Martyn Lloyd Jones

Cerca de 100 frases e pensamentos: Martyn Lloyd Jones

A cruz me diz que nada do que eu possa fazer me porá na condição de reto para com Deus, e que toda a minha fé em mim mesmo e em minhas boas obras, em minha justiça, em minhas boas ações, em minhas belas idéias, não passa de "trapo da imundícia", esterco e refugo.

O homem que conhece melhor a sua pecaminosidade, conhece melhor a graça de Deus. O homem que pensa que há muito pouca coisa errada nele, também acredita que pode endireitar-se facilmente, e com isso mostra que tem pouco, se é que tem algum, entendimento da graça.

O Evangelho não é algo que nos diz o que devemos fazer para salvar-nos; ele nos diz como Deus providenciou e produziu o Seu único método de salvação e como Ele o aplica.

"Minha opinião acerca de tudo o que me acontece deve ser regida por estas três coisas: a compreensão que tenho acerca de quem sou, a consciência que tenho de para onde vou e o conhecimento que tenho do que me espera quando eu chegar lá."

A fé se recusa a entrar em pânico.

Proclamamos definitivamente o que somos, não pelo que dizemos, e sim pelo que fazemos.

Se eu e você simplesmente tivéssemos a percepção de que onde quer que estivermos, e o que quer que fizermos, Deus nos estaria vendo, isso transformaria as nossas vidas!

Não podemos estar cientes da nossa necessidade de redenção, sem o Espírito Santo; na verdade, não podemos crer sem a operação do Espírito Santo.

Como cristãos, não devemos ficar apavorados, jamais.

O nosso combate sempre deve ser travado de maneira espiritual. Toda a armadura de Deus é providenciada para nós. Assim, asseguremo-nos de que estamos revestidos de toda a armadura de Deus, a qual é, em última análise, o entendimento e a aplicação da verdade do Evangelho.

No Sermão do Monte não nos é recomendado: "Vivei deste modo e vos tornareis cristãos." Pelo contrário, somos ali ensinados: "Visto que sois cristãos, vivei deste modo."

Quando o ego assume controle sobre nós, inevitavelmente acontece uma coisa. O nosso coração começa a controlar a nossa cabeça.

Ou você se submete completamente a essa autoridade (a Bíblia), ou então a opinião de um homem é tão boa como a de qualquer outro - e isso significa que você fica sem nenhuma autoridade.

No momento em que você começa a enfrentar o inimigo argumentando com a sua própria razão e com seu próprio entendimento, você já está derrotado. Ele o vencerá todas as vezes.

Nunca devemos permitir que a agitação ou a perturbação nos controlem, não importa quais sejam as circunstâncias, porque fazer isso implica em falta de fé, falta de confiança em nosso bendito Senhor e Deus.

Se tão somente você reprime uma tentação ou o primeiro impulso de pecado no seu interior, provavelmente ele irá surgir com mais força ainda. Nesse aspecto eu concordo com a psicologia moderna. A repressão é sempre ruim. "Bem, o que você faz?", alguém pergunta. Eu respondo: "Quando sentir o primeiro impulso do pecado, repreenda-se e diga: "É claro que eu não tenho absolutamente nada que ver com isso". Desmascare a coisa e diga: "Isso é demoníaco e mesquinho, foi o que tirou o primeiro homem do paraíso". Expulse-o, olhe para ele, denuncie-o, odeie-o pelo que ele é; então na verdade você tratou dele. Você não deve, simplesmente empurrá-lo para baixo com espírito de medo, de uma maneira tímida. Coloque-o em cena, exponha-o, analise-o; e então o denuncie pelo que ele é até odiá-lo.

A única maneira de nos desligarmos do que os outros possam fazer contra nós ou em favor de nós consiste em nos desligarmos de nós mesmos.

O segredo de uma vida cristã feliz é compreender que é tudo pela graça, e regozijar-se nesse fato. "Assim também vós", diz o Senhor numa outra passagem, "quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer". Esse é o Seu ponto de vista, esse é o Seu ensino, esse é o segredo de tudo. Não era esse o Seu modo? Era, de acordo com o apóstolo Paulo, que disse: "Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus". Vocês entendem o que isso significa. Ele não olhou para Si mesmo, Ele não pensou em Si mesmo e nos Seus interesses; Ele deixou de lado Sua reputação, deixou de lado as insígnias da Sua eterna glória. Ele não considerou Sua igualdade com Deus algo a que devesse se agarrar, dizendo: "Aconteça o que acontecer, não vou largar". Ele não fez isso. Ele o deixou de lado, Ele Se humilhou, esqueceu-Se de Si mesmo, e enfrentou e suportou e fez tudo o que fez olhando somente para a glória de Deus. Nada mais importava para Ele, apenas que o Pai fosse glorificado, e que homens e mulheres viessem ao Pai. Esse é o segredo. Sem olhar para o relógio, sem avaliar a quantidade de trabalho, sem manter um balanço, mas esquecendo tudo exceto a glória de Deus, o privilégio de ser chamado para trabalhar para Ele, o privilégio de ser um cristão, lembrando somente da graça que olhou para nós e nos removeu das trevas para a luz.

Por que somos como somos? Por que há tantas falhas em nossas vidas, e tanto pecado? A resposta acha-se aqui: simplesmente não conhecemos a Deus! "Pai justo", disse o Senhor Jesus, "o mundo não te conheceu; mas eu te conheci" "Oh", disse Ele, "se eles tão somente te conhecessem, não viveriam como vivem, mas não te conhecem!" Eles falam de Deus, e argumentam, mas não O conhecem. "Pai justo, o mundo não te conheceu." Mesmo conosco, que somos cristãos, o problema é que não conhecemos a Deus. Esqueçam das suas fórmulas, esqueçam-se de si próprios, e daquilo que os está mantendo na fossa. Não é esse o seu problema. A sua natureza é corrupta, e se vocês se livrarem desse problema particular, terão alguma outra coisa contra o que lutar. O verdadeiro problema é que não conhecemos a Deus. Os homens que buscavam a Deus e buscavam a Sua face é que foram mais santos. O de que necessitamos primordialmente não é de alguma experiência, é deste conhecimento de Deus, dos atributos de Deus - Sua glória, Sua inefabilidade, Sua santidade, Sua onipotência, Sua eternidade, Sua onisciência, Sua onipresença. Se eu e você simplesmente tivéssemos a percepção de que onde quer que estivermos, e o que quer que fizermos, Deus nos estaria vendo, isso transformaria as nossas vidas!

Quais as características do insensato? A primeira é que ele vive com pressa. Os tolos estão sempre com pressa; querem fazer tudo de uma vez; não têm tempo para esperar. Quantas vezes a Escritura nos adverte contra isso! Ela nos fala que o homem piedoso e reto não se precipitará. Ele nunca se rende à agitação, à excitação e à pressa.