Matar a Saudade
SAUDADE
Sem ver o rosto risonho
da bela e doce Maria,
eu nunca mais tive um sonho
nem desses de padaria.
as vezes me dá uma saudade,...
do que não sei!!?
de um dia que ainda não vivi!
de uma palavra que não disse...
as vezes sou engolido pelo silêncio
pela apatia...
pelo que não sei!?
as vezes quero correr
e sei que preciso disso
pra me sentir vivo.
e te deixo ir ...
ficar!
pra aprender,...
pra saber oque não sei.
eu demora pra entender!
as vezes a pressa me visita...
e a estranha calma
me deixa sorrir!
me despir
saber oque não sei.
Ai, que saudade é essa que me tira o sossego, a fome, a paz.
Saudade do que não tive, das coisas que não provei.
Saudade do teu cheiro que não sei qual é, de um gosto teu que nunca senti, mas que não me deixa a boca, saudades de quando nos olhamos sem nos ver... como machuca essa saudade de você!
Da saudade
Saudade palavra agridoce
Contigo o mel e o amargo
Na secessão é tão precoce
No desengano desencargo
Da solidão
A solidão não é estar só
Seu silêncio é necessário
Tem seu charme seu xodó
Quietos no nosso breviário
Ter solidão é de ti sentir dó
E não ter qualquer destinatário
Da tristeza
De ti triste tristeza
Só nos traz incerteza
Afasta o belo da beleza
Ora nos traz profundeza
Ora nos traz aspereza
Que seja então breve
E nas tuas ruínas, leve
Da sabedoria
A sabedoria filha do entendimento
Tão desentendida pelos homens
Homens de guerras e sofrimento
Na ganância de ter bens
Como se fossemos dono de alguma coisa, somos momento.
Da alegria
Da alegria trago o sorriso
Gargalhar se faz preciso
Pro fado se fazer conciso
E o pleno prazer indiviso
Do amor
Do amor se espera encanto
Sem se frustrar na emoção
Do outro se quer santo
Se santo não é o coração
Então se cria o espanto
E no espanto a desilusão
Mesmo assim, queremos tanto, tanto...
Luciano Spagnol
CONSOLAÇÃO
Penso às vezes na saudade, nos tempos idos
Que inflamei na juventude, vida e inocência
Penso nas quimeras deixadas na reticência
Levadas pelo vento, nos destinos repartidos
Penso nos poemas nos vazios adormecidos
Deixados ao léu. Sem qualquer referência
Amargurados no peito e cheio de carência
Penso nos prazeres nos perdidos contidos
Talvez na dor pudesse ter sido diferente
E de repente com flores fizesse diferença
E a minha presença, importante vertente
Porém... nada é como o que se pensa
O destino é traçado na tenra semente
Viver é amor, e amar é de vital crença!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Tenho saudade dos dias que não voltam mais, especialmente aqueles em que eu pude estar ao seu lado. Desculpa por não ter percebido a tempo o quanto você foi, e ainda é importante para mim. Você sempre me lembra um tempo bom, e é por isso que eu te amo tanto e sempre vou pensar em você com imenso carinho e saudade. Nossa história não acabou, e mesmo depois de tanto tempo de desencontros, eu sei que o universo vai nos unir novamente. A vida sempre nos une, podemos ficar anos sem nos encontrarmos, mas sabemos que a consideração e a gratidão são eternas.
Faça de mim tua viagem inesquecível
teu desejo mas sentido
tua lembrança mas forte
tua saudade mas doída
teu sonho irreal
Faça de mim tudo
faça de mim teu bem
teu mal, mas faça !
Há uma saudade que me abraça e uma lembrança que me machuca onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja. São companheiras de noites longas e madrugadas frias !
Eu já nem sei o que fazer
Se a saudade faz doer
Cada minuto sem você
Não dá mas para ficar.
Meus olhos falam de mim
Minha boca canta teu olhar,
Sorrir saudades e lembranças
É o que me resta pra enganar.
É enganar o coração
É enganar a ilusão
Viver de sonhos
Pra continuar...
Tua saudade doe em mim
Teu rosto já ficou,
Está tatuado nas lembranças
Meu grande amor.
Amor maior que a escuridão
Que brilha mais que o luar
Maior de sonhos de amor
Que eu te encontrei para cantar
Falar de ti faltam palavras
Teu olhar me faz sonhar
Teu sorriso me dá beijos
Tua voz me faz cantar,
É você meu grande amor
Que pra sempre vai ficar
Na minha história,
Na minha vida.
Não adianta nem tentar
Não vou jamais te esquecer
É pra você minha saudade
É você minha lembrança
Minha vontade de viver,
Chega domingo
Vai o sábado
Sonho chegar segunda-feira,
Vê teu sorriso, teu olhar...
Nem que seja brincadeira
Brincar de amar é o único jeito,
Você já sabe que eu te amo
Pra sempre vou te amar.
Já disse em versos em poesias
Já te mandei mil melodias
Já te falei com o meu olhar
Já te mostrei no meu sorriso
Jé te falei de todo jeito...
Só tem um jeito,
Vou sempre te amar.
Saudade bateu...não tem jeito.
Uma música, lembra
O cheiro, lembra
A voz, lembra
A distância, lembra
A vontade, lembra
O sorriso, lembra
Um beijo, lembra
Uma palavra, lembra
A lembrança, lembra.
Talvez hoje o que me reste sejam as lembranças, o som do mar, seus dedos deslizando sobre o piano, a tocar melodias que tocam a minha alma. Seus olhos, seu sorriso, o som da sua voz, que soa como a de um anjo, invadem o meu coração, trazendo-me um amor puro e sincero.
Ah, talvez hoje só me reste viver da sua lembrança e trazer tudo de mais sublime e perfeito que um dia presenciei. E hoje, embora dias, semanas, meses, anos tenham se passado, você...
É, você continua vivo dentro de mim.
Quando fecho os olhos, consigo tocar suas mãos e ouvir o som do mar e você tocando as mais lindas melodias de amor.
Melodias que você me ensinou a tocar e a viver o que é amar e ser amado.
Você, meu doce, que me faz sonhar e querer viver cada dia para realizar tudo o que um dia planejamos, embora já tão distante, eu te levo aqui, no mais íntimo do meu coração. Não foi desta vez, mas quem sabe um dia Deus nos permita recomeçar...
Vinte Gotas de Verão
Eu bebi vinte gotas de saudade
em tudo que eu bebi,
e nos últimos meses esqueci
que pra matar algo
tem que ser à seco;
Eu chorei vinte gotas de saudade
Em tudo que eu chorei nos últimos meses,
Mas saudade não é algo que se pode matar afogado;
Nesses meses de verão
o sol que torrou lá fora
Aqui dentro ainda molha
meu rosto já inundado
Em chuva afogado
mas ainda assim sedento,
surdo, mudo em lamento,
das coisas que eu nem sei
dos beijos que não dei
do amor que não recebi,
naquele tempo em que
lá fora que chovia
e aqui dentro sempre dia
era o sol que se fazia.
Saudade é uma coisa que se sente em virtude daquilo que já não é, que já não está, que já não faz parte, que já não vive, que já não preenche, que já não alegra, que já não faz sorrir.
É como ainda sentir o ar se deslocando sobre os trilhos em que um grande trem tenha acabado de passar. É como olhar um vulto que desaparece na sombra. É como perseguir fantasmas...
Saudade não se mata.
Saudade mata.
E neste amor veneno, quantas almas se consomem.
Com amor muito matam, mas na saudade quantos morrem.