bicho do mato
vivo no meio do nada
em busca de um caminho que me leve ao encontro do meu eu...
Cujo anseio de ser como os outros, me faz sentir estranho...
Diferente do medo que me rodeia, fazendo com que me esconda os sentimentos, que outrora acampava em meu coração...
Vivo então a cada instante a procura do que não perdi,
mas aos do mundo deixei ir por falta de coragem de um amor sentir...
Por isso sou chamado de solidão, por aqueles que vivem em paz ao lado de sua paixão..."
É encanto, canto e voz...voou de borboletas, beijas-flor...é poesia tudo que vem de tu: é mato, é verde. São laranjeiras, roseiras...são mares e rios, são músicas no vento...é tudo louco, solto no ar.
Do caos a ordem
Do peito explode
Do mato cresce
Do broto nasce
Dos movimentos repentinos
Dos céus as terras
A história se revela
A história se repete
E revela o seu broto
Como um ciclo vicioso
Desde ontem
Desde de hoje
Desde sempre
Sempre será!
Como diz seu madruga:
''A vingança nunca é plena''
Te atrasa, seu problema
De cada tento
De cada ato
Do espaço explorado
Abra os livros
Arma-se com o som
Das harpas aladas
Faça o fluir
Jogando as tintas
O braço colorir
O cinza existe
Em repleto reflexo
Deste mundo abstrato
Da raiz do materializado
Da essência do que és
Só te sobra o amor
Faça-se o tambor
Faça-se dançar
Das tempestades aos trovões
Tudo vira diversão ou te deixa uma lição
Cultivando a expansão ou voltando a visão
Vivendo o improvável ou o teu mundo padrão
A mas o mundo está poluído
Desligue o seu carro a fumaça dele polui
Parem de colocar fogo no mato,
Parem de destruir as árvores para construírem seus prédios ,
Vocês são poluentes,
Acredito eu que o mundo era puro antes de nós
– O SHERLOCK HOLMES DE MATO GROSSO –
Lá pelo início da década de 90, vários delegados estavam con¬cluindo o curso de formação na Academia de Polícia. Como é comum entre colegas de turmas, a maioria acaba recebendo um apelido, que muitas vezes coincide com o local de procedência do aluno; e assim, dentre os formandos estava o “Dr. Maringá”. Na distribuição das lotações das cidades Maringá saiu prejudicado e recebeu uma cidade de garimpo, violenta e de difícil acesso na regional de Alta Floresta. Lamurioso e inconsolado, seguia con¬versando com um e com outro, mas todos os diretores lhe diziam a mesma coisa: “você foi sortudo demais, foi lotado na cidade onde está o agente Golias, o melhor policial de Mato Gros¬so; qualquer crime que tiver, basta entregar na mão dele que será resolvido facinho!”
E assim foi que Maringá se apresentou em Alta Floresta para receber a portaria e seguir para o novo desafio. O chefe regional foi mais um dos que enalteceu as qualidades do agente Golias. Junto com a lotação Maringá recebeu algumas notícias: a cidade onde iria trabalhar estava enfrentando disputas de áreas entre garimpeiros e nos próximos meses só poderia con¬tar com o auxílio de dois investigadores novatos, pois o afamado Golias tinha acabado de requerer licença-prêmio.
Assumiu a delegacia, passou o primeiro, o segundo, o terceiro dia, e no quarto: pronto! Mataram o irmão do prefeito. Aque¬la anarquia, aquela confusão, todo mundo na porta da delega¬cia querendo solução: cadê o assassino? Por que é que ainda não prendeu? Queremos ele preso!
Foi tanta pressão que não teve jeito, Maringá determinou a um dos novatos que fosse atrás do Golias que estava pescando e o trouxesse com a urgência devida (urgência urgentíssima = uniforme dobrado, na gíria policial).
Logo depois do almoço chega o Golias todo sujo e prestativo dizendo que não se incomodava em interromper sua licença e que estava disposto a ajudar. Ufa!
Além da satisfação em conhecer aquela figura lendária, Ma¬ringá passou a observar passo a passo as atitudes de Golias para aprender os dotes daquele que seria o maior detetive das terras de Rondon. Golias pediu a chave da viatura e saiu em alta velocidade cantando pneus, e uns 10 minutos depois chegou ele conduzindo um rapagão de uns 2 metros de altura contido pelo colarinho e dizendo ao novo delegado: “aqui tá a solução!”
“Quando acontece alguma coisa nessa região é só prender o Zoião, porque ou foi ele ou ele sabe quem foi”.
E foi assim que Maringá descobriu os segredos investigati¬vos da “Lenda”, que muito se assemelhavam aos do Capitão Louis Renault, o chefe de polícia de Casablanca que diante de qualquer crime determinava: “prendam os suspeitos de sempre!”.
Eu te notei
E lá estava você no meio do nada
Ignorada por ser de mato a ser arrancada
Muitos nem te consideram uma flor
Eu te notei seja onde você for
Sua simplicidade e ternura chamaram minha atenção
Podes não ser uma rosa, mas alegrastes meu coração
E quem notaria esta insignificante flor?
Eu te notei seja onde você for
Os outros podem te achar pequena e sorrateira
Eu te acho grande e peculiar como a mais bela cachoeira
Mas quem liga para esta pequena flor?
Eu te notei seja onde você for
As pessoas não tem a perspectiva de quem realmente é você
Sinto que também não sou notado, assim como você
Será que algum dia vou ser lembrado, linda flor?
Assim como te notei, alguém me notará seja onde eu for
Linda e pálida, deitado em um mato com cheiro de cravo, sussurra meu nome com voz de sono, chamado dos anjos. Meu coração dispara em súbito para, só para apreciar em silêncio o som do movimento de seu corpo girando na grama.