Máscaras
O manipulador sempre se fará de vítima
Até o momento que as máscaras caírem
…ainda assim, continuará segurando.
Máscaras do apresentável
Há sempre uma oportunidade, um convite à observância do nosso homem interior, pois se o deixarmos ao tempo, o tempo o tornará estranho até mesmo para nós.
Quem não molda seu interior acaba se acostumando às máscaras do apresentável, passando a viver em uma constante emulação do subjetivo, ou seja, uma intimidade oportunista e concomitantemente contraditória.
Cuidado com àqueles cujas máscaras são tão bem ajustadas que se fundem à própria pele. Com sorrisos forçados e abraços fingidos, eles tecem redes de intrigas e ilusões. A falsidade é sua moeda de troca, a mentira seu manto de proteção. Camuflam-se entre nós como camaleões, prontos para apunhalar pelas costas aqueles que confiam em suas palavras suaves.
📩
Serpentes sem máscaras trocam de pele.
A origem de um pássaro revive nas cinzas.
Felinas não ingerem leite, conservam as garras e os dentes.
Ficou fácil falar um oi...
Hoje vivemos num mundo de mascaras e aparências, de verdades nem tão verdades assim, a ilusão se faz presente em quase tudo de nossos dias.
Somos bombardeados diariamente com muitas mentiras, falsas verdades, falsos contextos que nos levam a acreditar que aquilo é correto. Somos carentes de contato, nossos amigos são pela telinha, são virtuais. Nossas conversas são sem contexto, mas tidas como fundamentais. Na realidade precisamos estar conectados, mas há quem ou o que estamos conectados.
Conectados através de um aparelho frio e insensível que apenas serve para escravizar do que realmente ligar há alguém. Nada mais fácil do que apertar uns botões e já estamos falando com alguém, mas será isso suficiente mesmo?
As vezes conversamos com alguém mais por obrigação que por necessidade, ficou fácil falar rapidinho com quem não toleramos, ficou fácil ignorar com quem não queremos conversar e ter por perto. Mais fácil ainda apenas falar um oi para um parente chato, um amigo que nos procura, mas não nos interessa mais. Fácil selecionar com quem falo e o que falo. Enfim, fácil demais...
Modernidade sim, desenvolvimento sim, nada contra, mas ao fazer um aparelho ser mais importante que uma pessoa humana ai é demais.
Esquecemos dos filhos, esquecemos dos velhos, esquecemos de tudo, mas do celular nunca. Nossa vida está resumida hoje há um aparelho de dimensões cada vez mais reduzidas e cada vez mais poderoso e cada vez mais onipresente em nossas vidas. Em muitos casos, ele passa a ser o centro das atenções em tudo, ficamos dependentes, não de sentimentos por alguém, de carinho, mas por uma máquina que é fria e insensível.
O contato gostoso de uma conversa frente a frente, vem aos poucos desaparecendo, os prazeres de uma amizade fraterna ser convivida pessoalmente e fisicamente, está a cada dia mais distante. O abraço, a simples presença, está sendo descartada por algo mais moderno, mais desenvolvido, conversas apenas pela telinha e envio de figurinhas de coraçãozinho e beijos. Enfim... mais fácil de lidar não é mesmo?
Quando precisar de um carinho e um abraço gostoso e aconchegante numa hora difícil... Simples... abrace o celular! se ele vai retribuir, aí é outra conversa.
Quem sabe compreenda que ele foi feito para facilitar as coisas, seus contatos, seus amigos, seu amor, mas, ele não substitui em nada o calor humano de um contato físico de quem você gosta e de quem gosta de você.
Não há mais espaço para as antigas máscaras, que um dia eu usei para me esconder. Hojeeu sou livre, não há mais amarras, enada do que fui pode me prender.
Sou um livro em branco pronto para escrever, um jardim a desabrochar, uma história a contar, enada do que fui pode me deter, nada do que fui me veste agora. Pois a alma que habita em mim é outra, é diferente, é capaz de sentir novas emoções, de amar de formas inéditas, de enxergar a vida com mais cores, e de vivê-la de modo mais autêntico.
Assim como as roupas se desgastam, também meus antigos padrões foram se desfazendo, se desmanchando, e dando lugar a novas sensações, poisagora eu sou livre para me reinventar, para encontrar um novo agora. A beleza está nessa evolução, em se permitir mudar, em se permitir ser outra versão.
A vida é um eterno renascer, uma metamorfose que não para, e a cada dia que passa me torno mais eu. Livre, autêntico, fiel somente ao meu eu. As águas que fluem nunca são as mesmas. E é na dinâmica do vir a ser, que encontramos a nossa verdadeira razão de viver.
Benditas máscaras,todos nós usamos máscaras,indispensáveis máscaras que no final do dia são retiradas e deixadas como um peso,um sacrifício,ou uma pena propositalmente buscada por nós,daí ao desfecho noturno dos olhos são retiradas e penduradas em nossas cabeceiras como um fardo,uma arma,um escudo ou uma covardia e nos vemos como realmente somos ou como não queríamos ser!
Querença
Visto máscaras e máscaras tiro
expresso um rosto indefinido.
Fugindo de um olhar perquiridor
um riso esboço, um riso descontente,
um riso debochado, um riso carecente
de apreço, de afeto e de ardor.
E o sorriso é um lampejo de querença
que a fragrante existência exige.
E aí me apertas em teu peito arfante
e me voltas o teu olhar tenaz
buscando o meu olhar fugaz.
Meu frenético olhar se enleia
e reluz o amor que me incendeia
inebriando minha alma sedenta.
Alma saciada, esboça-se um novo riso
agradado, animado, apaixonado.
Umbelina Marçal Gadelha
A depressão é como um baile de máscaras, porém são das máscaras caindo e mostrando o verdadeiro lado da vida, o lado que todos escondem.
Eu daqui ligando pontos, pontilhando, tracejando eencaixando máscaras
e você daí tentando desvendar o que há por trás delas.
Será que no carnaval as pessoas colocam ou tiram as máscaras? E por que tanta gente ataca essa festividade, o que todo esse ódio oculta?
Durante muito tempo eu usei máscaras para esconder quem de fato eu sempre fui, talvez eu ainda as use, por puro hábito de viver no esconderijo, mas isso não é definitivo.
Eu menti para mim mesma e menti para os outros, até perceber que preciso estar em lugares onde eu seja eu, a começar por minha própria casa, que é o meu corpo.
Morando em mim, aceitando que estou em um processo de mutação constante, eu vou me fazendo nova, até que eu me olhe no espelho da alma e diga: você é uma grande construção, alma leve e coração.
Se me olhares além das máscaras, Verás muito mais do que um rosto e,
E das marcas de um inevitável passado, Concedendo o reencontro do infinito,
Com teu corpo a-abrigo.
Há pessoas que usam máscaras. E há pessoas que não usam máscaras.
Mas com o tempo mudam, e mudam pra pior. Por que o seu "EU" não é
um simples utensilio de fachada pra esconder - São aquilo toda hora depois que mudaram.