Mata a Saudade
Nem a distancia, nem a saudade e nem as dificuldades que enfrentamos por conta disso tudo, matara o que eu sinto por você. Quando amamos realmente alguém, tudo isso não passa de DETALHES.
Em certos momentos me da saudade de coisas que não vivi, sonhos que acabei matando,coisas pelas quais deixei de lutar, pelo simples fato da incerteza de perder ou por medo.
Oh saudade. Porque me mata assim? Me faça feliz. Me faça viver. Me tire da solidão, me deixe entrar em seu coração, e morar lá então? :(
A vida tem disso. Ela te mata de tristeza hoje, de saudade amanhã, de dor depois, para só no final te dar aquele gostinho doce na boca. Só depois de provar todos os salgados e amargos, até mesmo os que machucam o paladar, vai sentir uma pontinha, como meia colher de chá de um doce que a gente goste. É o suficiente? Não, não é. Claro que não. Quem quer sofrer uma semana inteira só para comer meia colher de doce? Ninguém, normal pelo menos, ninguém. Mas é o que te faz querer continuar. É o que te mantém à noite acreditando que amanhã vai ser melhor, que semana que vem tudo vai passar, que daqui um ano você vai estar tão feliz, que todos vão parar para te olhar e contar histórias sobre como sua vida foi bonita. É esse o momento doce que todos querem, o momento que todo o esforço parece enfim valer a pena. E demora, como demora. Ainda mais pra quem quer mesmo, quem corre atrás, porque meia colher não é o bastante pra quem quer o pote inteiro. Meia colher acaba rápido, mas é mais fácil conseguir… então, se demora tanto, é porque não vai vir só meia colher pra você, vai vir mais. Muito mais. A vida sorri de volta quando você não deixa de sorrir para ela."
Saudade é um sentimento difícil.. Corrói.. Mas a pior saudade é aquela que não se mata com o reencontro simples.
A pior saudade, é aquela saudade de alguem que continua na sua frente mas, não é mais o mesmo.
Nas lágrimas de amor há, como na saudade, uma doce amargura, que é veneno que não mata, por vir sempre temperado com o reativo da esperança, a moça julgou dever separar da dor, que a fazia chorar amargores, a esperança que no pranto lhe adicionava a doçira, e, tendo de exprimir a doçura, Ahy cantou.
Dizem que saudade mata, como mata se me alimento dela para viver? Vivo melhor com ela, sem ela posso morrer!
Reunir os amigos para matar a saudade e jogar conversa fora,fazer aquela festa entre amigos e rir das palhaçadas daquele cara engraçado que bebeu demais.
Rir até sentir a barriga doer, rir por uma coisa que você lembrou, rir por simplesmente nada,
dançar no meio da pista uma dança ridícula
ficar na escola no ultimo dia de aula só aguardando o resultado da prova final dos amigos não estando lá por si mesmo, mas pelos amigos que você adora.
Assistir aquele filme de comédia que você baixou e gravou para a família toda assistir comendo pipoca e bebendo guaraná,
conversar com aquela pessoa que você gosta muito, mas que dificilmente entra no MSN.
Comentar com os amigos após a prova como conseguiu colar,
Tomar aquele banho de mangueira no quintal de casa.
Sentir o coração sair pela boca no parque de diversões,
Aproveitar o pôr-do-sol sentado na grama em um lugar alto.
E quando chega o final do lindo dia, acabou-se e finalmente...amanhece e começa tudo novamente, só que melhor.
De volta.
Peço ao motorista para ir mais devagar, quero matar a saudade de cada rua, cada ponte, tento abraçar tudo com os olhos, quero absorver, observar.
Não tenho mais certeza quanto ao endereço, ainda bem que achei ao acaso escrito num pedaço borrado de papel, dentro de uma edição velha do meu livro favorito.
Agora não olho mais pra rua, tento disfarçar o nervosismo, tento acreditar na mentira de que o tempo não passou, que tudo ainda está no mesmo lugar.
O carro para, deixo de lado meus pensamentos mais íntimos, dou uma nota e digo que não preciso de troco, saio com as malas, o táxi parte e eu fico, parado.
O mundo girou e eu nem percebi, procuro as chaves no bolso, deixo as malas na porta e entro.
Não sei se é a saudade ou se é de verdade mas sinto aquele cheiro de café forte sendo coado, saio abrindo portas e janelas deixando a luz entrar, vou até a cozinha com a esperança de que ela esteja lá, não tem ninguém, o cheiro de café era fruto da saudade, ela foi embora dois anos antes, levou o cachorro e a velha TV.
Sento no balcão, ainda posso ouvir seus passos, continuo andando pela casa lembrando cenas antigas de um passado qualquer, vou ao quintal, o jardim continua florido e bem cuidado, corro para o portão sorrindo, tenho certeza que ela vai voltar.
DOM
Por um segundo pensar
Na saudade a me matar
Dor e sofrimento
Uma lagrima a rolar no esquecimento
Mesmo que ainda distante de tudo possa estar
Meu coração sempre vai te amar
Triste noite sem luar no abandono não posso ficar
Deixarei ao amanhecer esse lugar que me julgam por
Meus pensamentos e
Condena-me por te amar!