Maré
"Ela é tipo quebra cabeça sem manual d instruções
Ela foi maré d amor em meio a um tsunami d decepções"
Uma pétala
Uma pétala escreve nesta área
As sobras que a maré levou
Deixando no rasto da vela
O remo que a barca remou
...
A ansiedade é como uma maré. Sem perceber, estamos sendo sutilmente puxados e envolvidos por elas. É preciso se desprender dos vícios que aprisionam numa rotina instigantemente prejudicial. É necessário respirar o agora, e fazer um grande esforço para se soltar de um futuro idealizado que clama em se fundir no presente.
A vida é uma caixinha dourada de vários sabores: tem pimenta e poesia ! É maré desaguando em qualquer canto, em qualquer mar! São ondas na praia, são prosas...flores ! São abraços soltos, longos...apertados, não dados ! A vida são frases em movimentos... são pássaros em voos, são folhas ao vento...viver ultrapassa limites, viaja no tempo. A vida são fotografias guardadas, momentos...são palavras ditas, repetidas, são dias de versos, vinhos...músicas lidas, faladas...são amores trocados, tocados ! A vida são peixes trocando de rios, são águas passadas...a vida é o agora, já ! O amanhã...é mistério, segredos !
Amo o mar...e tem tanta dor.!
Onde as ondas levam e quebram os sentimentos!
Sem amor e neste mar sinto o frio....
dos meus lamentos e tormentos!!
Eu não tenho medo da água,talvez isso seja ruim pra quem não sabe nadar,uma forte maré pode te levar,e você nunca mais voltará.
Eu estava sendo arrastada por uma maré nostálgica, ondas furiosas vinham sobre mim querendo me afogar dentro de minhas próprias águas escuras, tentava a qualquer custo submergir-me de mim mesma, das margens que criei. Estava nadando contra a onda enorme de sentimentos sufocados que queriam engolir-me. Estava sendo indo cada vez mais fundo. Os braços já cansados, a vista já embaçada. Tentava alcançar a luz, e fugir dessa fúria que me pregava dores buscava insaciavelmente águas cristalinas e tranquilas. Tentava acalmar meus sentimentos, que assim como o mar estavam em fúria. Procurava fugir do desatino que me tornei. Deixei a maré me levar. Quis mergulhar e entregar-me aquelas ondas mortais que chamavam meu nome cada vez mais alto. As águas puras então lavaram minha alma, pegaram para si todas as minhas dores. Afogaram as minhas melancolias, levaram para o fundo do mar a solidão que me cercava. Comecei então a boiar de volta a terra firme. A leveza da brisa havia me carregado. Os ventos erraram de direção e me cochicharam coisas boas no ouvido, sussurrares rejuvenescedores que me trouxeram esperanças novinhas em folha. Essa brisa que o vento carrega me reacendeu o coração e levou consigo toda dor e desordem que me aplacavam, essa brisa boa me fez acreditar de novo. Submergi-me de meus medos e receios e do toda a escuridão que me agarrava às águas furiosas e me firmei em terra firme. Olho pro mar agora, e ele parece calmo, não, não digo o mar em si próprio, mas aquele que tenho dentro de mim. As ondas agora se formam em meu favor. A tempestade já não me faz tremer. Minhas lágrimas estão cravadas no fundo do mar. Ancoro-me na felicidade, e velejo em outras águas, águas que me levam ao meu melhor. Agora posso debruçar-me inteira no mar, porque não há raso, e se acaso eu me afogar, as águas iram me acolitar.
Eu ando me afogando nessa maré boa da poesia pra tentar fugir de mim, fugir do que anda me letargiando por dentro, desse obscuro total que se apossou do meu ser. Mas poesias rasgam, a maré baixa, e eu continuo com esse mundo monótono onde eu sou a protagonista, sem querer morrer no final. Ou não.
No poema que escrevi na areia
Eu declarava amor por você
A maré subiu apagando as letras
Só restou eu poder lhe dizer
Maré
Seu olhar me bate, como maré.
Bate com força, me arrasta, me leva pra longe, me traz de volta, me faz descansar.
Seu beijo me bate, como maré.
Me molha, me adoça, me salga, me faz flutuar.
Seu toque me bate, como maré.
Me afoga, me sufoca, me desfoca, me faz navegar.
O seu corpo me bate, como maré.
Às vezes suave, outras vezes ríspido, me deslumbra, me encanta, me encaixa, me faz desejar.
Sua saudade me bate... como maré.
Tão de repente, invade; me faz sofrer, revirar, reviver.
Teu amor me bate como maré.
Me ofende, me constrange, de tão lindo, de tão grande!
Ele vem como maré e me toca, me abraça, me possui e por fim, me mata.
Tem hora que a força diminui de tal maneira que dá vontade de deixar a maré levar, o barco afundar. Mas passa. Tomamos o controle e nada vai nos desviar do caminho que queremos chegar. Nada. Nem ninguém.
Espumas ao longe
Vem a vela dos barcos balançando....
Paro a pensar.
O mar de mare alta
Maresia e ressaca.
Quanto mais o mar bate forte,
Mais eu ligo de ti amar.
Quanto mais o mar saracoteia
mas eu penso em voce.
Marujos ao mar, rede cheia de peixes.
Fartura.
Seis da manha...velas atracando.
E eu, sentindo aquele cheiro de mar alvoraçado
Me pergunto>
Onde estara o meu amor?
Os peixes me olham de dentro das redes....
Parecem assustados....
E eu digo > Nessa vida tem encanto pra tudo!
Ate pra os peixes amordaçados nas redes do pescador.
Pra eles, existe começo, meio e nunca o fim...
Eles saem de seus cantos azuis
Mas nunca perdem o viço.
E viram contos.
O mar me enfeitiça, sou mordida pelas ondas.
O meu amor nao esta nas redes...Nem na pescaria...
Mas, o meu amor reside, em qualquer espuma.
Seja branca ou sacudida.
La esta o meu amor.
Por que eu sei....eu sei...
Que o que o mar traça
Nao escapa, nem da dor....
Nem do desamor.
O que o mar traça....O mar desvenda.
E chega um momento que de tanto remar contra a maré a gente já não consegue acompanhar a correnteza.
Na brisa suave sinto o calor do teu olhar quente.
Na maré e na maresia descubro o meu sonho
e minha fantasia.
Vejo cores, lembro amores, sinto saudade.
Vejo minha vida como filme passando em preto e branco
sem emoção, sem noção, sem rumo.
Sei que vou, só num sei pra onde nem onde.
O caminho é incerto, deserto, sem cor.
Mas tenho certeza que no meio do caminho descobrirei
onde chegar.
Seguirei seus passos, seus traços,seu andar !
Minha vida parece um barco a velejar,as vezes a maré esta baixa,bom para o barco navegar,mais as vezes vem uma tempestade e afunda o barco.