Máscara
Máscara de Cores
No abismo do fundo escuro,
um rosto emerge, translúcido e puro.
Linhas vibrantes dançam sem fim,
tecendo segredos de um ser em mim.
Círculos que gritam em cores,
emolduram silêncios, ressoam dores.
Nos olhos, estrelas tímidas a brilhar,
contam histórias que não vão calar.
No centro, o preto abraça o caos,
o coração partido que insiste em ser farol.
Entre luzes e sombras, a alma se refaz,
cobrindo o vazio com o arco-íris da paz.
HMT
Ninguém tem o privilégio de ser si mesmo o tempo todo, na maioria das vezes somos as nossas mascaras!
Consumismo é o ato em que, sob uma máscara tristonha, o indivíduo, oculto por ela, desdenha de uma visão primitiva de que a felicidade decorre apenas de acumular e possuir poder e desejos. Consumismo não é viver, mas sim desistir dele, empoderado por uma força invisível que não existe, mas que coexiste nesse ser, infligindo danos no ciclo que ambiciona como parasita.
Um desejo de sumiço:
As vezes tudo o que eu queria era desaparecer
talvez com uma máscara esconder o rosto para que ninguém possa ver
a vergonha me assola dia após dia
A minha aparência me destrói, minha autoestima não existe mais, já não sei o que é se sentir bem
Ó Deus, por favor, eu não mereço viver com essa dor
acabe com ela, ó todo poderoso, apague minha existência
suma com tudo que um dia já teve o desprazer de me conhecer
o desprazer de ter um pouco de mim, de saber que essa figura fútil, irrelevante e desinteressante um dia já pisou nessa Terra.
Cristo, em nome do pai eu suplico:
‘me faça nunca ter nascido’.
"Você só será visto
se sua máscara for espelhada,
se o seu reflexo ficar escondido
e a única imagem visível
for a de quem te vê..."
Tem gente que mesmo passado período pós pandemia vai continuar usando sua máscara. Não tem como desvincular. Já nasceu com ela.
Não sei com que rosto ou com que máscara hei de sorrir se precisasse de o fazer. Não me lembro quando foi a última vez. Nunca precisei de sorrir fosse a quem fosse. Tenho o rosto que sempre quis. Não foram as circunstâncias que o moldaram. Moldei-o com as minhas próprias mãos.
"Nunca foi feio ser verdadeiro, feio é ficar se escondendo atrás de uma máscara querendo ser o que você não é."
O futuro é uma máscara do presente, uma ideia. Enquanto não vivemos o futuro, presume-se que ele não existe.
Todo mundo esconde um super poder com medo de ser visto como diferente. Tire a máscara e celebre o inesperado. Hoje, os heróis precisam revelar suas verdadeiras faces.
Carnaval sem máscara
Carnaval dia de folia e alegria, Como uma forma de se expressar com roupas e fantasias a melhor coisa é brincar sem se preocupar
Pois no carnaval a gente vemos gente de máscara mais o que não percebemos os riscos que se esconde, se carnaval não tivesse máscara não teria graça
Não importa o que a gente faça pois o carnaval nós cerca em um pleno happy day.
Em blocos vamos pular, dançar com a alegria vamos abrir alas que lá vem, lá vem, vem para nós divertirem, nós alegrar vamos dançar?
O sorriso, mesmo atrás da máscara, é um reencontro de almas.
Pois há corações que se tocam com o amor divino, sem a necessidade da atração carnal.
Amizade, respeito, sabedoria de enxergar no outro o que queremos para nós mesmos.
E aquele contato na esquina do bairro, de longe, apenas com olhar de reconhecer o outro, traz um alívio para a nossa carência em época de reaprendizado do ser.
Que tal viver os sentimentos em vez de mascará-los?
Viver as melhores emoções são a própria essência da alma.
E para quem se permite em sua pureza baseada no amor, ela é mais que curativa. Torna-se guia da nossa trajetória evolutiva.
Quando a consciência maior se desperta para essa conexão, a leveza do ser se torna uma doce constante.
E todos os desafios que nos ocultam o chão um dia ou outro, se tornam em firmes passos nos degraus da arte de percorrer na trilha da eternidade.
A máscara de hipocrisia de um líder déspota só é vista por quem não está preso às suas redes sociais.
MÁSCARA:
Sob sol a pino, em meio à multidão,
O astro de face dupla, feições interrogativas e sorriso pálido,
Em um ritual...
Em instantes nos transporta ao mundo surreal.
Mergulhados nos movimentos rítmicos do artista.
De tal forma a levitarmos, migrar à outra dimensão.
Regressei ao espelho onde meu pai extraia sua pele
No silêncio de repetitivos movimentos verticais da gillete.
Que me gritava indagações ao futuro!
Assim se ouvia à expressão corporal do mambembe
Que cantava, encantava e decantava sua alma.
Não ouvia-se o som de sua voz,
No entanto bastava para compreender suas palavras simplórias e silenciosas,
Que me transportara à àquele mundo de imaginações.
Ante a mimica que nos expressava explicita tristeza,
Nas exclamativas lagrimas que borrava sua pele,
Nas piruetas a expressar pérfida alegria.
Nos movimentos lentos e circulares das mãos
Encenando a mulher que carrega outra pessoa.
Naquele instante, todos nós, éramos um só,
Não se ouvia as agruras do realismo...
Em meio à multidão, me senti único, envolvendo-me visceralmente.
Ao fantástico mundo dos mitos.
Pois que o artista deixara seu corpo cair inerte nos sugerindo a viagem.
Ato continuo, com a sutileza de uma pluma, recobra a vida pondo fim ao rito.
Decido ficar um pouco mais e assistir ao encantado ato do mambembe...
Despindo-se, traveste-se de sua pele natural e segue seu mundo real na busca de novo ritual.
Suspendi meu olhar vislumbrando o iluminado ser em seu mais fútil personagem.
Um rosto a mais na multidão. Sem fala, sem cara e sem canto...
E definitivamente me perguntei: O que seriamos sem esses mitos e seus rituais?