Matar a Saudade
!3/10/2014 - 17:30 hs.
Saudade é constantemente a presença de alguém, que esta distantemente ausente dos momentos das nossa vidas.
E te amo...
E estarei sempre contigo...
És tu a minha saudade ausente...
Tu és meu anjo... Um ser puro...
Muito amado...
O dono de meus dias... E te escuto
na ternura dos versos e das minhas palavras
Vindas da alma... E que
brotam sem ecos...
Na eloquência do silencio
da noite que se derrama em mim...
A verdade é que sempre me causou estranheza essa coisa de sentir saudade do que (ainda) não existiu. Do que ainda não pode ser encontrado nas caixinhas das lembranças tão e mais queridas. Aquelas que fazem com que a gente - não raras vezes - vá até a prateleira onde estão guardadas, pegue uma por uma, tire o pouco de pó que se acumulou por ação do tempo e traga para perto do peito só para sorrirmos mais uma vez, enquanto recordamos o quanto foi e é bom.
Sempre me pareceu absurda essa ideia de sentir falta de algo que a minha pele ainda não tenha registrado a impressão. Ou que os meus olhos não tenham definido como digno(a) de ser novamente admirado(a) em todos os seus grandiosos detalhes. Isso, porque, definitivamente, o tato é um dos sentidos que eu mais aprecio. Em alguns momentos – confesso - ainda mais até do que a própria visão; ainda que por esta também seja possível sentir o toque, como se dá no momento em que alguém lhe diz:
- Eu estou aqui contigo, não tenha medo! E então, por ler no olhar desta pessoa, o desejo de lhe renovar o fôlego e a fé, você finalmente se sente acolhido nos (a)braços da paz. E segue.
Mas essa saudade do que não foi vivido é um pouco diferente. Ela é tão especial quanto a outra, mas de um jeito próprio. Se antes a gente sentia falta de um momento com registro no calendário do tempo, agora, a saudade se dá por algo ainda sem documento. É como se ela fosse uma espécie de viajante atemporal, que vaga livremente entre o passado, presente e o futuro, fotografando momentos tão cheios de vida, que a nossa alma, por sua vez, não consegue se conter e então sorri largo quando é uma saudade boa, ou se recolhe, quando é daquelas doloridas. E então, com o pouco acesso que temos ao mix dessas fotografias, reagimos de imediato.
Quando você escuta uma música que lhe remete a um passado bom ao lado de alguém, você sorri. Isso é saudade com registro. Você viveu aquilo. Sentiu aquele momento na totalidade. Mas quando, por exemplo, você pensa em alguém que já faleceu e diz pra si mesmo(a) que ainda hoje guarda tantos planos que poderiam ter sido colocados em prática, caso a pessoa ainda estivesse viva, então é saudade do que não existiu.
Quando você olha para o seu filho já crescido, e recorda os primeiros passos, as primeiras tentativas de formação de palavras concretas, e sente-se feliz por tê-lo ao seu lado, você experimenta uma saudade com registro. Mas quando você sente lá no íntimo este desejo de paternidade/maternidade pulsando com força, a tal ponto de você se imaginar, inclusive, o(a) colocando para dormir, vindo de 15 em 15 minutos ao seu quarto para verificar se ele(a) está respirando, porque ali é um prolongamento da sua vida e ela depende de você, mas você ainda não é pai e nem mãe para entender com perfeição a sensação de ter uma vida sob a sua dependência, então é saudade do que ainda não foi registrado. A falta é a mesma. Mas a forma de sentir...
Mas e você: Já sentiu falta do que (ainda) não viveu?
Hoje eu acordei pensando em você,bateu uma saudade de você , mas depois eu pensei "será que você é a pessoa certa para mim??? A pessoa certa para você é a pessoa que te ama,te da colo,te da carinho,te da amor,te da felicidade,te de harmonia etc....
E em meio a minha saudade descabida e a dor excruciante só me resta escrever, vomitar saudade, sorver a angústia e as espirar em forma de paz
As flores na janela
Estão viçosas
Deveras
São regadas por lágrimas
Pelo choro da saudade
Debruçada sobre elas
É onde permaneço
Açoitada pelo vento
Perdida dentro do tempo
Absorta
À espera
Quiçá que tu voltes
Como uma brisa mansa
Despertando-me a aurora
No entanto
O tempo é implacável
Passa os dias
De mãos dadas
Com as noites
Embalando os meus sonhos
Fugidios e furtivos
Que levam-me a esperança
Enquanto o jardim
Segue florindo.
A saudade no primeiro momento tira-nos o chão, depois, transforma em perfume que faz da ausência uma presença constante.
há momentos na nossa vida que devemos seguir adiante sem olhar para traz vem a saudade tudo se apresenta na nossa frente para fazermos desistir da nossa caminhada mas nada vai me tirar essa força de dentro de mim o meu desejo de vencer todos os obstacula é muito maior e a minha maior fé é saber que estou indo no caminho da vitoria ainda que tudo esteja contra, ainda que o caminho seja difícil cheio de pedras e espinho eu chegarei la A minha fé esta em Deus e disso eu não abro mão quem tem fé e também esta nessa luta diga gloria a Deus
"" Saudade é uma estrada bela e florida te chamando pra dançar, felicidade é um carinho , numa rua cheia de espinhos, onde você é a rosa a perfumar...""
Essa saudade só aumenta
da última verdadeira infância
daquilo que por um bom tempo,
e sempre, será os anos noventa.
AQUI MORA A SAUDADE
o teu olhar perdido na esquina,
o teu sorriso escondido atrás da cortina,
a vida pouca vai se apagando
como uma vela a cada olhar,
esses silencio, essas cruzes, esses avestruzes
que passeiam em nossos cemitérios
segura a mão da lembrança,
e se apóia, não submerge,
somos túmulos de nós mesmos
no nosso funeral diário,
mas sobreviva na fé do amor e da paixão
não se entregue, se entregue...
e se não der certo, deu certo,
esse tropeço também é viver,
essa capela, esses sinos esses sinos
assassinos esses túmulos ...
essas cruzes, esses avestruzes que passeiam...
Saudade
o que fazer com a saudade
quando os seus olhos dormem?
E o silêncio te leva tão longe de mim...