Maré
Um oceano com gotas de vida, traz na maré a tranquilidade.
Assim como a imensa paz de um tsunami, a cidade transborda.
Inunda a alma, como um silêncioso poema de desespero.
Ontem chorei mais uma vez...
Cansada de lutar,
parece que é sempre contra a maré.
Cansei de esperar,
parece que o tempo por sua própria conta
resolveu estacionar.
Cansada de pensar
e a nenhum lugar chegar.
Cansada de planejar,
e de plano em plano
ver tudo ir pelo cano...
Escaladas desorientadas
que não acabam mais...
quando parece que acabou...
não importa... brisa ou furacão,
lá vou eu de novo pro chão.
Cansada deste mundo imperfeito
nada feito... tudo a se completar.
Vou me mudar
um lugar sem céu e inferno quero encontrar.
Seguindo a maré voando com o vento, apenas indo, sobrevivendo ao que se apresenta... tudo esta "parado", "confortável" e "lógico". Seguindo o fluxo natural... sendo que "fizeram" de nós, mostrando o resultado previsível da nossa história.
Por isso, a vida perde a graça, o brilho.
A felicidade plena se torna algo utópico e por vezes parece inalcançavel. O auto conhecimento é o caminho, uma escolha.. Nos recriarmos à partir do que "fizerem" de nós. Mudar o "resultado" do que somos, diante da nossa história... também é uma escolha.
nós podemos escolher o que somos, a partir do momento em que nos descobrimos. quem você é? quem você quer ser?
Assim como a maré vem ela volta. A maré trás muitas coisas, nesse momento você tem que prestar muito atenção e vê o que te serve e segure... a mesma maré volta e com a mesma clareza você pode descartar o que não te serve.
A ONDA
Por onde anda a onda?
Se a maré esta mansa...
As braçadas relançam
sobre as águas que lança
o beijo da esperança.
Sobre nó, a pujança
que deslancha no mar
o atiro da lança...
Meridiano alcança
mas não pode chegar.
Por onde anda a onda
que rascunha na areia
o amor a lua cheia
a beleza da sereia
em noite de luar...
O lobo sobre a pedra
o urro a integrar
o cão chora seu dono
expressando o seu chorar
na tristeza do ladrar.
A sereia em seu canto
os ouvidos pelos cantos
p'ra poder encantar...
A onda voltou
fez espumas na areias
atirou guerras cheias
rascunhando o mundo
p'ra a etnia chorar.
Antonio Montes
Quando falo com você,o teto vira chão,o céu vira mar,e essa tua boca fico a desejar...
E essa tal lei do retorno,virou a lei de te amar
♦
Pretensioso quem lhe define ,
tão pouco lhe reprime,
Porque mudo conforme a maré .
Não de caráter ou de má fé ; Mas resistente ao q vier,
Pois a vida desafina,
te maltrata te domina,
te prepara e põe de pé .
Ela exige , ela ensina,
Desafia , recrimina
só não aprende quem não quer.
Por isso insista , persista , não se deixe esmorecer , siga em frente peça a Deus e faças por merecer.
No vai e vem da maré,
qual grão de areia, arrastado,
vai meu coração sem rumo,
por amor, aos poucos, despedaçado !
Eu vou agradecer (um dia) por essa maré ruim ser momentânea. Mas mesmo sendo dolorosa, me fará crescer. É apenas uma onda. Uma onda que assusta, mas que eu consigo ultrapassar – basta fechar os olhos e acreditar. E eu sei que quando ela vem, leva algo ruim e deixa algo melhor. Ensina na marra, doendo como for, levando quem for, deixando o que for. Eu só preciso me conformar que ela sabe o que faz. Eu só preciso aguentar firme e aguardar, com paciência, até que ela vá embora. É só uma maré ruim, com o tempo, ela melhora.
Viver e conviver com pessoas onde a luta é em vão, é nadar contra a maré. É gastar energias boas em algo que não tem mais conserto. É necessário buscar novos caminhos e semear estas energias em outros ares.
Eu embarquei no navio do amor, mas eu vi a maré alta e o curso do marinheiro mudar, e eu não sei mais o que será do meu destino neste imenso oceano ameaçador.
Desenho a minha vida ao sabor do vento
jamais remando contra a maré
traga-me vento, o que é meu...
alcançando assim, a minha fé!
Um jovem escritor.
Minha vida é como uma imensa praia de muito areal e pouca maré. Preciso de água: as dislexias em semântica, passarinhos a miar nas sentinelas dos caranguejos, sóis a formar plebe em nome da lua. Dispo-me. Não tenho vergonha de me expor. Salve Drummond que compreendeu toda precisão do mundo: pessoas, cafés, livrarias. As notas estrugem como vulcões: música, versos, pelicanos e outras delicadezas tímidas do dia. Há em mim enxaquecas dos byronianos, a vontade de encontrar o que perdi (despretensiosamente), fichas de carrossel. E essa manhã que ainda não raiou... Volta?
cala-te ó lamuria dos tempos...
quem te disse que a maré alta não se acalma.
que o cheiro do sal não é como a verdade...
que o riso escondido não é tristeza...
que as mágoas não são despesa...
que teu olhar é incomum...
e teu mundo não tem beleza...