Mares
EM TUAS MÃOS
A vida transitória e imperfeita faz sua jornada.
Selvas, mares, desertos ... todos sentem a mão de Deus ,
agasalhando seus corpos
e os guiando em seus caminhos.
Como um sonho incerto , suave
e finito , a beleza da natureza é
mística e passageira . É a visão
mais suave , terna e verdadeira ,
que transborda em nossos olhos.
Oh ! visão triste e piedosa , que se
esconde, para não ser seguida pelos
abutres cruéis , que com suas
garras, rasgam ,devoram até as
entranhas , tudo aquilo que grita
por socorro.
Só quando todos os ventos
deixarem de soprar , as nuvens
deixarem de correr, o brilho das
estrelas virarem escuridão,
ouviremos as súplicas daqueles
que se diziam serem nossos
irmãos.
Lançai SENHOR, o olhar ao
seu redor , aonde a terra arde
sobre a brasa, seus filhos choram
suas lágrimas, suas aves já não
sustentam suas asas.
Lançai SENHOR , seu olhar para a
imensa calamidade , a viuvez a
orfandade e trazei para esse POVO,
de tantas crenças e tantas raças o
AMOR E A HUMANIDADE.
RESGATE
No universo
das quimeras
há
mares
revoltos
e inúmeras
ilhas
habitadas
de silêncio,
solidão
e desalento.
Náufrago
em
lenta
agonia,
celebro
meu
resgate
nos braços
da poesia.
A Peneira do Tempo
Agudas lembranças: cheiros de ruas, praças, marés, brinquedos.
Lembrança de ter sido herói, filho, menino-pai e pai-menino, é o que fica
Pra ter teu passo, pra andar junto e, sendo feliz, não pousar. Fortalecem-se as asas
O tempo não deixa esmaecer o que houve de significância, cravando nos atos
As nossas graças, a nossa infância e a nossa maturidade
Porque na peneira do tempo nem turvo, nem maldade
Revele-se infinitamente, resplandecentemente, felicidade
Sobre Juliana.
Existem rios, mares e oceanos, contudo uma só água há. As aves migram, atravessam o globo e tornam ao seu lugar. O vento que está aqui também venta acolá. Somente os humanos criaram fronteiras para a si mesmos aprisionar.
Há mar e mar, os Nossos mares remexem as areias fundas, descobrem os nomes dos peixes e surripiam a cor mansa do céu.
Todos nós viemos do mar, mas não somos todos do mar. Aqueles de nós que somos, filhos das marés, deve voltar a ela uma e outra vez, até o dia em que não voltam, deixando apenas o que foi tocado ao longo do caminho.
Certo dia, um grande navegador saiu em busca de explorar novas terras e mares.Seu objetivo era dominar o comércio do Oriente, mas graças a um pequeno desvio de percurso o comandante descobriu um paraíso chamado Brasil.
Não se preocupe. O desvio que aparece em seu percurso, pode te levar a paraísos incríveis.
Você não precisa viajar pelos os sete mares para encontrar o amor.
Certamente o amor está ao seu lado e você não prestou atenção.
Meio flor, meio borboleta...sou assim, viajando por rios, mares.
Sou vento que traduz o tempo, que fala a linguagem da alma,
Meio pássaro, meio mar...navego, e vou de sul a leste,
Passando pela imensidão...beijo o sol, abraço a lua
Sou assim um pouco do tudo e do nada,
Do nada me faço tudo...e vou, sem saber pra onde
Chegar é o que importa, o mais são mínimos detalhes
São apenas setas te mostrando o caminho a seguir.
Sigo, vou em frente sem deixar o passado,
Sem esquecer as lembranças, vivendo, revivendo
O que se viveu não pode ser apagado, foi escrito
Vivido, a cada dia que passou.
Minha história tem teu nome, não são rabiscos
Tem todas as letras em cores, cantadas.
Digito, já que não ficou tuas digitais em mim,
Mas ainda há tempo, depende de nós reescrever
Escrever nossos capítulos...
Amor como o meu e o teu,
Não há tempo,
Se vive...e só.
A vida é uma viagem. Percorremos mares de águas intermináveis que muitos navegam sem ver o belo e a incompletude de algo que podemos sentir na textura dos ventos. Devemos no entanto, sentir o frescor que a vida é.
O viver é assim: mares, marolas, ondas, tsunamis... Surfar é o segredo.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Um dia, todas as folhas cairão e o solo não será mais fértil, a terra não mais nutrirá.
Os mares secarão e o planeta se transformará em um deserto.
E será inevitável.
O ar se esvairá, e por fim, o núcleo congelará até se partir em milhões de fragmentos.
E será inevitável.
Um dia, todas as estrelas se apagarão nos céus. Ainda assim veremos o seu brilho durante milênios após o seu fim. Será como uma lembrança de milhões de anos, que para nós podem durar várias e várias gerações.
E será inevitável.
Um dia, a vida já não mais existirá. E não existirá forma de condiciona-la. Tudo congelará, e todos os sois entrarão em colapso. Todas as galáxias se unirão, e os planetas se tocarão, dançando entre eles.
E será inevitável.
Um dia, tudo voltará a ser o que era antes, o "nada", e algo novo criará forma e tomará o espaço que já foi do universo. E como um ciclo tudo se reformará.
E será inevitável.
Um dia milhões de partículas morrerão no espaço, presos a única coisa que lhes resta, segundos, comparados a imensidão de todo o tempo, que jamais parará de correr.
E será inevitável.
Mas um dia, descobriremos os segredos, e congelaremos o tempo, daremos ao universo um grande grito e diremos que "estamos aqui, e não sairemos dessa sem lutarmos".
Não somos descobridores, ou colonizadores. Somos o que há de melhor do nosso planeta. Somos a condição pra manter o planeta vivo.
Mas eu, assim como outras pessoas somos pequenos para a sociedade, para o governo, para um condicionamento humano, somos apenas como pequenos parasitas em moléculas dentro dos átomos.
E o meu fim será esquecido, como o meu começo.
Não é o esquecimento que me assusta. Nem o porque disso tudo. O que me assusta é não ter uma maneira de ser pra sempre.
A vida só é boa porque é única.
E como tudo, seu fim será inevitável.
Se desejar minha amizade, saibas que terá meu carinho,
atenção e respeito além dos mares e dos céus que
nos assistem, no tocar, de nossos corações.
QUE OS VENTOS TE LEVEM O MAIS PUROS SENTIMENTOS DO AMOR E PAIXÃO QUE SUA TARDE NAVEGUE EM MARES DE PRAZERES!!!
Chorei rios que não vão se transformar em mares, pois não caiu uma só lágrima, o meu choro foi seco, silencioso, regado a litros de café com gim e cigarros sem fim, é, eu chorei… Esse choro virou samba enredo, mas não teve porta bandeiras, não teve mestre salas. Esse choro acabou com o sonho que eu alimentava, cuidava, mas se tornou um pesadelo que mesmo acordado me perturba. No meio do choro tirei a barba, o sorriso escondido no canto da boca, por de trás do cigarro… Esse choro /samba, me mostrou que não tenho mais nada, até mesmo as lembranças partiram, um vazio fez morada, nada de sonhos, esperanças e nem mesmo a saudade. A saudade que era do nosso amor, a saudade dos seus olhos sobre o meu corpo, do meu riso bobo ao beijar sua boca, saudade da sua mão na minha barba e de você me chamando de seu… O meu samba tem uma nota so… Solidão…
Não sou um barco à deriva,
busco meus sonhos em outros mares.
Solto as âncoras e fico
se sinto segurança,
ao contrário disso, desapego.
Melhor matar uma situação
de conforto dentro da gente
do que ficar e ver o barco afundar.
E navegando solto as velas,
ao vento eu confio elas,
sei que me levarão a um porto seguro,
de chão firme, céu azul e sem muros.
Onde poderei florir meus jardins internos,
passar outonos, invernos,
aguardando primaverear sem segredos,
sendo eu livre sem medos!
27/09/2015
'MAR... '
Nos extensos mares somos barcos naufrágios. As muitas correnteza [des]favoráveis sempre deixam ranhuras. As salinizadas águas com o tempo deixam cicatrizes. A dilaceração é perceptível com o tempo e o tempo é um desastre.
Vedar as fendas que surgem apenas prolonga o que de fato já se escreveu. Deixar o barco correr ou manter-se agitado? Há os que preferem a resistência, a mágoa de tentar subir as correntezas rumo às suas expectativas. Outros apenas flutuam. São levados pelo mar com aparente satisfação e ócio.
Mas sabe-se: todos querem um porto a qualquer valia. Chegar àquela luz que tanto brilha. Manter seguro a estrela que tanto se admira. Uma. Várias. O que vale é a energia. Flutuar sob as águas imensas. Belas. Delirantes. Mas com seus desafetos e sujeiras.
Com o tempo aprende-se a aceitar o extenso mar à nossa frente. Não importa como ele seja. Um dia nos levará para onde não queiramos. A tração que se tem é apenas temporada. Ajuda, mas não é duradouro.
A visão desse mar é fantástico. Inacreditável. Surpreendente. Nele todos movem-se sempre rumo ao desconhecido. E o tempo há de naufragar aquilo que tanto procuramos. Tempo? Não! O mar... essa coisa sombria e nefasta.
As marés que eu sigo são sangrentas com gosto de divinas
Não consigo me fazer ouvir, não importa o quanto eu gritar.