Matar a Saudade
Dizem que o tempo ajuda. É mentira. Talvez mais mentira do que o teu "amo-te".
O tempo piora as coisas. A saudade aumenta e a dor acumula. A única diferença é que
aprendo a lidar com isso todos os dias. Parece que não andar bem é andar normal, não está certo. Por muito tempo que passe, sempre que ouvir o teu nome não vou ficar indiferente, afinal não sou como tu que consegue esquecer tudo sem remorsos.
Confissões de passageira
Cá estou, na janela do avião,
Admirando a luz energizante deste sol que nos ilumina,
Analisando os prós e os contras de manter-te em minha sina,
Comparando-te a esta imensa vastidão (de ambos, conheço tão pouco!)
Longe de ti, o mundo parece vago,
Vivemos um romance nunca escrito,
Mas, ah que autor maldito!
Mantém-te longe de tudo que trago.
Até meu cigarro tornou-se morno
Quero tua boca, o gosto do teu corpo,
Descobrir em ti caminhos, desses que conheço pouco.
Devolva-me o o prazer de uma vida sem você!
Como um sopro de epifania traduzo tuas línguas,
Minhas mãos leem-te como braile,
Te acariciam de um jeito que bem sabes,
Ainda que não digas.
Hora quero-te perto,
Noutra, mais ainda
É loucura que não se finda,
Muito fogo pra pouca palha,
Seja meu pecado incerto.
Difícil é saber o que queres,
Mais difícil saber como podes brincar com meu pensamento
Logo eu, tão frígida no assunto sentimento...
Já não sei mais a que santo rogo para atender minhas preces
Teu corpo atrai,
Tuas curvas enlouquecem,
Conheço-te por completo sem nunca ter-te tocado.
Trago-te comigo, em minha pele gravado.
Tuas palavras me aquecem
Meus lábios de ti não saem.
És minha contradição favorita,
Anseio-te de cabelos assanhados
Nossos corpos suados, colados,
És o paraíso que mais me excita
Quem tem sentimentos sabe que vive a perecer...
Sou louca por ti, mas imploro,
Me ame, me use, me tenha,
Só não faça-me enlouquecer!
Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)
Se você fosse uma música, seria a minha preferida e eu passaria a vida inteira sintonizado na sua frequência tocando a minha melhor versão.
Se você fosse uma música, eu seria um compositor, e incluiria minhas notas musicais na perfeição dessa sua melodia infinita.
Se você fosse uma música, aumentaria o som ao máximo até sentir o seu sussurro de desejo nos meus ouvidos e a vibração dos seus lábios tocando os meus.
Se você fosse uma música, aprenderia todos os instrumentos musicais só para poder te tocar de todas as formas.
Se você fosse uma música, dançaria ao seu ritmo todas as minhas noites de solidão e sentiria a saudade do seu carinho cada vez que ouvisse a sua voz.
Se você fosse uma música, ao invés do Cupido disparar flechas fazendo todos se apaixonarem, ele cantaria.
-ESSE AMOR
Eu te amo em segredo,
te amo tanto que não cabe no peito.
Tenho vontade de gritar pro mundo inteiro o quanto te amo,
essa paixão já está me sufocando.
Não consigo conter ,
tudo que mais quero é te ver,
poder te tocar
poder te abraçar
sentir teu peito junto ao meu
seu suspiro em meu pescoço ,
aquele abraço apertado e longo.
Eu queria que você pudesse saber e sentir
lutar pra não deixar esse amor me matar,
não deixar esse amor morrer
vamos alimenta-lo e velo crescer.
Primavera (1984).
Chegaste sem avisar amor, numa manhã de primavera.
Aos poucos e poucos, invadiste o meu coração.
Ocupaste um lugar na minha mente, no meu pensamento.
Na minha alma, no meu corpo, na minha vida.
Afinal quem te deu permissão para invadir.
Invadir todo o meu ser.
Sem pressa tu foste-te instalando, aninhando-te no meu colo.
Hoje percebo que gosto da tua presença.
Dou por mim a pensar em ti, no teu sorriso.
No teu rosto doce, como é bom o sabor das lembranças de ti.
Pensar em ti é como sentir um perfume, que nos traz boas recordações.
No compasso dos sentimentos, dos pensamentos doces.
Gosto de fechar os olhos e visualizar o teu rosto, o teu sorriso.
Embalar o delírio, o desejo, sinto saudade dos teus beijos.
Dos teus abraços, dos teus carinhos, do calor da tua pele.
Ouço a tua voz a sussurrar no meu ouvido, as palavras doces.
Abro os olhos e tu estás aqui meu amor!
TALVEZ
Talvez eu tenha que levar em consideração
Talvez tenha que entender essa vida
Talvez as dificuldades seja sofridas
E que eu posso repousar com lentidão.
Talvez eu pense em você, até mais do que eu quero
Talvez eu tenha que ir ao psicólogo falar de você
Talvez eu tenha que ficar na espera, do esperado
E que demore dias, mais que seja pra te ver.
Talvez o escuro seja ainda uma ilusão
Talvez meu medo seja de ser ainda um desesperado
Talvez eu perdoe, cai uma chuva de compaixão
E que você venha parar ao meu lado.
Talvez quisesse voltar no tempo
Talvez eu tenha ficado para o final
Talvez o bem perca para o mal
E que seu sorriso seja algo que me dê amor incondicional.
Talvez aquele velho poema ainda esteja lá
Talvez minha voz morreu, e eu tenho que enterra-la
Talvez eu diga o quanto é difícil e complicado
E que você não me diga que foi tudo planejado
Talvez seja hora de parar, talvez esteja escuro
Talvez eu possa pensar, no nossos traços
Talvez eu tenha que analisar, o tamanho do muro
E que na hora de eu pular, quero que me dê o último abraço.
Como saber diferenciar um fogo de um amor?
fogo é fogo, ele queima, inflama, espalha rapidamente e logo é contido,
apagado e dele restam apenas cinzas que o vento leva e aquele vazio permanece.
E ai você se dá conta que foi apenas um fogo. Mais um.
O Amor ele queima, inflama, as vezes chega rapidamente e as vezes ele é construído
ao longo dos anos. Porém ele não se contém, não se apaga, o vento não leva e quando
existe um vazio é o da saudade.
Sinto isso, sinto o amor. Sinto da hora que acordo até a hora em que vou
me deitar. Sinto sem tê-lo visto, sem tê-lo tocado, sem nunca ter sentido seu cheiro,
o cheiro de sua pele. E isso não depende do que ele sente e sim de como me sinto em
relação a ele. Eu amo mesmo não esperando algo em troca, mesmo imaginando
que ele nunca possa me amar do jeito que ele amou outra. Mas o que posso
fazer se o amo?
Acredite em você, mesmo que o céu não brilhe em sua direção, e você só enxergue escuridão, Deus te ama, e quer te mudar de dentro para fora, hoje pode ser tristeza, mas amanha será felicidade, Deus te abençoe!
E o que dizer aos amigos?
Que são muito especiais vcs já sabem; aliás, são mais que especiais, são essenciais...
Quantas histórias já vivemos juntos, quantas risadas e dramas compartilhados.
E quanta saudade de tantos que ficaram pelo caminho!
Amigos novos, novos velhos amigos, eternos bons amigos...
Inesquecíveis!!!
Ficou tudo tão vazio desde que você foi embora.
Não quero mais me arrumar, nem ir pro bar, sei que você não vai estar lá.
Fico esperando você abrir a porta do meu escritório fazendo a mesma pergunta de sempre, mas nunca mais vai acontecer.
Nem durmo mais com o celular do lado do travesseiro porque você não tá mais aqui pra me ligar de madrugada, inventando a desculpa mais boba do mundo só pra vir pra minha cabine e dormir de conchinha.
Nem quis mais enrolar o cabelo e me maquiar, de repente parou de fazer sentido.
Nunca imaginei que fosse sentir tanto sua falta.
Porque me ensinaram tão certo e eu faço tudo sempre tão desprovido de certezas, tudo tão cheio de erros.
A gente cresce e tropeça nos nossos defeitos, escancarados pelo mundo a nossa frente. Bate, rebate.
Vocês deviam ser os mais felizes sempre. Eu queria comprar esse poder, mas sou dona apenas dos prazeres momentâneos.
Ao lado, se reclama. Longe, se lamenta.
Não é possível separar esse laço de afinidade da infância.
As lembranças me atormentam, não gosto de sentir saudades daqueles tempos...aceitar que não voltam, que morrem, que mudam.
Sentimentos mexidos. Ás vezes, eu só queria colo amassado, queijo derretido, bronca rebatida.
Síndrome de ser pequena, de ser assim, pensar que o mundo gosta de mim e sonhar que nada tem fim...até o que já teve.
Que saudades daquele tempo!
Difícil mudar, criar outra família, ser outro alguém em outro lar; coração aperta.
Saudade daquela menina na escola, tardes dormidas, e quando estava tudo bem na segurança do nosso amor.
Precisamos entender tão rápido aquilo que o tempo jamais deveria ter medido, a hora de ir.
(Gatos no Telhado)
As noites seguem sendo noite,
a vida pulsa no interior desta cidade
estou me prendendo a céu aberto, como gatos no telhado
Não sei se por medo da solidão ou insegurança de andar sozinho...
Tenho convulsões dentro de mim.
A alma grita: VIVE !!!!
O tédio tem sido meu companheiro, e eu já deitei sobre o comodismo
Conhecemos somente esta vida...
E, então, o que faço com esse gato preso no telhado, dentro de mim ?
Me de mais uma bebida, bem forte por favor, pra decidir se me iludo mais um pouco
ou se chuto o gato pra além das estrelas, perto do que se chama esperança
onde se possa ouvir o sussurro da liberdade, sem sofrimento, sem mágoas, sem dor...
Porque você é um menino e eu ainda posso ser o seu remédio, mas a vida vai lhe mostrar que não sou perfeita, que tenho falhas, desvios e manias, que não possuo varinha de condão nem respostas pra tudo, que a dipirona tem propriedades maiores que minha presença, que não sou digna de ser seu espelho porque meus erros serão fatalmente identificados por você no futuro para que não os repita com seus próprios filhos.
Mas não tem importância, hoje trato de aproveitar cada segundo ao seu lado, gravando na pele a sensação de seu corpo arredondado, sua risada farta e barulhenta, o toque de suas mãozinhas no meu cabelo, seu cheiro, sua respiração profunda quando adormece. Essas são minhas relíquias, tesouros escondidos numa porção extensa do coração, consolo para os dias ruins e saudades futuras...
Um "Olá" que surgiu assim do nada, sem forma oportuna, apenas o efeito sonoro do desconexo.
Uma certa arredoma de formalidades triviais do desconhecido.
E aos poucos o espaço, ainda que silencioso foi cedendo ante ao barulho da curiosidade.
Insigne e pragmático, quase indolente, com o cheiro caracteristico de encrenca.
Ah! O divino arôma da encrenca!
Claro que há os que abominam, enjoam, ou fogem, talvez esta seja a parte sábia deste mundo.
Mas há aquela classe de loucos desprovidos de sanidade, aqueles que se movem por anseios, pela fome e tudo que vicia e consome, são os abusados, ousados, intrigantes e abusivamente inteligentes.Tudo bem que nem sempre possuem um senso apurado de etiqueta, são aquelas criaturas esquisitas que falam demais, se mexem demais, mal sabem passar uma lombada, ou distinguir as cores secundárias, mas que no fim das contas por onde passam deixam o cheiro da encrenca e tal a inquietude da saudade.
Rê Pinheiro
A morte, apesar de vir com tristeza às pessoas que continuam vivas, pode ser a salvação da pessoa que está sofrendo por causa da dor.
Mero sonho mortal
Atrapalho-me quando vejo teus olhos,
entristeço-me quando eles choram,
alegro-me por saber que é de alegria
esqueço-me a distância.
Sinto-te cada dia mais perto,
Acanho-me com a sua chegada
suspiro com sua presença
Enlouqueço com teu carinho
desespero-me com a sua partida!
Reajo contra o destino
arranco-te sorrisos bobos
daqueles que menos esperei.
Lugares que íamos para ver o tempo passar
O tempo passou e não estamos mais lá,
Lembro-me do vento em seus cabelos.
Lembro-me da visão imperial que tinha.
Meias rasgadas provocando a visão
Teu cheiro doce esquentando o ar
Tua calma e velocidade a me sequestrar
É difícil definir a loucura
Pois intensa vontade é uma forma de enlouquecer.
A companhia, a estadia, a inocência perdida.
Há certas culpas que adoraria não ter.
O que seria pior, amar e não ser amado ou amar ser amado e não poder viver esse amor, sem nada ou ninguém a atrapalhar a não ser o fato de que as partes em questão, os ditos apaixonados não se dão, não se acertam e não se aceitam.
Um atribuindo ao outro responsabilidades, indicando supostos defeitos, inculpando, incriminando, achando isso ou aquilo, denunciam sua própria arrogância apontando ao outro, evidenciando ainda mais a sua soberba e orgulho, sem falar na prepotência, autoritarismo, cargas e cargas de críticas e por aí vai.
Os dois tem de tudo isso um pouco, mas apontar, criticar, brigar não muda o outro, o que muda é o tempo, a tolerância e a convivência em respeito.
São muitas bobagens que até esquecem os momentos bons e as coisas que realmente importam, como o valor da paciência a grandeza do perdão e a soberania do amor .
Fico a pensar no futuro, não hoje, amanhã ou mês que vem, mas sim naquele futuro em que as pessoas param para pensar no que poderiam ter feito na vida e não fizeram por orgulho, besteiras, usos e costumes, por não aceitar o outro como realmente é, por não acreditar no que realmente importa, o sentimento. E nesta hora vão se lembrar e então, parados sentados em uma cadeira confortável em suas varandas, sozinhos, cada um em algum lugar do mundo, vão pensar e talvez até dizer em voz baixa; O que eu fiz do amor, porque não aproveitei aquele momento? O que aconteceu na verdade? Fecham os olhos por alguns instantes e não conseguem se lembrar o que foi, e não se lembram, por que o que é motivo para afastar uma pessoa da outra hoje não fará sentido amanhã, pois, não terão valor futuramente, atitudes e insultos que impedem as pessoas de se aceitarem, que as fazem vulneráveis, machucando e golpeando um ao outro sempre e sem dó, nesta hora será irrelevante e o que agora é tão difícil de suportar ou ceder, lá descobrimos que poderíamos suportar muito mais pra alcançar e viver o que se perdeu, só pra não ter a dor de não saber como teria sido se tivesse cedido um pouco mais, se tivesse lutado um pouco mais, se tivesse se calado, assumido culpas, pedido perdão. Então é aqui que coloco a interrogação, o que é melhor? Amar e não ser amado, amar ser amado e não viver esse amor? Não é difícil responder o que penso sobre isso, o que entendo dessas coisas.
Como escritora, analisando a situação, sem vínculo algum com os personagens em questão, os quais estão a ignorar sua oportunidade de felicidade prendendo-se ao egoísmo sem nenhuma chance de trégua ou rendimento ao amor verdadeiro, e assim, deixam passar a única ou talvez a última chance de suas vidas de viver um para o outro e os dois para uma relação de conquista, conhecimento, amor e respeito mútuo. Então...
Penso que tudo isso é vaidade.
E a idade vai e com ela as possibilidades.
E lá, na linha do horizonte quando já se foi a idade.
A Birra acabou, a solidão incomoda só ficou a saudade.
E reaver o que perdeu, não é impossível, mas é raridade!
A Paixão me queimou, fria e cruel. Me deu uma surra de ilusão, tola que fui, apanhei, nenhum golpe eu revidei... desgraçada. Um dia, na sarjeta do meu coração, veio em minha direção um melindrado desalmado. Ele que só entendia o que é razão me inspirou algum cuidado, então eu lhe dei a mão. Minh'alma toda machucada, de amar sem ser amada reencontrou a sua sina. Nos seus olhos de um triste castanho claro eu me vi, inteirinha a te olhar, um olhar que só fita à quem se quer bem. Me diga, quem na vida acredita que um homem possa amar? Dividimos a mesma rede, alguns beijos e um breve sonho de felicidade. No caminho primaveras, quaresmeiras e maravilhas, a brisa da matina me achegou até seu colo, um sorriso e uma piada que ainda trago no canto da boca. Foi tão real, mas era só carnaval. Desilusão mais canalha que ilusão, e você me deu as duas, se dissipando na escuridão. Não há ninguém mais sozinho do que aquele que quer ser meu e seu também. Eu quis ser só sua, seu amor dos pés à cabeça e no topo do seu ser dei de cara com a razão, insensata a me conter. Um convite que dessa vez não aceitei. Alguém aí já sorriu na solidão? Sei não. De saudade eu não vou morrer.