Mario Quintana fim e Começo
Minha incompletude provoca ensejos.
Procurar meu eu, em busca de outro Tu.
Minha inconclusividade brota desejos,
De romper os limites, ver o mundo nu.
Não cabem em meu traço
as palavras que escrevo.
Transbordo a borda,
invado espaços.
Sobram excessos
se me atrevo.
Queria ser ferreiro das palavras.
Usar a forja com o poder do ventre.
Parir contorcionismos poéticos.
Mas falta vento...
Falta vento...
Quero palavras que polinizem afeto.
Com sentimentos e acento agudo.
Que extrapolem os muros do alfabeto.
Que extraiam do meu falar verso mudo.
As decisões que tomamos na vida
não são feitas, obrigatoriamente, de certezas.
Mas, devem ser alicerçadas em atitudes.
E, com elas, refletindo sobre ônus e bônus,
construir caminhos.
Se, não há certeza no acerto,
haverá a de se ter tentado.
Havia um homem que habitava numa aldeia, denominada Montes de Alvor. Ficava situada no concelho de Portimão. Esse homem era agricultor tinha vacas, as quais ele tratava. Certa vez disse à sua mulher, que no próximo dia tinham que ir ao mercado do Odiáxere comprar um bezerrinho, para dar em adoção a uma vaca, que tinha parido. Ele pensara que a vaca podia muito bem criar dois bezerrinhos. No dia seguinte foram para feira de gado, levando a sua carroça com a mula, como meio de transporte. Compraram o bezerrinho e voltaram para casa, com o animalzinho, dentro do "carro de Besta". Quando vinham na estrada, encontraram outro homem a conduzir outra carroça. E nesta carroça ia um vaca atada atrás da mesma, do lado esquerdo do meio de transporte . Então o homem do bezerrinho vendo o que se estava a passar e temendo que um veículo a motor batesse na vaca, deu um conselho ao dono da vaca, "Amigo ponha a vaca no outro lado do carro, pois não é tão perigozo" O homem mudou a vaca para o lado direito da carroça. Entretanto o homem do bezerrinho passou à frente, mas mais à frente voltaram a encontrar-se. O que tinha dado o conselho perguntou ao outro " Amigo foi bom o meu conselho?" O outro respondeu: " Sou do concelho do Odemira" O homem do bezerrinho nunca esqueceu esta história "do concelho do Odemira" , sempre que recordava, recordara também o muito que riu quando o outro não entendeu o que lhe foi perguntado.
Mário Dias
Mudam-se os tempos, mudam-se os ventos.
Mudam os homens e vêm os tormentos,
neste continuo grande muito mudar ...
Porquê ao mundo tantá mudança dar?
Se ao bem nós fossemos parar,
isso seria certo e de muito louvar.
Mas os homens mudam no seu mandar,
mas só vêm isto, mesmo só estragar!
De mal vai-se para pior, no estar,
para onde vamos nós caminhar?
Com mudança que não descansa.
Eu queria mas era ao céu chegar!
Aí não há mal algum a nos tentar.
E do bem ninguém se cansa!...
Estou habituado a lidar com vítimas do terrorismo psicológico que assola as religiões pentecostais. Ali pastores (e as modernas "pastoras") sem escrúpulos e sem temor ameaçam com a danação eterna o simples pensar em abandonar suas igrejas. Tudo é motivo para uma "profetada" de improviso com voz alterada para aterrorizar e humilhar a vítima. "MEU SERVOOOO.... EU TE DIGOOOOO.... O INIMIGO TÁ QUERENDO TE DERRRUBARRRR... MAS EU PUS UMA PORTA ABERTAAAAA...." E por aí vai, com o falso profeta ou profetiza sacando da manga o script adequado para cada caso, causando erros grosseiros de concordância para parecer linguagem bíblica, e intercalando com uns grunhidos.