Matar a Saudade
A SAUDADE JÁ TEM IDADE SEU SOM E DE MULTIDÃO, MULTIDÃO É POVO, A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS E ESSE POVO PODE SER ESPÍRITOS ANJOS DIZENDO AMEM QUE VOCÊ VEM.ALI.H.H
FEITA EM 2004
Percebi que fico mais feliz quando a saudade invade meus pensamentos.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Saudade
A saudade tem vindo me visitar
Todas as vezes que ela bate em minha porta
Carrega teu nome, teu cheiro, as lembranças dos seus beijos.
Ela caminha acompanhada, anda carregada.
Trás consigo uma mala repleta de recordações.
Guarda o seu sorriso, seu olhar, os abraços que me dava
Quando em mim você grudava como se nunca mais fosse largar.
A saudade enche o meu peito, inunda meus pensamentos...
E por instante, mesmo distante, sou sua.
Quero matar o mteu desejo, me afogando nos seus beijos.
Quero sentir seu corpo tremer, sua boca gemer, suas pernas escorrer.
E naquele momento, sem me importar com o amanhã
Quero que seja minha, somente minha, completamente minha.
Daziella
Saudade em ondas
Quando o coração anoitece
Caminho sozinha,
Em um labirinto de sonhos
Tecido com paredes de rendas,
E telas em branco,
E, a cada passo ouço o som
Das ondas do mar mais próximo,
Saudades em ondas...
A cada passo sinto o vento frio,
Espalhando as pétalas de rosas
Que se transformam
Em pétalas de Lua...
Aos poucos, sinto a presença
A mágica dos teus passos
A me seguir,
E assim meu coração amanhece
Repleto do teu perfume e beijos,
Te amo, amo, amo...
Eu quero você! Desaguando em minha saudade como um rio furioso. Transbordando minhas reservas de lembranças... Arrastando no poder de suas fortes correntezas, todas as tristezas deixadas por tua ausência todo esse tempo.
Banhar as margens secas do meu querer por ti. Florescer com tuas águas aprazíveis de carinho, as flores de emoção nos jardins dos meus olhos. E por fim, afogar-me em teus desejos e ressuscitar-me em teus deleites, em teus beijos fogosos, em tua avassaladora paixão. Embriagar-me-ei ao ouvir tua voz, oh sereia do meu mar QUERER. E irei até ti, me lançarei em teus braços protetores, e que o suor dos nossos corpos se amando, sejam chuva prolongada, submergindo o vale dos nossos medos.
Ao ler cada um destes parágrafos, saberás que tem teu sabor, o tempero das minhas palavras...
(Carf, 2017)
Mas acho que a saudade tem disto;
sentir o cheirinho da pessoa
mesmo que ela esteja
á quilômetros de distância.
Saudade amarga
Para que lembrar desse amor
Se para nós foi apenas uma chuva passageira?
Para que guardar no peito essa saudade traiçoeira
Que sempre transborda meus olhos em rios de lágrimas,
Que me faz triste e solitária?...
Para que curtir essa dor, eu não quero mais sofrer...
Apenas quero esquecer desse sentimento
que entristeceu o meu viver...
Desisto dessa busca sem fim:
-Sei agora que jamais viverá aqui...
Não necessito viver na solidão,
Nem chorar pelos cantos da casa...
Tudo que tenho agora é saudade amarga
Que pairou sobre o meu coração!
Saudade abraça forte
Lágrimas jorram como águas num rio claro
Fecho meus olhos vejo-te sereno e lindo
Perco-me
Nesse momento mágico onde toco
Tua face e vivo você,apenas segundos,minutos preciosos
Que me dá vida e me leva a voltar a viver!
Volta.
Quando a saudade apertar, quando ela transbordar aí dentro do teu peito.
Volta.
Quando você precisar chorar, volta que é pra consolar, todo o teu desalento.
Volta.
Quando você só quiser sorrir, te faço outra vez criança, num imenso carrossel.
Volta.
Quando desabafar for tudo o que precisas, porque te escutar, será tudo o que farei.
Volta.
Quando a força se esvair, e teu medo de cair, te impedir de ir adiante.
Volta.
Quando a vontade de desistir, for maior que a vontade de tentar outra vez.
Volta.
Quando teu sorriso precisar do meu, quando teu olhar quiser ver o meu, traga tua calma de encontro à minha.
Volta.
Quando o abraço se tornar, dentre todos os apertos do mundo, o aperto que você precisa para aliviar a alma.
Volta.
O segredo da felicidade consiste na volta.
Podes voltar sempre que quiseres.
Mas, caso algum dia se canse desse ir e vir de volta.
PERMANEÇA.
Bons tempos.
As vezes sinto saudade
dos tempos de garanhão
do vigor da mocidade
de correr de pé no chão
mas o peso da idade
só pede a tranquilidade
que hoje tenho no sertão.
CERNE (soneto)
Do ventre do cerrado ergui meu gemido
Estrugido duma saudade que me eivava
Furtando o fôlego duma dor que escava
O coração já aturado e um tanto dividido
Da solidão a tramontana reviu-se escrava
No cerne da sofrença no peito desfalecido
Que és de tudo escárnio no fado contido
Grito! Que ao contentamento então trava
Que labareda tal me arde no esquecido
Me remanescendo qual tétrica cadava
E me prostrando na réstia do suprimido?
E, se toda sorte aqui me falhe, és clava
A esperança, dum regresso ainda vivido
Factível, sem os que a quimera forjava...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
“Dor não... não mais”
Saudade… dor!
Em que esquina você quer me pegar?
Na esquina do coração?
Onde você se estaciona e machuca?
Não!
Por favor… não!
Eu não quero sentir mais isso.
Por tanto eu declaro.
Dor!
Eu não te pertenço mais!
Pois eu carrego dentro de mim… um infinito e…
… grandioso amor.
Aquele amor que apaga qualquer outro sentimento.
Amor!
Somente amor.
Aquele que aprendi a sentir por quem aprendi a amar.
Aquele que me ensina… o caminho que devo trilhar.
Dor!
Eu aprendi a renunciar você...
...por conta desse amor.
E sabe o que eu quero pra hoje e para sempre?
Tudo!
Tudo o que tiver amor.
Aquele belo e maravilhoso amor…
...que me fez te esquecer.
Oh dura e cruel... dor!
Admilson