Matar a Saudade
De mãos dadas
Tomei-te pela mão e fomos caminho afora
em busca de aventuras, de coisas novas,
e dos sonhos que não vivemos.
Matar a saudade que temos, viver a vida enfim.
Ao meu lado estás, rosto calmo andar compassado,
a mão bem firme segurando a minha.
Noto que comigo, nada falas preocupa-me essa
tua atitude,e tentando te ver comigo conversar,
abraço-te, mas ao mesmo tempo acordo.
Não consigo ouvir a tua voz.
Bom seria, se pudesse ao sonho retornar e com
as duas mãos, as tuas segurar.
Trazer-te mais junto a mim e em tua boca, em vez
da voz, um beijo nela deixar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro U.B.E
A ironia é a forma mais impertinente e engenhosa que há de reagir com comicidade quando deveras sua consciência imaginativa baseia-se em fisicamente coagir outrem, quando não o pode fazê-lo simples e obviamente para que não se dizime sua compostura.
Posso saciar a sede com água, posso saciar a fome com comida, mas nada é mais gratificante saciar a alma com uma pessoa que supera suas dores.
As vezes é preciso matar muitas coisas dentro de mim e até a mim mesmo, para poder entender o que eu realmente preciso.
São tantos exageros que passamos e recebemos na vida que sempre a algo a aprender,
De tanto nos matar, aprendemos a não nos deixar levar para o tumulo;
De tanto apanhar, aprendemos que nem todas as surras valem a pena;
De tanto gritar, aprendemos que o silencio fala mais alto que qualquer grito;
De tanto aprender, aprendemos que não sabemos tudo e que temos muito a aprender ainda;
De tanto viver, aprendemos que não vivemos tudo, que ainda temos muito a viver e que o tempo é curto;
Foi caminhando que aprendi isso, e aprendi que não devo parar de caminhar nunca, que não é o meio de locomoção que inspira, mas a vontade de seguir sempre em frente, apesar do tempo ruim ou do calor escaldante, da vida turbulenta, mesmo sabendo que não aprendi tudo que deveria ter aprendido com meu passado.
Mesmo com tudo isso, sinto que estou muito mais longe do ontem, e mais perto do que sonho para amanhã, nunca esquecendo que meus pés estão no presente, e agora mais firme, depois dos tropeços dos tantos que vivi, por isso não posso parar, e quem quiser me acompanhar, que venha ao meu lado, onde eu possa estender a mão quando for preciso, não vá atrás, posso não perceber, nem a frente, onde podes nos atrasar, ao lado e sempre em frente.
A raiva é uma energia que vem de dentro, forte capaz de te derrubar, forte capaz de derrubar o outro, forte capaz de derrubar o mundo, que te consome e te mata!!!
Todas as coisas desta vida matam o homem! E nenhuma o faz viver além do último portal que já lhe foi determinado.
Matar um Leão por dia, até que é fácil, o dificil é se livrar das Antas, Veados, Formigas, Galinhas e outros animais desse Safári que chamamos de Vida.
Se a curiosidade realmente matasse eu precisaria ter nascido um gato, pra que na sétima vida eu pudesse aprender a não morrer a toa.
Sabe... O problema é exatamente esse, as pessoas costumam agir do jeito que querem, com armas atirando pra todos os lados sem medo de ferir alguém, e o tiro pode acabar ferindo alguém que te ama de verdade... E as vezes não há tempo pra encontrar vida naquele amor, naquele sentimento que elas mesmas destruíram !
"Se somos feitos à imagem e à semelhança de Deus, então somos programados para o bem, por isso somos facilmente enganados todos os dias por pessoas que usam o poder para mentir, roubar e até matar, em consequência da ambição desmedida pelo dinheiro, isso tira facilmente o sentimento de amor ao próximo, afasta de Deus e aproxima cada vez mais do maligno."
A ilha que sou.
Sou uma pequena ilha,
vivendo na solidão
do seu micro-clima,
afogando-me cada dia.
Sou uma pequena ilha,
que caminha pela rua,
alheia à dor do próximo,
insensível a tudo que não seja
minha própria necessidade.
Sou uma pequena ilha,
árida, seca e vazia,
que mata de fome e sede
a todo o que se atreva a visitar-me.
Sou uma pequena ilha
que se afoga e se perde.
Cada dia minguando,
afundando no oceano da vida.
Até quando serei uma ilha?
Existe uma recompensa em ter um propósito, mesmo que pautado em pequenas ações como desejar um bom dia ao vizinho que eu encontro, um “por favor” e “muito obrigada”, um “com licença” aos que me rodeiam. Diante disso, qual tem sido minha conduta no transito enquanto levo meus filhos para a escola? Que posicionamento tenho tido diante dos acontecimentos que temos visto na sociedade? O que afinal, meu filho vê-me fazer se alguém me dá um troco errado no caixa de um lugar qualquer? Como ele me vê tratando um garçom ou um policial na estrada? São estas e outras atitudes que talvez julguemos até mesmo banais e fúteis que constroem neles um caráter íntegro ou deformado. Vidas que vão salvar ou matar. Amigos ou inimigos. Heróis ou Ladrões. Honestos ou corruptos.