Máscara
Da própria desgraça...
O povo faz graça...
Esconde seu rosto ...
Atrás de uma máscara...
É Pierrot... é Colombina...
Melindrosa na esquina...
Vestindo a alma sorrateira...
Tudo se acaba na quarta-feira...
Mesmo que ainda não queira...
Vestidos coloridos...
Corpos retorcidos...
Ao som de músicas alegres...
Copos cheios...
Desejos...
Um brilho se faz...
Contumaz...
Nosso verdadeiro desponta...
Na cabeça que gira...
Na alma vazia...
No corpo que clama...
Da sofreguidão a chama...
Nessa hora tudo é querer...
Mesmo sem poder...
É lícito...
Será que me convém um gemido?
Façamos de conta que tudo vai bem...
Seus confetes e minhas purpurinas...
O quarto não tem paredes...
A cama lama...
Sem carência de malícia...
Aonde deixei minhas plumas?
Tanto tempo no vai e vem...
Que continuo à deriva...
Subindo e descendo...
Já não sou nada...
Já não sou ninguém...
Breve, forte, verdadeiro...
Amor de tempestade...
Foi consumado...
Trouxe felicidade...
#É #carnaval...
Não me leve a mal...
Sandro Paschoal Nogueira
Elas não tem coragem de ficarem nuas
Sim, as pessoas andam vestidas com roupas duvidosas, mascaradas com medonho gestos que o oculto aprecia, o caráter é sucumbido pela aurora das circunstâncias, habitam suas vozes em um telhado frágil e quando a verdade cobra uma posição vem tal revelação, vagando pelos escombros e vielas, avenidas e ruas, elas não tem coragem de ficarem nuas.
Mas um bordão que até a bíblia diz, tudo que se declara na escuridão é apresentado nas esquinas da vida, e o jeito peculiar que se implica, na mais sagaz astúcia adquirida, no mais profundo que causa ferida, a vida apresenta se essa multidão, surpresa com as calças na mão, revelando se a intimidade, toda máscara oculta, toda maneira fajuta, gritar aos ventos, a justiça da vida apresenta, toda vaidade, vem à tona, a loucura da verdade.
Giovane Silva Santos
As Sete Aberrações
III - A Máscara
Ele não veio com uma provação, não veio vestido de horror. Ele sequer veio, na verdade. Já estava lá. Na escuridão profunda de meu quarto, seu rosto parecia flutuar no nada, pálido, com um sorriso discreto e fechado. O encarei como me encarava. Fiquei assustado e confuso com aquilo, não se aproximava, não proferia qualquer palavra, apenas sorria, com um sorriso aparentemente falso, até mesmo perturbador.
Os minutos estenderam-se dessa forma. Devo ter parado de me preocupar, devo ter me acostumado ou perdido o interesse de saber o que aquela criatura queria, ficando ali, não fazendo nada a não ser observar fixamente.
Minhas pálpebras começaram a pesar, enquanto dava longas piscadas de sono graças às noites mal dormidas. Meus olhos começaram a se fechar definitivamente, minha visão se embaralhando lentamente, então, algo chamou minha atenção, o suficiente para me tirar daquele transe de sonolência: um soluço surpreso, quase assustado, veio daquele rosto flutuante, que por sua vez, finalmente movera-se um pouco em minha direção, abandonando o falso sorriso e adotando uma expressão de surpresa, como se observasse ainda mais atentamente agora.
Assim ficou mais do que claro, que não deveria dormir, ainda havia algo que deveria fazer, talvez, fosse eu quem deveria tomar a palavra?
A criatura retomou o falso sorriso, enquanto me dava conta de que sequer havia tentado dialogar. Observei mais atentamente aquele rosto. Sua expressão não era tão incomum a meu ver.
Pensei em todas as vezes que sorri, para não demonstrar fraqueza, ou não preocupar meus amigos, familiares, a pessoa amada, ainda que, tudo que mais precisava, íntima e secretamente desejava, era que alguém se preocupasse o suficiente para perceber o péssimo ator que eu era. Nossa... E que péssimo ator eu era. Definitivamente, você não é estranho a mim. Finalmente, decidi quebrar o silêncio:
"Está tudo bem?" Perguntei, enquanto ainda encarava a aberração nos olhos.
Aquela expressão tornou-se, de um sorriso falso, a mais uma vez uma expressão de espanto, surpresa, seguido de lágrimas banhando a pálida face, que adotou mais uma vez um sorriso, dessa vez, o mais sincero que já havia visto. A face de repente começou a virar-se no ar, ficando de costas, revelando-se ser, de fato, apenas uma máscara.
Tal máscara arremessou-se em meu rosto, não me dando tempo de esquivar, ou ter qualquer reação, então, uma vez vestida, tudo se tornou escuridão. Após o som de quatro badalares, uma voz ecoa naquele vasto, infinito nada:
"Torna-te tão abominável, quando vestes tua máscara, desejando que a tirem por você. Tu suprimes vosso ser, vossa cruz, vossa dor, enquanto desejas incessante que alguém perceba tua angústia e lembre de ti. Esqueces, criança, que vós não sois únicos, ao mesmo tempo que tão diferentes, todo ser humano leva teus próprios pesos, escondendo-os atrás de máscaras ou clamando por ajuda, que seja, mas torna-te aquilo que abomina, quando não se importa o bastante para olhar além de vossa máscara e lembrar que não és o único a estar sofrendo, coloca-te em papel de vítima e não ousa tentar ser herói.
“Hoje, tu passas em meu teste, pequena criatura de problemas finitos, mas, todos os dias, assim como os outros, tu falhas, ao passar por tantas máscaras e sequer percebê-las".
Sentei-me puxando o ar para meus pulmões com todas as forças que tinha. Estava soado, tremendo, tenso. Tal lição fora necessária, mas ainda, chocante, chocante o suficiente para mais uma vez lembrar-me de quão abominável sou, de como tudo que vinha sendo desprezível a meus olhos, também habitava dentro de mim. Percebi finalmente, quão grande aberração eu mesmo vinha a ser.
De um jeito ou de outro a máscara cai. Quando demora a cair, a vida se encarrega de por alguém para arrancá-la da cara de quem a usa para esconder sua verdadeira face, e diante de todos, a vergonha será arrasadora.
era pra ser o que não foi.
e os sorrisos,
como meras maquiagens.
das quais estranhamente
mascaravam toda tristeza embutida.
O grande problema das mulheres super produzidas com cílios, make-up, máscara e transformação é que seu alter-ego se manifesta e elas deixam de ser quem realmente são, perdem sua essência, perdem sua naturalidade, torna-se nada mais que uma persona, uma marionete totalmente controlada pelos olhares da platéia.
DISFARCE
Às vezes disfarçamos o sorriso por trás de uma máscara para escondermos as lágrimas e as dores do coração!
Máscaras
Olha ,pessoas de terno bonito usando uma
Máscara que mascara todas essas más caras
Será que o soldado lembra de todos projéteis que ele dispara?
Pode ter certeza,que quem levou lembra
No meio de meus pensamentos,ilusões,ansiedade há uma auto-critica
Que martelam em minha mente várias idéias cítricas
Minha mente é fonte de várias imagens borradas e assimétricas
Eu gosto dela ela é um tanto...Excêntrica
Acho que eu me julgo demais, há piores ,ou me atrevo a dizer que há idênticas
O que mascara a corrupção, o atraso, a precariedade é a mentira, a escravidão e as festas. Haja oferta de cargos, pão e circo para comprar a tudo e todos...
Se deprimir é cansar da máscara. É destruir o falso ser que se apossa do verdadeiro ser que é o corpo. Deprimir-se é atacar instintivamente as personas criadas no corpo através das repressões e opressões. A depressão é o contra ataque final. Se as personas vencerem o indivíduo morre. Quando ele se mata são as personas que o mataram. Quando ele resiste então sua depressão se torna o si mesmo, anárquico, rebelde e hostil a tudo que se mova contra seu corpo e tudo que há nele.
Há um preço para o Espírito vencer o Eu (Ego Inferior, a persona, a máscara egóica). É um preço terrível, o sujeito será odiado e incompreendido pelo resto da Eternidade. Sente-se a solidão mais terrível do Universo, mesmo quando se está acompanhado.Ninguém compreenderá uma pessoa cujo Espírito libertou-se e tornou até o corpo espiritualizado. Não pensem que o Espírito Liberado é mansinho, isso de mansuetude é com a alma e a alma não é o Espírito. O Espírito é forte, quer destruir. Violência e força, o lema do Espírito... Mas não é uma violência gratuita, não é uma força idiota. Os idiotas não o compreendem, são rasos demais para compreender a profundeza pelágica do Espírito.O Espírito é um Super-Homem. O Espírito é um raio, um raio humano fulminante, é o raio fulminante da sabedoria. Raio da minha sabedoria fulmina-os!
Já se discute quem tem a máscara mais bonita...
Há muito que denoto o retrocesso da mente, dum povo feliz e contente.
É só uma máscara, uma espécie de mecanismo de defesa; Eu tenho coração! O sorriso nem sempre diz que estou feliz! Mas quem se interessa por aquilo que não se pode ver!!? Protesto! Não aceito! Mas quem sou eu!? Imperceptível em meio a multidão... Esse é o meu grito, eu tenho coração!!