Mato
...Garoto livre, menino de fato,
Moleque de mato, travesso e feliz,
Respirei sonho, vivi poesias
Desenhei meu mundo do jeito que eu quis...
"Cada dia que passa vejo como sou forte e tantos leões por dia que mato! Não é fácil, e quem disse que seria?
Saio de cada batalha mais forte e vitoriosa, acreditando que posso superar sempre as minhas expectativas."
Se não te deixam caminhar junto pela estrada da vida e sempre te lançam no mato à beira da estrada tentando te deixar pra trás, faça o seguinte: pegue um facão e no meio deste mato abra uma trilha, crie um atalho e chegue primeiro.
Eu mato um leão por dia pra ficar vivo sabe por que ?
Por que tenho sonhos um deles e ficar com você
Os Fios
Hei! Bixo-Do-mato o que faz aqui,
nesta região do Estado?
Será, que você perdeu as noções geográficas?
Volte logo pra Zona-da-Mata!
O desprezo é uma raiz sem fim.
Não quero regar essa semente,
infelizmente já foi plantada em nossas mentes.
Vamos colher os frutos do Fim.
A incompreensão é uma mazela,
das mais perigosas.
Bloqueia as janelas e fecha as portas.
As Marionetes ambulantes estão por ai.
Cantando; por ai!
Transando; por ai!
Menstruando; por ai!
Respirando; por ai!
Estudando; por ai!
Por isso, cortem logo,
Os fios da Ignorância.
Cortem os fios, da Hipocrisia.
Cortem os fios, da Alienação.
Seja apenas o próprio condutor da sua Vida.
Cúmplices ..
eu diria bem a palavra referente a
"Nós"
Eu mato tu enterra o corpo? Rs.
Muito mais que amigos...
Somos irmãos de alma e coração!
O Espantalho meu amigo confidencial;
O espantalho o boneco simples do mato
Com suas roupas lindas de da inveja...
Seu caráter está invisível aos olhos, que toda boa
Artesã tem orgulho de fazer um boneco tão calado,
Mas com significado importantíssimo que nada teme!
Que venham os pardais! Seu caráter e coragem.
Quanto mais eu fico longe mais perto fica a saudade quanto mais o mato cresce mais me vem a liberdade quanto mais eu mi afasto mais distante fico de seu abraço quando penso em você não sei nem o que escrever
O amor sozinho queima como o fogo ateado ao mato seco. Acompanhado aquece e aconchega na fogueira a dois na noite vendo a lua e as estrelas. Amar sozinho não me serve. Nasci para trilhas que se cruzam para perder o fôlego no respirar do beijo na boca dela. Da energia que se mistura dos nossos corpos. Quanto mais, mais me dou. Quanto menos, menos estou e me vou.
Ir estando no mesmo lugar. Ir, pois é preciso se retirar, mas estar comigo mesmo em todo lugar. Os lugares são os mesmos, pois a rotina esta no dia a dia, mas lugares novos para visitar também me levo para passear. Talvez novas companhias, mas uma sempre esta que sou eu a me acompanhar.
Quem quiser vir comigo enquanto amor pode ficar, do contrário escolho sozinho continuar.
BOM PRINCÍPIO
Passei o “ bom princípio” no meio do mato, com o cheiro do capim-limão, nas barrancas do Paranapanema. Sem foguetórios, sem TV, sem comilança!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma bravata, um poético e silencioso protesto contra o inferno-nosso-de-cada-dia;
Passei o “ bom princípio”, no meio dos sapos, dos martins-pescadores e dos pirilampos. Sem músicas breganejas, sem novelas e sem arruaças!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma piequice, uma saudação à família, à natureza e à minha viola;
Passei o “ bom princípio” no meio do vale, com o sussurro das águas, envolto aos devaneios dos sacis-pererês. Sem relatórios piedosos, sem sacerdotes por perto, sem salamaleques!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma igrejice, uma confissão-de-fé-diferente para o ano novo.
Por isso cantarolei, sob os acordes da viola caipira e com a alegria luxuosa dos compadres que conheci, meu salmo-caboclo, em altíssimo astral:
SARMO VINTE E TREIS
O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros córgos de águas carmas
Inda que eu tenha que andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhadas do capeta
não careço tê medo de nada
a-modo-de-quê Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente de tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-prá-lá-do-que-prá-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá...
Êêêêêêtttttta sarmo bão sô!!!
Vi então que o sertão compreendeu e o ano novo amanheceu em paz...
Ando devagar pelo meio-fio
Equilibro-me em muros e pontes
Mato-me um pouco mais a cada cigarro
Faço de meu amigo um inimigo
Só por que quero sua atenção.