Mario Quintana fim e Começo
Da minha janela…
Poderia falar das nuvens que com as suas cores e formatos diferentes, vão passando mudando a paisagem. Mas decidi falar das saudades que sinto da liberdade.
Não falo da liberdade de poder ir por aonde quero sem estar preocupado com o vírus que circula por aí ou em espalha-lo. Falo da liberdade de poder beijar a minha mãe, de tocar na pele das mãos macias ou secas, dos meus amigos ou das pessoas que alegremente quero conhecer. Nos dias de hoje, reflito no verdadeiro sentido do amor, ele nunca teve nas nossas conquistas financeiras ou intelectuais, porque neste momento de nada nos valem. O amor está nas pessoas, está num simples telefonema a perguntar como estás, num simples meme enviado pra alegrar-te, está em estarmos sentados com a nossa família sem a preocupação de amanhã termos que sair cedo pra trabalhar. Nestes dias a família ganha, porque quando as notícias da TV e as publicações nas redes sociais são sempre as mesma, resta-nos desligar-nos do que é material e colocar a nossa atenção no que essencial, as pessoas e como elas são e o que têm pra nos oferecer. Da minha janela, penso num futuro aonde daremos mais importância a liberdade de não estarmos sós.
A dor no peito, a saudade que você deixou, o amor que você me deu, a atenção dada com muito carinho, o abraço apertado capaz de tranquilizar é um lugar seguro ficar em teus braços, porque partiste para o outro mundo.
"São os Dezembros os reais motores da vida humana, já que as festas tanto engordam alegrias quanto famílias"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"Não há nenhum inocente aqui que possa vir a ser salvo: somos todos diabos."
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"[...] é muito raro encontrar justo o qual não tema a voz rouca da consciência tanto quanto a morte"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"[...] aquele que apieda-se do desvalido, por obrigação, herda seus problemas"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"[...] quem escreve as leis senão alguns poucos que, provavelmente, beneficiam-se delas?"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"Alguns sonetos não aceitam remendos — e, de toda forma, os que aceitam assumem-se lixo"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"[...] quem cega mais que o ódio, distorcendo as lentes dos olhos, fabricando realidade paralela?"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"A coragem não é das drogas de efeito mais durável. Talvez por isso sejam tão custosos os momentos mais longos quando dela precisamos."
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"Pessoas boas fazem, sim, coisas ruins por motivos particularmente bons. Mas quem aposta às cegas?"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"Não há nada mais maravilhoso que o som de risadas cortando o vento…"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
"As injeções de psicotrópicos com as quais o coração inunda a mente, quando se está apaixonado. A burrice. O abandono da lógica, da coerência. O desejo de pular de um penhasco se, lá embaixo, estiver o ser desejado. As borboletas…"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
"[...] o tempo não é métrica, pois totalmente subjetivo e sem base de comparação. Passa distinto para cada um, como já disse outras vezes, por aí"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
"Diversão é, na reta matemática, infinitamente superior aos estudos. Não o tempo todo. Isso é óbvio. Todavia, sim, nas noites de sábado"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
"[...] quando o diabo fala doce, a tentação torna-se irresistível"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
"[...] amizade é coisa rara. Não ocorre nem bem entre os que saíram do mesmo ventre. Como seria quando nem conhecer direito se conhecem?"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")