Mario Quintana fim e Começo

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O tráfico atlântico de escravos criou novas identidades tanto no Brasil quanto no continente africano.

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A contínua chegada de africanos fez com que os escravizados e libertos que aqui estavam sempre se atualizassem das notícias da África e dos costumes que por conta do contato com o Brasil estava se modificando.

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Para certos muçulmanos que viviam no Império do Brasil viver numa terra governada por não-muçulmanos e ainda por cima serem perseguidos por sua crença era intolerável. Daí muitos terem migrado para a África quando tiveram a oportunidade ou se rebelado contra o governo. Uma destas revoltas foi a dos malês em que o componente da jihad, mesmo João José Reis dizendo que não, estava presente tanto na revolta em si quanto em seu livro Rebelião Escrava no Brasil: a História do Levante dos Malês (1835).

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A obsessão por papel higiênico neste momento é sintomático do estágio no desenvolvimento psicossexual em que se encontra o presidente. Não é por acaso que seu guru se encontra no mesmo estágio.

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O Estado norte-americano passou meio século (1941-1991) lutando, em muitos casos literalmente, pelo liberalismo contra o nazifascismo e o comunismo para agora aparecer anarcocapitalistas dizendo que o Estado não é necessário.

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No século XIX Nietzsche diagnosticou a morte de Deus, mas as armas utilizadas no deicídio (a ciência e a razão) se tornaram objeto de culto. É preciso usar o martelo mais uma vez para destroçar o altar no qual se encontra e depois dar uma marretada na própria cabeça para tirar de si a ideia de crença surgida na mente humana há mais de 12 mil anos.

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As conquistas de Alexandre III da Macedônia levaram a cultura grega até as margens do rio Indo. Após sua morte o império por ele construído se dividiu em vários reinos comandados por seus generais. Um deles era o reino Greco-Bactriano (250-130 AEC) localizado no Afeganistão e Paquistão atual. Na região de Gandhara, no norte do Paquistão atual, floresceu a arte greco-budista que depois se irradiou para o resto do resto do subcontinente indiano influenciado a arte gupta e máuria. Algumas das características dessa arte são o Buda de pé em posição apolínea, o nó superior no cabelo, o uso do himation (uma túnica ondulada semelhante a uma toga que cobre os dois ombros), a presença de Héracles como protetor de Buda, o cabelo encaracolado e estilizado, a auréola e o realismo artístico.

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É próprio do ser humano querer atribuir características suas para agentes não-humanos. Daí o fato de pessoas dizerem que o vírus veio para nos ensinar a importância do contato humano, aproximar as pessoas, não correr atrás de dinheiro, pensar no próximo e menos em si. O problema é que o vírus sequer pensa; ele só segue uma única diretriz: se replicar o máximo possível.

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O cérebro humano, assim como o dos outros animais, evoluiu para lidar com problemas imediatos. O cérebro humano é capaz de simular possíveis realidades futuras, mas não damos o devido valor para tal capacidade. Agimos de forma imediatista, emocional, instintiva, automática e estereotipada. Enquanto o vírus estava lá na China poucas pessoas do lado de cá do globo deram a importância devida. Somente quando o vírus chegou bem perto de nós é que começamos a nos preocupar e tomar medidas para tentar mitigar o estrago feito por nossa inação entre os dois primeiros meses do ano. Não é culpa nossa. Nosso cérebro é deste modo, pois se nos preocupássemos com todo tipo de problema futuro possível não conseguiríamos viver. Contudo, desde os primórdios há grupos de pessoas cuja principal função é tomar as melhores decisões para a comunidade tendo como base alguma tecnologia. Antigamente era o xamã, enquanto hoje é o cientista. O primeiro consultava os espíritos durante o transe, enquanto que o segundo usa modelos matemáticos e inteligência artificial. Desde os últimos dois meses do ano passado médicos e cientistas chineses já sabiam do novo coronavírus, um artigo científico de 2007 alertou concluiu que o consumo de morcegos representa uma bomba relógio e uma IA enviou uma notícia sobre o surto no último dia do ano passado. Enquanto, bilhões comemoravam a passagem do ano uma IA sofria do complexo de Cassandra. A pandemia vai passar, mas quando isto acontecer devemos mudar o modo como pensamos.

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Tanto na série The Walking Dead quanto na série sul-coreana Kingdom (as 2 estão disponíveis na Netflix) o grande problema não é a ameaça zumbi, mas a ausência de um Estado forte capaz de derrotar a horda de mortos-vivos. Na primeira os zumbis são secundários ao conflito entre humanos, pois somente quando um grupo conseguir controlar todos os outros presentes no que um dia foi os EUA é que a ameaça zumbi poderá ser combatida de forma eficaz. O problema é que há muitas armas e isto impede a hegemonia de um grupo específico. Já na série da Coreia do Sul o grande problema é que as armas são monopólio da aristocracia de modo que a população civil só pode contar com a benevolência dos nobres ou fugir para o mais longe possível. Aqui o problema é a corrupção de certos nobres que os afastam do dever de cuidar dos mais pobres. Na verdade, é a corrupção aristocrática que causa o surgimento e disseminação dos zumbis. Assim, somente quando o príncipe herdeiro, que encarna o ideal de governante justo, entra na batalha é que tanto a corrupção palaciana quanto os zumbis são derrotados. É sintomático que somente após a morte e fuga dos nobres corruptos é que os mortos-vivos são vencidos e de que os zumbis só surgiram após o enfraquecimento e corrupção do Estado.

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Sob o pretexto do combate ao tráfico atlântico de pessoas a Coroa Britânica se tornou dona da maior parte da África.

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Houve quem fosse no século XIX contra a escravidão por motivos religiosos como William Wilberforce. Todavia, a postura do governo britânico não era tão altruísta. A pressão que exerceu no Atlântico sul pelo fim do tráfico humano da costa africana para o Brasil tinha como um de seus objetivos aumentar o preço do açúcar brasileiro que era mais barato do que o açúcar das Antilhas britânicas e da Índia. Outro objetivo era que o Brasil se convertesse num país de trabalhadores assalariados que pudessem adquirir produtos britânicos. Por fim vale dizer que a Coroa Britânica pouco ou quase nada fez para acabar com a escravidão na própria África e no Oriente Próximo. Interesses econômicos foram mais fortes que os humanitários.

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Os otomanos temiam que a Cristandade se unisse, mas quando ficou claro que isto não aconteceria o avanço turco se tornou irresistível. Somente às portas de Viena é que tal expansão se deteve.

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Uma das ironias do cerco de Constantinopla em 1453 é que os otomanos usaram sinos derretidos para fabricar os canhões com quais assediaram a cidade.

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A divisão do Império Romano em duas partes foi um dos fatores da posterior divisão da Cristandade.

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A erupção do vulcão Kuwaé em 1453 alterou o tempo em várias partes do mundo. Os efeitos de tal mudança fizeram com que Constantinopla, durante o cerco, vivenciasse fenômenos como luzes e nevoeiros que foram interpretados como a retirada da proteção divina da capital do que sobrara do Império Romano.

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Uma coisa que as mulheres devem aprender é que homens machistas não mudam: eles continuarão a tratar mulheres como objetos sexuais. O que as mulheres devem fazer é não se envolverem com tais homens e deixá-los sozinhos, apenas acompanhados da própria mão.

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O medo de muralhas se encontrava entranhado no espírito tribal até que um povo descendente de guerreiros nômades, os otomanos, criassem a tecnologia necessária para superar o medo e as próprias muralhas.

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Os hunos não causavam medo apenas pelo rastro de destruição que deixaram por onde passaram, mas também pela aparência tendo em vista que eles praticavam a deformação do crânio por motivos religiosos.

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Mudanças climáticas pioraram a vida nas estepes da Ásia impelindo povos nômades a buscarem lugares melhores para se viver. Como resultado de tal migração a parte ocidental do Império Romano foi tragada pelo afluxo de povos germânicos que fugiam dos hunos.

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