Matar Saudades
"Hoje não sentirás mais dor, hoje reverá os teus, matará tua saudade. Verás junto de mim, que a vida aqui é eterna. E terás junto de mim, tudo aquilo que precisas de verdade para viver... amor, amor e amor".
A vida tem disso. Ela te mata de tristeza hoje, de saudade amanhã, de dor depois, para só no final te dar aquele gostinho doce na boca. Só depois de provar todos os salgados e amargos, até mesmo os que machucam o paladar, vai sentir uma pontinha, como meia colher de chá de um doce que a gente goste. É o suficiente? Não, não é. Claro que não. Quem quer sofrer uma semana inteira só para comer meia colher de doce? Ninguém, normal pelo menos, ninguém. Mas é o que te faz querer continuar. É o que te mantém à noite acreditando que amanhã vai ser melhor, que semana que vem tudo vai passar, que daqui um ano você vai estar tão feliz, que todos vão parar para te olhar e contar histórias sobre como sua vida foi bonita. É esse o momento doce que todos querem, o momento que todo o esforço parece enfim valer a pena. E demora, como demora. Ainda mais pra quem quer mesmo, quem corre atrás, porque meia colher não é o bastante pra quem quer o pote inteiro. Meia colher acaba rápido, mas é mais fácil conseguir… então, se demora tanto, é porque não vai vir só meia colher pra você, vai vir mais. Muito mais. A vida sorri de volta quando você não deixa de sorrir para ela."
Saudade que mata mesmo é a que você sente pela pessoa que está tão próxima de você fisicamente. O presente ausente é coisa que sangra teu coração.
"" Há uma força no amor
Que destrói o orgulho
Que mata a saudade
Que aproxima as distâncias...
.
Há um não sei o que no amor
Que mesmo na dor
É belo de se viver
.
Há uma história em cada amor
Em cada coração
Há um tudo onde ele existe.
.
E pra quem pensa que o amor acaba
Ele surge do meio do nada
E leva o melhor, que alguém guardou...""
.
Romance
Serenata na janela
Te espero no portão,
Pra matar a saudade.
Guardei a rosa amarela
No altar do coração,
Augúrio da felicidade!
Aquele toque, o abraço,
Me faz sonhar acordada
Sentir-me no paraíso...
Teu olhar de mormaço
Minha face ruborada,
Candência do nosso juízo.
Abrolhos da alegria,
Retalhos de sentimentos
Sonhos que já findaram...
Onde está a fantasia
Dos romances, dos momentos,
Que os corações encantaram?
Poeminha
Para matar a saudade
Eu fiz esse Poeminha,
Com retalhos de ilusão.
Quem ama com sinceridade
Deixa su'alma entre as linhas,
Borda de orvalho a canção...
Meu amor, como é distante,
A trilha do pensamento
Que te separa de mim.
Se tua alma constante
regressar nesse momento,
A saudade terá fim.
Com versos apaixonados
Aguardo tua chegada,
Paixão ainda mora comigo.
Distante dos teus cuidados
É vazia a minha estrada!
Solitária e sem abrigo.
Vai logo,meu Poeminha!
A distância é passageira,
Quando o amor arde em chama.
Nas asas da andorinha
Leva minha vida inteira...
Regressa e dia qu'ele me ama!
A CHUVA (HRO)
a chuva
pra matar a saudade.
Só a saudade.
A chuva
pra inundar a vontade.
Só a vontade.
A chuva
pra transbordar de felicidade o agricultor.
Só a felicidade.
Uma chuva precisa.
Como o povo precisa:
nutrindo a terra
e encontrando o rio.
Sem danos.
Sabe o que é uma dor
De doer no íntimo d’ alma?...
(Saudade que é).
De matar o coração e a vida luar
Lamentos dentro de uma solidão
Murmurando um nome amado...
*
(Cida Luz)