Massas
"Quem consegue induzir as massas à insolência, à irreverência, à impudência e à futilidade está sempre a um passo de escravizá-las, submetê-las a uma obediência primeiro forçada, depois aquiescida".
A mobilização das massas, quando ocorre por ocasião da guerra de libertação, introduz em cada consciência a noção da causa comum, de destino nacional, de história coletiva. Assim, a segunda fase, a da construção da nação, vê-se facilitada pela existência desse morteiro moldado no sangue e na cólera. Então compreende-se melhor a originalidade do vocabulário usado nos países subdesenvolvidos. Durante o período colonial, convidava-se o povo a lutar contra a opressão. Depois da libertação nacional, ele é convidado a lutar contra a miséria, o analfabetismo, o subdesenvolvimento. A luta, como afirmam, continua. O povo percebe que a vida é um combate interminável.
A violência do colonizado, como dissemos, unifica o povo. Na verdade, em virtude de sua estrutura, o colonialismo é separatista e regionalista. O colonialismo não se contenta em constatar a existência de tribos, ele as reforça e diferencia. O sistema colonial alimenta as chefaturas e reativa as velhas confrarias de marabus. A violência, em sua prática, é totalizante, nacional. Por esse motivo, traz no seu íntimo o aniquilamento do regionalismo e do tribalismo. Da mesma forma, os partidos nacionalistas mostram-se particularmente impiedosos com os caides e os chefes tradicionais. A eliminação de ambos é um pré-requisito para a unificação do povo.
As massas reclamam sobre a postura tomada pelos seus governantes mas, se esquecem que estão no governo graças a elas
Um dos grandes males desde a constatinização da igreja a partir do 3º século é que as massas estão sendo discipuladas para frequentar igrejas e seguir doutrinas e confissões de fé humanas em detrimento do Evangelho.
Na infância, moldava massinhas coloridas com as mãos. Hoje, moldo massas cinzentas com as palavras.
Sobre a manipulação das massas: havendo alguma dúvida entre manter o pão e o circo, priorize o circo.
As massas nunca sentiram sede pela verdade. Eles se afastam dos fatos que não gostam e adoram os erros que os apaixonam. Quem souber enganá-las será facilmente o seu dono; quem tentar desiludi-las será sempre a sua vítima. Isto revela a vulnerabilidade da coletividade à manipulação e a resistência à verdade. Para mudar, é necessário cultivar o pensamento e a busca por conhecimento, valorizando a verdade acima das ilusões confortáveis.
O dilema das massas é que se unem com vigor para derrubar um regime, mas, ao conseguirem, ironicamente não percebem que acabam sendo escravizadas, presas nas correntes de outro sistema.
"Demais, pode fazer-se desaparecer um homem, mas não se faz desaparecerem massas; podem-se queimar livros, mas não se podem queimar Espíritos. Ora, queimem-se todos os livros, e a fonte da doutrina não se menos inesgotável, porque não se encontra na terra, surge de toda parte e cada um pode captá-la."
Allan Kardec.
Massas tendem a se achar mais espertas que seus respectivos governos, mas se fossem mesmo espertas, não existiriam governos.
"Quando a opinião das massas sobre questões éticas é levada a sério, é sinal de que a sabedoria está socialmente morta".
Nesses países, nas tais "democracias", o povo não é, de forma alguma, o principal foco de atenção. O que realmente importa, é a existência desses grupos de "democráticos". Isto é: a existência de algumas centenas de pessoas que são donos de todas as fábricas e ações e que, por último, lideram o povo. Eles pouco se importam com a grande massa.
Muitas vezes aqueles que mais falam de democracia, direitos, justiça social são os mesmos que se utilizam de discursos ideológicos, com claro intuito de manipular as massas, usando sempre a retórica acusadora e recheada de termos como ditadura e tirania. Entretanto, são eles mesmos que denigrem e adotam a ameaça como ferramenta política.
“A ignorância dos pseudointelectuais faz com que eles sejam massa de manobra de tiranos que manipulam a maneira de pensar do povo através do racionalismo corruptível dos seus argumentos e da admiração do senso comum às rebuscadas palavras do "dito intelectual.”
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