Martelo
Martelo Dialético
O jejum evangélico mostra que a religião é o ópio do povo! É "a filosofia" da miséria, fazer jejum para pagar o dízimo e comprar álcool gel untado, quando por outro lado é certa "a miséria de filosofia" que não transforma o mundo que o vírus transformou e uniu os trabalhadores do mundo, sem dar as mãos nem fazer greve, destruíram o capitalismo, com o seu liberalismo do Estado mínimo para o máximo, para não deixar ou fazer com "que os mortos enterrem seus mortos" e mostrar que "de repente tudo que é sólido desmancha no ar"!
A culpa é como um martelo contundente na nossa consciência.
Provoca uma sensação dilacerante e deixa marcas profundas na nossa existência.
E para tornar a complexidade em simplicidade é necessário a libertação da culpa.
Mas para a liberar temos que deixar voar os ressentimentos e fazer deles uma viagem só de ida, mutando para uma plena realização pessoal.
DESCONSTRUÇÃO
Demétrio Sena - Magé
Hoje estou um prego, de tão chato. Bati o martelo e não quero papo com ninguém. Se minha cabeça entrar em parafuso, preciso estar desacompanhado. Chaves de fenda não poderão me ajustar. Tem entrado muita areia em meus planos e, na verdade, quero apenas manter o nível de minha solidão.
Tanta pá de cal sobre os meus projetos vêm doendo além do que suporto. Chega de tapar o sol com a peneira e dizer que a vida é bela! Se me der na telha, nunca mais dou as caras na rua! Tive uma vida inteira de ilusões, quase nada foi concreto, porque de tudo que fiz, quase tudo foi poesia. Poesia triste. Guardo as tintas e o pincel de pintar melhores tempos até nas boas horas. Não quero mais rolo com esperanças falsas. Entregarei de bandeja minhas forças vencidas, entre baldes de lágrimas que acumulo.
Até pouco tempo, as coisas ainda eram meio barro, meio tijolo, mas agora nem isso. Olho para a serra e vejo serra elétrica. Pro céu, e vejo a laje fria de minhas limitações. Tudo requer demolição. Preciso desconstruir as velhas expectativas, do teto ao piso. De cabeça enxada, só sei ver que tudo foice.
“A certeza é que a espada da justiça é divina, do ser humano a mão do julgamento sem martelo.”
Giovane Silva Santos
Nenhum martelo acadiano me parece um sorriso, um velho medo, um velho preto, um velho Chico
Índio cinzeiro! Índio plantar... E ver se vai brotar